Cacique Raoni Metuktire vem ao AIR prestar seu apoio





Dois dias após a operação policial de sábado, dia 10 de julho de 2010 (Dia da Infâmia), o cacique Raoni Metuktire, grande liderança Kayapó, acompanhado de Eliseu Juruna e Arapuru Trumai, veio prestar seu apoio aos indígenas reunidos contra o Decreto 7.056/09 e a gestão criminosa de Márcio Meira.

Na ocasião, foi discutida a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e o desmantelamento da Funai com o Decreto 7.056/09. As lideranças indígenas também discutiram a necessidade da saída imediata do atual presidente da Funai, Márcio Meira.

Sobre as inúmeras medidas governamentais que violam flagrantemente a Convenção 169 e o Estatuto do Índio, Carlos Pankararu, líder do AIR, desabafou: "Estão decidindo o nosso destino sem nos consultar!"
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Espaço Mané Garrincha . Monção de apoio ao Acampamento Indígena AIR-


Espaço Mané Garrincha SP, Moção de apoio ao AIR- Acampamento Indígena Revolucionário.
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Nós do Espaço Mané Garrincha, local dedicado a análise, discussão de
conjunturas, atividades práticas e culturais, políticas e sociais; envoltos e tomados
por uma grande indignação frente à forte repressão estabelecida atualmente pelas
autoridades ditas "democráticas" contra os movimentos de transformação social
e aqui em especial aos movimentos dos povos indígenas; solidarizamo-nos e
manifestamos total apoio aos companheiros que corajosamente e historicamente lutam
pela manutenção de sua cultura, reconquista de suas terras e condições dignas de
sobrevivência, como também nos posicionamos contrariamente ao contínuo preconceito
dos quais são vítimas os que estão lutando no Acampamento Indígena Revolucionário-
AIR.
Sabemos da forte intenção por parte de grupos com interesses econômicos em
justificar e criminalizar a luta dos companheiros acampados e da conivência das ditas
instituições públicas brasileiras, como a Polícia Federal e principalmente a FUNAI (que
para piorar corre o risco de ser privatizada!); e expressamos nossa fervorosa revolta
com a presente situação que visa favorecer o agronegócio, os latifundiários, ou seja,
o arrogante e indigesto anseio capitalista que, se em Brasília reprime o ARI, em suas
terras, como na reserva Xingu, destrói o meio ambiente e faz florescer o progresso da
morte, através da Hidrelétrica Belo Monte.
Desejamos que mais forças possam se somar nessa luta e que a identidade das
comunidades indígenas, mediante a justiça social exigida a partir da autoorganização
popular e inscrita na nossa História venha ser preservada.
Força aos companheiros acampados em luta contra um inimigo que nos é
comum, os donos do poder!
Espaço Cultural Mané Garrincha
espacogarrincha.blogspot.com
São Paulo, 30 de julho de 2010.
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Carta de Carlos Pankararu


Carta de Carlos Pankararu - RG:409.765-9.SSP/PE.
Presidente da PFDS CNPJ:08.935.212/0001-72....... .......




