quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ato de agressão e violência racista contra Korubo

Ato de agressão e violência racista contra Korubo

Terça-feira às 2 horas da tarde, Korubo estava na frente do Ministério da Justiça, estava parado ao lado de suas faixas de protesto, vestido na tradição Indígena, um protesto pacífico para chamar atenção e diálogo dos poderes públicos, quando um carro preto e vidros tintados, saindo do estacionamento do Ministério da Justiça, fez por duas vezes volta na frente do acampamento, para parar finalmente na frente do Korubo e partir para agressão com um cassetete.

O motorista abriu a janela, chamou korubo de “ Índio Safado, vocês vão embora daqui...” e logo em seguido tentou de dar um golpe de cassetete na cabeça do Korubo.

Daí Korubo tentou se proteger levantando o braço direito, recebeu o choque violento no antebraço e caiu. Em seguida o agressor fugiu acelerando o carro em direção da rodoviária.

O Korubo em estado de choque e surpreso não conseguiu anotar o número da placa nem se consegue se lembrar do tipo de carro.

Hoje o Korubo esta com muitas dores no braço, foi para posto de pronto socorro, não foi atendido por ser índio, recebendo o aviso dos atendentes do posto de saúde que a Funasa Indígena estava sendo extinta.

Nós fomos até a Secretaria Especial dos Direitos Humanos para registrar o incidente e pedir providências.

Todos os dias e quase todas as horas no acampamento indígena, vemos e ouvimos motoristas, muitas vezes de carro de luxo, gritando propósitos racistas, preconceituosos ou demonstrando ódio.

Este estado de violência esta sendo promovido por uma campanha de incitação ao ódio étnico da parte dos interesses políticos e econômicos hoje no poder.

Os índios estão sendo apresentados como seres irracionais, inúteis para a sociedade de produção e consumo, até entrave ao progresso econômico.

A propaganda racista contra os índios nos lembram uma triste história da humanidade, onde alguns povos se achavam superiores a outros, justificando ódio e holocausto.

Hoje, podemos afirmar que este caminho da humanidade foi equivocado e condenável, levou para destruição e sofrimento de muitas nações...

Pedimos em urgência, mudança de atitudes nas mídias de comunicação, reconhecimento dos valores etnos culturais dos povos e nações Indígenas e o respeito as leis de proteção contra o crime de racismo e etnocídio.

7 comentários:

Anônimo disse...

Com relação ao caso acima, é preciso, primeiramente, esclarecer que esse peruano , que diz índio Korubo, não é índio. É apenas um peruano, que se encostou aqui na Funai... foi ficando por aqui, e “acabou virando índio”, como muitos quilombolas, que vem do nordeste, se encostam aqui, e também acabam “virando índio”.

Mas a estória desse falso Korubo é sui generis! Ele diz que não fala a língua dos Korubo, porque, quando ainda bem pequenino, foi roubado na sua aldeia, por peruanos, e foi levado para o Peru. Aí é que está a grande mentira. Os Korubo não tem mais que 14 anos de contato. Isso significa que esse falso Korubo, “roubado na sua aldeia, quando era bem criança” não poderia ter hoje mais que 15 anos de idade. E, convenhamos, ele tem mais de trinta. A sua estória, por si só, já desmascara o vagabundo.

É difícil ver índio naquele “acampamento revolucionário” Tem muita gente fantasiada de índio. Isso tem! Esses que estão lá, fantasiados, só ficam prejudicando a imagem dos verdadeiros indígenas. Os verdadeiros indígenas estão trabalhando nas terras que o Governo demarcou para eles. Esses que estão lá na praça, fantasiados, são mesmo uns inúteis, não representam ninguém, não representam nada. São apenas um bando de desocupados

Mas não é preciso bater nos vagabundos. Basta botar eles num ônibus, escoltado pela polícia, e despejar lá no lugar de onde vieram.

17 de junho de 2010 às 06:15
Unknown disse...