Em resposta aos ataques verbais e até pessoais, como é o caso das forças policiais, contra o acampamento revolucionário, o qual eu ainda, sou líder, juntamente com outros companheiros fieis as nações indígenas do Brasil. Assim como: Arão Providência Guajajara, Korubo, Lúcia mundurucu, Cacique Zé dias Guajajara, Edinara Guajajara, Cipete Guarani, Cacica Antônia e outros guerreiros colaboradores não índios, mais que espiritualmente, são mais índios que muitos índios, que não tem responsabilidade e respeito pelo o seu próprio povo. Esses colaboradores são grandes guerreiros em defesa dos direitos humanos e guardiões da nossa mãe natureza. Por isto desde já, meus agradecimentos para Lola, Kenavu, Murilo, Dr.Ulisses, Dep. Haulli, Amauri,Dep. Mauro Nazif e tantos outros.
Sobre as agressões covardes e mesquinhas. Deixo claro, que nada destas ofensas me abala. Por que tenho a minha consciência limpa. DEUS e todos aqueles que conviveram e convivem comigo nesta luta, e até mesmo a FUNAI, Ministério da Justiça e Presidência da República, sabem muito bem QUE eu e a Lúcia, não temos os rabos presos com eles. Procurem se existe alguma irregularidade, em nome de Carlos e Lúcia. Agora vocês que nos difamam, se identifiquem, por que tenho certeza, que vocês não passam de vampiros, que sugam o sangue dos índios, através dos órgãos públicos.
A nossa luta é por JUSTIÇA. Pois este acampamento, que as forças policiais a mando do Ministro da Justiça, por intermédio das cobras jararacas Glaucia e da Ana Patrícia, e do cobaia do LULAm Marcio Meira, é uma realidade do abandono, maus tratos aos índios brasileiros.
Quem quiser saber e ter certeza, do que significa esta luta permanente, vá visitar as tribos indígenas do BRASIL, principalmente os guarani, kayohá e os próprios kaingang no sul do país, e os nossos irmãos guajajara, e os pankararu em pernanbuco. Principalmente aqueles, que vivem isolados nas serras e caatinga, que não sabem sequer, que existe uma FUNAI e organizações indígenas, que tem obrigação, de lhe dar assistência. POIS ganham muito dinheiro, para esta finalidade, e muito pouca ou nada tem feito. A FUNAI, não tem cumprido em tempos anteriores, como deveria. Mais tem feito muito, avista dos dias de hoje. E as outras organizações indígenas, que formam a CNPI, e que querem acabar com a FUNAI, o que tem feito? NADA.
E nesta gestão do Marcio Meira, piorou 100% a situação dos índios.
Porque ele presenteou a FUNAI para as organizações diversas. Fico indignado, quando a FUNAI na pessoa do meu parente Paulo Pankararu e pessoas do Ministério da justiça e outros, falam, que no acampamento, não tem liderança. DEIXO CLARO para eles, que o Decreto não feriu a dignidade de caciques, pajés ou lideranças, mais de todos os índios do Brasil. Analisem a constituição Brasileira e também, a convenção 169, elas falam, que as populações indígenas tem que ser consultadas, naquilo que se refere a elas. ESTAS CONSTITUIÇÕES não falam que consultem apenas as lideranças, e nos achamos corretas. POR QUE o que tem de lideranças picaretas, não está no gibi.
SE VOCÊS tivessem respeito pelas lideranças indígenas, a CNPI seria composta por caciques, e não por organizações, como, APOIME,COIABI,CIMI,CTI,ISA e outras. SEM contar com representantes brancos ligados ao Governo Federal. O próprio presidente da CNPI é um branco, pelo nome Márcio Meira. Que é também presidente da FUNAI.
SEM contar que todos vocês estão decidindo os nossos presente e futuros, sem nos consultar. Esses brancos e essas ONGS, não são caciques e nem lideranças. Então porque estão preocupados, em dizer que nós do acampamento, não somos lideranças.
VOCÊS cambadas de corruptos, podem decidir por todas as lideranças do Brasil. E nós indígenas não podemos decidir por nós mesmos? Vocês não estão mal informados. Vocês estão mal intencionados. Porque vocês sabem, que neste movimento, tem muitos caciques, pajés e lideranças. Este acampamento aqui na Esplanada,em frente o ministério da justiça, nada mais é do que uma base de um movimento indígena revolucionário a nível de Brasil. Deixo claro para o governo LULA, Ministro da Justiça e presidente da FUNAI, que vocês podem ser mais do que nós no dinheiro, mais na coragem e dignidade, vocês não chegam nem perto de nós. Este acampamento, com barracas durou 06 meses, e só com lençóis, para amenizar o frio da noite, já estamos caminhando para 1 mês. Nunca houve manifestação ao governo desta forma, em frente ao Congresso Nacional, desde 1500 até agora. ESPERO QUE as populações indígenas tenham como lição esta luta, e não deixem que seus direitos individuais e coletivos sejam violados. Como tem sido desde 1500 até hoje.
Vocês governos anti- índios tenham respeito, pelo Acampamento Indígena Revolucionário. Este movimento existe, pelos os bens gerais de todas as populações indígenas.
Nas últimas semanas, têm acontecido coisas que tem me deixado chateado, e que eu e a Lúcia até pensamos em desistir desta luta. Não é medo da FUNAI, Ministério da Justiça, e não é medo de organização nenhuma. Porque tudo, que vier destas organizações, pra mim não é surpresa. ELES FORAM criados para, nós defender mais a ambição modificaram os seus deveres e compromissos. O que está me deixando totalmente desanimado nesta luta é as traições de alguns parentes. Analisem os acordos que fizeram com a FUNAI, após irem para hotéis. Analisem a situação do JOCÉLIO XUCURU, o qual esteve em minha casa por vários dias em Pankararu. NESTA mesma época, ele fez a sua primeira viagem a Brasília, por que eu paguei a sua passagem. E hoje, esta pessoa, falou mal de mim, para o Paulo Malta da Presidência da REPÚBLICA, Ministério da JUSTIÇA e para a FUNAI. Apenas porque, eu não aceitei acabar com o acampamento indígena, conforme acordo deles. EM IREM PARA OS HOTEIS. Não fui e não vou, e não aceito propina.
Para o parente que chamou eu e Lúcia de filha da puta e que nós morávamos em uma invasão no contagem. Quero lhe pedir uma visita. VENHA conhecer onde eu moro. Não desmerecendo de quem mora em invasão. Pois cada um mora onde quiser. A riqueza de um homem, não estar em uma casa, e sim na sua honestidade. Afirmo nesta carta, que quando publicaram, A CARTA ABERTA DO ACAMPAMENTO REVOLUCIONÁRIO, eu não estava em BRASILIA. Porém se eu estivesse ela seria mais forte, porque tudo que esta escrita é verdade. TAMBÉM QUERO FALAR, para o advogado BIRA, que por eu não estar aqui, eu não falei sobre o nome dele. E que também eu não expulsei ele e nem ninguém do acampamento. Como também não pedi pra ficar. Ao contrario tenho grande respeito por você e pela comadre AZELENE. Você juntamente com os outros, podem até nos ter traído, mas nos verdadeiros lideres, que permanecemos no acampamento, não traímos ninguém. Ao contrário, temos cobrado justiça. Analise as primeiras denúncias que eu fiz. Na justiça e até falado em audiências públicas. DENUNCIAMOS as injustiças com os índios, por parte do presidente da FUNAI. E uma destas pessoas que foi difamada e injustiçada, por este carrasco da FUNAI, foi a Azelene, a qual eu e minha família temos muito respeito e consideração. Por isto a defendemos. E sobre este outro parente que falou, que eu e Lúcia só estamos causando confusões, eu gostaria, que ele citasse uma das confusões que nós criamos.
Porque no acampamento tínhamos Arcos e flechas, mas nunca mirei uma flecha pra ninguém,tinha facas e facões, porém nunca peguei um facão para ameaçar ninguém e lanças e bordunas e nunca quis ferir ninguém. E você será que tem feito como eu?
Não preciso brigar com armas brancas e de fogo, pois as minhas armas estão na bíblia e constituições federais.
O que tenho feito eu e juntamente com o líder ARÃO, é aconselhado os membros do acampamento e corrido atrás de soluções para os problemas gerais. BUSCANDO alimentação para manter o movimento eu e o Arão, com muito ou pouco, temos mantido este acampamento com alimentos. Com apoios de vários amigos não índios. Se outros índios estão falando, que tem mantido o acampamento, com ônibus e alimentações é mentira.
Por estas trairagens, eu e a Lúcia estivemos pensando. Será se vale a pena continuar? A gente ser apunhalado pelo governo dói. MAS ser apunhalado pelos os próprios parentes a dor é 100% maior. Mas em nome da verdade e por causas destas injustiças a luta prosseguirá com Carlos e Lúcia. QUE DEUS ABENÇOE TODOS OS ÍNDIOS DO BRASIL. ABRAÇO A TODOS.
FIM
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Carta do Megaron para a Imprensa