Novamente, é preciso tomar muito cuidado com as palavras: "falso índio", pois é uma categoria perigosa. Quem define quem é índio ou não? Os "brancos" da Funai, com seus interesses políticos e financeiros? Temos que lembrar o genocídio dos indígenas nessa terra brasileira e o terrível processo de "perda de cultura" ou ressignificação cultural. Se os indígenas sofreram um holocausto, então os descendentes dos indígenas merecem, sim, um tipo de compensação.
No caso mais específico do Korubo, para nós do Movimento Indígena, não importa se ele é Korubo, Pataxó ou marciano. Ele é um guerreiro indígena sim! Completamente tribal. É o Korubo que dorme em árvores, que anda pelado, que pesca no Parque da Cidade...ele vive de uma forma tribal em Brasília. E é uma grande liderança pela sua simpatia e radicalidade política.
E havia fronteiras antes de Cabral chegar? Que venha o Império Inca com sua disponibilidade de lutar até a morte por um objetivo!
Viva Korubo! Viva o Acampamento Indígena! Viva todos heróis e heróinas indígenas!

17 de junho de 2010 às 07:55
Anônimo disse...

Viva os heróis e as heroínas indígenas!!!!! Fora os vagabundos lá da praça!!!!

18 de junho de 2010 às 05:28
Anônimo disse...

é interessante deixar as postagens "anonimas" para que covardes comentem o que quiser e assim conhecemos, de fato, até onde chega a ignorancia, preconceito e discriminação dessa sociedade hipócrita. Fala cara-palida e mostra quem tu és, racista!

18 de junho de 2010 às 14:14
Povos não-Lineares disse...

antes de tudo, há algo de extremamente simples no discurso do racista anônimo a cima: a burrice. primeiro pela tentativa imbecíl de reduzir uma condição de um povo-nação milenar à uma medíocre situação de estado-nação - no caso o estado de merda perú, nada diferente do estado de merda brasil (que tem uma única língua oficial, a do colonizador, e apenas uma religião, a maldita cristandade). segundo, pela pretenção de ser o paldino da verdade. querer estabelecer um parâmetro último para determinar o povo-nação korubo, a fim de justificar como válida a violência sofrida pelo indígena citado na matéria. terceiro por ficar acomodado em seu consumo diário de besteiras esperando que os/as indígenas morram pela violência de ditos civilizados. quarto por querer perpetuar aquele velho preconceito, nada original, de que todo indígena é vagabundo. quinto, por querer sugerir que ele mesmo , o anônimo, contribui com o progresso de sua terra, apenas esperando que seu governinho dite o modo como qualquer um viva: pagando impostos e administrando sua medíocre vidinha de sobrevivente do rolo compressor do dia a dia. sexto, qual a pior fantasia? de onde estou, vejo que é a do imbecil travestido de "civilizado". este que vive embreagado pelas propagandas de que o progresso vem da ordem, na qual nem mesmo faz idéia de onde a ordem vem. sétimo, e a história do ônibus? imagino que tal anônimo imbecil ou fica puto quando não chega ao trabalho na hora porque motoristas e cobradores de ônibus entraram em legítima greve, e por isso o imbecil não pode exercer sua subordinação diária, ou tem carro e fica puta por não chegar na hora no trabalho por haver uma manifestação em via pública que bloqueou a pista e isso o impede do exercício diário da subordinação. bom, por enquanto vou ficando por aqui, pois estou me estendendo demais falando sobre tamanha bobagem anônima. mas não pensem que isso é tudo. as bobagens são as formas mais milenares de se conciderar como verdades absolutas. cuidado!

19 de junho de 2010 às 01:08
Anônimo disse...

"a cima", "imbecíl", "à uma", "perú", "brasil", "cristandade" como religião? "Pretenção", "paldino", "embreagar", "conciderar"?

Não é burrice! É a revolta derradeira contra a "língua do colonizador".

Trata-se de um revolucionário.

Vou postar anônimo!

19 de junho de 2010 às 10:16
FALTA UM INDIO NO PODER disse...

muito bem, seu comentario foi muito bom e preciso. TABAJARA.

23 de junho de 2010 às 18:44

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