A FUNAI acusa o AIR de estar isolado. Por isso, publicamos essa carta de Megaron, liderança kaiapó, para que todos saibam que quem está isolado é o atual presidente da FUNAI, Márcio Meira: ......... ......... .......

CARTA DO MEGARON PARA A IMPRENSA
Comunicado

Nós lideranças e guerreiros estamos aqui em nosso movimento e vamos continuar com a paralisação da balsa pela travessia do rio xingu. Enquanto Luiz Inacio Lula da Silva insistir de construir a barragem de Belo Monte nós vamos continuar aqui. Nós ficamos com raiva de ouvir Lula falar que vai construir Belo Monte de qualquer jeito, nem que seja pela força!!! Agora Nos indios e o povo que votamos em Lula estamos sabendo quem essa pessoa. Nós não somos bandidos, nós não somos traficantes para sermos tratados assim, o que nós queremos é a não construção da barragem de Belo Monte. Aqui nós não temos armas para enfrentar a força, se Lula fizer isso ele quer acabar com nós como vem demonstrando, mas o mundo inteiro vai poder saber que nós podemos morrer, mais lutando pelo nosso direito. Estamos diante de um Governo que cada dia que passa se demonstram contra nós indios. Lula tem demonstrado ser inmingo número um dos indios e Marcio Meira o atual Presidente da Funai tem demostrado a ser segunda pessoa no Brasil contra os indios, pois, a Funai não tem tratado mais assuntos indigenas, não demarcação de terra indigena mais, não tem fiscalização de terra indigena mais, não tem aviventação em terra indigena. Os nossos líderes indigenas são empedido de entrarem dentro do predio da funai em Brasilia pela força nacional. O que esta acontecendo com nós indios é um fato de grande abandono, pois, nós indios que somos os primeiros habitantes deste pais estamos sendo esquecidos pelo Governo de Lula que quer a nossa destruição, é esta aconclusão que chegamos.

Lider indigena Megaron Txukarramãe

Aldeia Piaraçu, 26 de abril de 2010

Carta para empressa
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História da GUERRA Indigenista do BRASIL Vol 1





História da GUERRA Indigenista do BRASIL.

510 anos da Falsa Doutrina de superioridade para legitimar o HOLOCAUSTO INDÍGENA DAS AMÉRICAS E A CONQUISTA IMPERIALISTA DOS TERRITÓRIOS DOS POVOS NATIVOS.

« As doutrinas de superioridade fundamentadas em diferenças raciais são "cientificamente falsas, moralmente condenáveis, socialmente injustas e perigosas... » CONVENÇÃO DA ONU CONTRA O RACISMO ETNO CULTURAL.


Brasil: 510 anos de guerra contra os índios
Adaptação do texto do Fábio de Oliveira Ribeiro 15/10/2008 17:13
A história do Brasil começa oficialmente em 22 de abril de 1500, quando a esquadra de Pedro Álvares Cabral ancorou na baía de Cabrália tomando posse destas terras em nome da Coroa Portuguesa. Oficiosamente, entretanto, o primeiro a "descobrir" o Brasil foi o navegador Vicente Yanes Pizon no ano de 1499.

Em 1500 que começa oficialmente a história dos índios contada pelos portugueses.
O primeiro ato português constituiu-se, portanto, na primeira violência contra os povos que habitavam a terra. É claro que as nações indígenas não conheciam o conceito de posse legado aos portugueses pelos romanos, mas estavam há séculos ligados à terra de seus ancestrais. Niéde Guidon informa que a ocupação humana do Brasil data de 12.000 anos, a população densa no nordeste de 8.000 anos. Depois de tanto tempo de ocupação do solo, pode-se concluir que os índios tinham direito natural à posse da terra que habitavam.

Declaração de guerra.
Mas se os nativos desconheciam semelhantes sutilezas teóricas, os portugueses conheciam-nas muito bem. Logo, ao avistá-los poderiam concluir que aqueles homens tinham a posse da terra. Apesar disso desembarcaram sem pedir autorização e se assenhoraram do alheio. Como o ato de Cabral e seus marinheiros não encontra legitimação no direito natural pode ser equiparado a uma verdadeira declaração de guerra. No entanto, como a história foi contada pelos invasores segue-se que acreditamos que as coisas se deram de maneira muito diferente. Na verdade a história do Brasil é a um só tempo a história da guerra de conquista movida pelos portugueses contra o gentio da terra e da reação ou incapacidade de reação deste ao avanço do invasor ultramarino.
Na guerra vale tudo, principalmente a mentira.
E os portugueses souberam empregá-la desde o início. Na sua Carta, Caminha informa El Rey que os índios [... não lavram, nem criam...]. Niéde Guidon relata que a agricultura é praticada no Brasil a 4.000 anos, em todo território nacional a pelo menos 2.000 anos. Portanto, ao contrário do que escreveu o cronista os índios lavravam sim e há muito tempo. Através de inverdades como a registrada pela pena de Caminha os portugueses criaram a imagem do índio preguiçoso, indolente, desleixado, que ainda hoje combatemos.
Chegou a hora de desmascararmos sua versão ideológica mostrando o que realmente ocorreu.

PARECE HOJE...
Além da mentira, os portugueses recorreram sistematicamente ao uso da força.
Já em 24/02/1587 foi promulgada uma Lei tornando obrigatória a presença de missionários junto às [tropas] de descimentos. [Tropas], como? Se não estavam em guerra com os índios, porque os portugueses precisavam de [tropas]?
Os descimentos constituem um episódio importante da história desta guerra de conquista.
Consistiam no deslocamento dos povos indígenas do sertão para aldeamentos junto aos portugueses. Aqueles que resistissem ao convencimento pacífico acabavam sendo conduzidos (descidos) a força. Segundo a legislação da época, as [tropas] só poderiam usar a violência em caso de [guerra justa]. Beatriz Perrone-Moisés informa que a recusa à conversão ao catolicismo, a prática de hostilidades aos vassalos de El Rey e quebra dos pactos eram motivos suficientes para a declaração de uma [guerra justa].
PORTUGUESES A Duas faces. Uma pacífica outra terrível.
O descimento e a conversão ao catolicismo eram quase compulsórios. Os índios deviam abandonar suas terras e tradições ou estas em virtude de abandonar aquelas. Assim, sob o epíteto de convencimento pacífico esconde-se a verdadeira face dos atos praticados pelos invasores. E isto é sem dúvida alguma uma violência. Pacífica, mas sempre violência.
Destruição sistématica da identidade cultural dos povos indígenas
Tribos com línguas e culturas diferentes deveriam ficar em aldeamentos distintos. Como várias outras, esta norma nasceu morta. Desde o início os portugueses promoveram aldeamentos pluriétnicos, forçando tribos com diferentes línguas e culturas a conviverem num mesmo espaço territorial. O aldeamento pluriétnico foi uma das maneiras mais eficientes que os portugueses e depois os brasileiros empregaram para destruir a identidade cultural dos povos indígenas a fim de dominá-los mais facilmente.

A História esquecida do pecado original da economia.
A lenda teológica nos conta que o homem foi condenado a comer o pão com o suor de seu rosto. Mas a lenda econômica nos explica o motivo por que existem pessoas que escapam a esse mandamento divino. Aconteceu que uma elite foi acumulando riquezas, e a população vadia ficou finalmente sem ter outra coisa para vender além da própria pele. Temos aí o pecado original da economia.

A essa visão idílica, Marx contrapõe "o grande papel desempenhado na verdadeira história pela conquista, pela escravização, pela rapina e pelo assassinato, em suma, pela violência". Diz que "a expropriação do produtor rural, do camponês, que fica assim privado de suas terras, constitui a base de todo o processo" na Europa Ocidental. Mas a "marcha lenta do período infantil do capitalismo não se coadunava com as necessidades do novo mercado mundial criado pelas grandes descobertas dos fins do século XV".

Trabalho forçado para enriquecer os escravagistas brancos.
(... Vai trabalhar vagabundo !!! )
Continua o autor, na sua obra-prima: "As descobertas de ouro e de prata na América, o extermínio, a escravização das populações indígenas, forçadas a trabalhar no interior das minas, o início da conquista e pilhagem das Índias Orientais e a transformação da África num vasto campo de caçada comercial de negros são os acontecimentos que marcam os albores da era da produção capitalista".

As barbaridades e as implacáveis atrocidades.
Marx cita, então, um trecho de "Colonization and Christianist. A popular history of the treatment of the natives by the Europeans in all their colonies", escrita em 1838 por William Howitt, que se especializou no papel do cristianismo no período:
"As barbaridades e as implacáveis atrocidades praticadas pelas chamadas nações cristãs, em todas as regiões do mundo e contra todos os povos que elas conseguem submeter, não encontram paralelo em nenhum período da história universal, em nenhuma raça, por mais feroz, ignorante, cruel e cínica que se tenha revelado".

O tratamento que se dava aos nativos era mais terrível nas plantações destinadas à exportação, narra Marx, "como as das Índias Ocidentais, e nos países ricos e densamente povoados, entregues à matança e à pilhagem, como México e Índias Orientais. Todavia, mesmo nas colônias propriamente ditas, não se desmentia o espírito cristão da acumulação primitiva.

O sistema colonial dos virtuosos e puritanos cristãs.
Aqueles protestantes virtuosos e austeros, os puritanos da Nova Inglaterra, estabeleceram, em 1703, por deliberação de sua assembléia, prêmios de 40 libras esterlinas por cada escalpo de pele-vermelha ou por cada pele-vermelha feito prisioneiro; em 1720, um prêmio de 100 libras por cada escalpo; em 1744, depois de Massachusetts Bay ter declarado certa tribo em rebelião, os seguintes preços: 100 libras de nova cunhagem por escalpo masculino, de 12 anos ou mais, 105 libras por homem capturado e 50 libras por mulher ou criança capturada, e por escalpo de mulheres ou crianças, 50 libras!".

O sistema colonial fez prosperar o comércio, a navegação e a concentração do capital. "As riquezas apresadas fora da Europa pela pilhagem, escravização e massacre refluíam para a metrópole, onde se transformavam em capital", diz o fundador do materialismo histórico, lembrando que, se o dinheiro, segundo Marie Augier, "vem ao mundo com uma mancha natural de sangue numa de suas faces, o capital, ao surgir, escorrem-lhe sangue e sujeira por todos os poros, da cabeça aos pés".

Os conquistadores selvagens e as populações primitivas
Esse sangue e sujeira escorreram com as bênçãos das várias seitas que, com a arma numa mão e o Evangelho na outra, propagavam o reino de Deus na vida além-morte enquanto semeavam um inferno dantesco para os povos nativos das colônias. No caso das terras hoje brasileiras, os nativos foram considerados primitivos selvagens, endemoninhados, e também, como seres sem maldades, "bons selvagens".

Síntese da história da humanidade civilizada
Gregória de Matos Guerra.
OS GREGOS se julgavam civilizados e portanto superiores. Com sua suposta superioridade massacraram os vizinhos, entre esses Tróia.

Segundo a história e as lendas, o povo de Tróia, que conseguiu escapar [das patas do cavalo] ou da guerra, contribuíram para dar origem a ANTIGA ROMA, que posteriormente dominou a Antiga Grécia (ironia do destino a parte). A partir de então, Roma passou a ser [a nação civilizada e mais evoluída daquele momento], ou seja, massacrou e dominou quase todos os POVOS NATIVOS DO VELHO CONTINENTE, entre esses Os CELTAS. Os povos que não caíram sob o domínio romano foram denominados BÁRBAROS OU SELVAGENS. Mais uma vez guerras sangrentas em nome do progresso e da civilização. Contudo, um dia, o Grande Império ruiu.

Do esfacelado Império Romano, surgiram os diversos REINOS EUROPEUS, que partiram para a IDADE MODERNA, essa inaugurada com a TRAVESSIA DO ATLÂNTICO e a invasão do que é hoje as AMÉRICAS E OCEANIA. Denominaram AMÉRICA ou NOVO MUNDO as terras invadidas, como se esta parte do Globo terrestre tivesse sido inventado por eles (os europeus). Começaram a [construir], na verdade demolir o novo mundo massacrando e exterminado o povos nativos daqui. Mais uma vez, guerras, escravidão, massacres, deculturação e extermínios em nome da civilização e do progresso.

Todos os impérios que massacraram, pilharam e exterminaram outras pessoas e nações se autodenominaram civilizadas e cheias de cultura (superiores aos demais).
É, por isso, que entendemos que é necessária a História da Guerra Indigenista do Brasil. Não é "guerra indígena", pois não foram os índios que declararam guerra ao Império português e sim o contrário.
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Assista o video "Direito a Manifestação" do AIR




Video O Direito a Manifestação...
No video se encontra vários tipos de manifestações dos povos indígenas. O direito a manifestação não é apenas cultural e religioso, mas também político. Os direitos indígenas, como o direito de manifestar a sua própria cultura e a sua política, têm sido ignorados pelo atual governo. A FUNAI é acusada de ser um órgão ineficaz na proteção dos direitos indígenas. O acampamento do AIR, na frente do Congresso Nacional, vem protestando há sete meses para terem seus direitos básicos atendidos, ademais da revogação do Decreto 7.056/09 e a substituição do atual presidente da FUNAI para um INDÍGENA na presidência. No YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=NnNjVlTgNgI
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Organização Popular Aymberê apoia AIR

Moção de apoio ao Acampamento Revolucionário Indígena

Os companheiros e as companheiras que compõem a OPA – Organização Popular
Aymberê, reunidos em plenária no dia 25/07/10, discutiram e decidiram
expressar seu apoio e sua solidariedade à luta ora desenvolvida a partir
do Acampamento Revolucionário Indígena, que se ergue em Brasília há mais
de seis meses, somando-se à defesa de suas legítimas reivindicações.
Por outro lado, vêm manifestar seu mais alto repúdio à repressão praticada
contra nossos irmãos e irmãs indígenas, como aquela desencadeada, com o
requinte das maiores crueldades, pelas forças policiais do Distrito
Federal, em 10 de julho último, em meio à qual foram usadas todas as
piores formas de agressão física e verbal, contra mulheres, idosos e
crianças.
Essa brutalidade é apenas mais uma prova de que, quando se espera alguma
complacência do Estado e dos governantes para com os oprimidos e, em
particular, para com os que nestas terras viviam antes mesmo da existência
deste mesmo Estado, as respostas são sempre as mais execráveis possíveis:
a demagogia, a manipulação e, finalmente, a violência inaudita que vem
vitimando as comunidades originárias de nosso País, desde há mais de meio
milênio, e que parece não ter fim.
Acreditamos, por outro lado, que esses verdadeiros crimes que aqui, como
em outros países, são praticados contra a humanidade devem ser amplamente
denunciados, com o julgamento dos responsáveis, mas, mais do que isso,
poderão ser finalmente estancados com a solidariedade e o apoio mútuo de
todos os movimentos efetivamente comprometidos com os direitos humanos,
de todas as organizações e de todas as pessoas de bem que, como nós, lutam
contra as injustiças e em busca de uma sociedade melhor e sem quaisquer
formas de opressão.

Saudações fraternas e revolucionárias,

São Paulo, 25 de julho de 2010

Organização Popular Aymberê
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FASP e APROPUC declaram seu apoio ao AIR

FASP e APROPUC Apóiam Acampamento Indígena Revolucionário (AIR)


A Associação dos Professores da PUC-SP – APROPUC – e a Federação
Anarquista de São Paulo - FASP – manifestaram essa semana a
solidariedade e o Apoio ao Acampamento Indígena Revolucionário,
organização indígena em luta contra o Decreto 7056/09, pela exoneração
de Márcio Meira e toda a sua cúpula e pela criação do CNDI, Conselho
Nacional de Direito Indígena – entre os 11 pontos irrevogáveis, As 11
Reivindicações do Acampamento Indígena Revolucionário, disponíveis na
internet (ver: http://acampamentorevolucionarioindigena.blogspot.com/2010/06/as-11-reivindicacoes-do-acampamento.html).

Nessa rede de solidariedade e apoio contamos com o Movimento Fora
Arruda e Toda a Máfia, o CESAC, o PSOL, o Partido da Causa Operária
(PCO), a Organização Popular Aymberê, o Tribunal Popular: o Estado
Brasileiro no Banco dos Réus, o IACIB, o Movimento Xingu Vivo Para
Sempre, o American Indian Movement (AIM), a Central Única de Favelas,
o Movimento Sem-Teto do Norte (MSTN) e a União de Moradia Popular,
entre outras organizações e entidades – além do apoio de Caciques e
Lideranças como Raoni Metuktire, Marcos Terena, Jeremias Xavante,
Humberto Xavante, Davi Terena, Eliesio Marubo, Oscar Mendeta
(representante do Governo Indígena da Bolívia) e Vernon Foster Lakota
(representando o AIM).

Abaixo as manifestações de solidariedade da Associação dos Professores
da PUC-SP (APROPUC) e da Federação Anarquista de São Paulo (FASP):


SOLIDARIEDADE AO ACAMPAMENTO INDÍGENA REVOLUCIONÁRIO (AIR)

São Paulo, 22 de julho de 2010

A Associação dos Professores da PUC-SP – APROPUC – vem manifestar
solidariedade as famílias do Acampamento Indígena Revolucionário que
ocorre neste momento na Explanada dos Ministérios em Brasília. Cerca
de 150 representantes de várias etnias brasileiras exigem audiência
com representantes do Governo Federal, a revogação do Decreto 7056/09,
a e exoneração do presidente da Funai, Márcio Meira, e de toda a sua
cúpula, autonomia indígena na gestão do patrimônio, direitos e
interesses, concurso público com garantia de bilinguismo e a cultura
dos agentes e professores, criação de mecanismos de controle das
verbas federais pelas próprias comunidades, entre outros pontos. No
entanto, a resposta que receberam do Governo Federal tem sido o
descaso e a violência. No dia 10 de julho, sem mandado judicial, a
Policia Militar do Distrito Federal agiu com violência contra a
comunidade acampada no protesto pacifico. As barracas montadas foram
destruídas, os pertences foram confiscados e vários manifestantes
ficaram feridos, inclusive mulheres e crianças. Se já não bastasse os
mais de cinco séculos de genocídio ao povo natural das terras
brasileiras, temos agora a demonstração da falta de respeito que as
autoridades do governo brasileiro tem com as comunidades indígenas.
Trata-se de mais um exemplo de criminalização dos movimentos sociais
demonstrado pelo Estado Brasileiro. A APROPUC apoia a luta das
famílias que estão no Acampamento Indígena Revolucionário e repudiamos
a covardia com a qual eles vem sendo tratados pelas autoridades
brasileiras, somando-se na denuncia contra o descaso e a prepotência
que o Governo Federal vem tratando os indígenas em nosso país. A luta
pelos direitos das famílias acampadas deve ser encarada como sendo de
todos os movimentos sociais brasileiros.

Diretoria da APROPUC






Todo apoio ao Acampamento Revolucionário Indígena!

Manifestamos todo o nosso apoio a todos e todas indígenas que permanecem
em luta em Brasília, no Acampamento Revolucionário Indígena.

A luta popular é, para nós, a única forma de nosso povo organizar-se para
as conquistas e entendemos que é isso o que os indígenas vêm demonstrando
em sua manifestação. Ainda que reprimidos pelo Estado, e passando por
imensas dificuldades, resistem em mais uma luta por uma pauta que julgamos
justa.

Entendemos que uma transformação mais ampla só pode ser feita com a
aliança entre os mais diversos setores oprimidos de nossa sociedade.
Portanto, por nossa solidariedade de classe, apoiamos o Acampamento
Revolucionário Indígena e fazemos votos de que sua luta seja seguida de
conquistas.

Todo apoio da Federação Anarquista de São Paulo aos povos indígenas em
luta em Brasília!

Federação Anarquista de São Paulo (FASP)

www.anarquismosp.org
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Solidariedade ao Acampamento Indígena



A todas as famílias do acampamento indígena

Manifestamos nossa solidariedade e acreditamos que a luta por direitos é a unica capaz de transformar de fato a realidade da sociedade brasileira.

Acreditamos que a resistência de todas as famílias e lançamos nosso desagravo à covardia dos representantes do Estado, que deveriam receber os/as manifestantes com a dignidade que merecem.

Lutar por direitos não pode ser visto como um "crime" e recebido pelas forças policiais, que age com violência contra um povo pobre e sofrido que só exige o que lhe é de direito, o que está contemplado na Constituição Federal.

Todos/as os/as membros/as e equipe da ACAT-Brasil (Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura) manifestam sua solidariedade ao acampamento.

Abraços Fraternos
Gorete Marques
Coordenadora Geral

--
AÇÃO DOS CRISTÃOS PARA A ABOLIÇÃO DA TORTURA
Pça. Clóvis Bevilácqua, 351, sala 701
010 18-001 – São Paulo – SP
Tel/fax (00.55.11) 3101-6084 E.mail acatbrasilinternational@gmail.com
www.acatbrasil.org.br
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Possível Ação Policial Marcada Para As Próximas Horas Contra O AIR

Possível Ação Policial Marcada Para As Próximas Horas Contra O AIR
POSSÍVEL AÇÃO DE TERRORISMO DE ESTADO CONTRA AIR (ACAMPAMENTO INDÍGENA
REVOLUCIONÁRIO) NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS DURANTE A MADRUGADA DE
HOJE – 23 DE JULHO DE 2010 - PARA AMANHÃ – 24 DE JULHO - OU NAS
PRIMEIRAS HORAS DA MANHÃ DESSE SÁBADO.

Convocamos jornalistas, advogados, estudantes, sindicalistas,
simpatizantes, apoiadores, militantes e membros da AIR (Acampamento
Indígena Revolucionário) para estarem alerta de hoje, sexta-feira, dia
23 de julho de 2010, até a manhã de amanhã, sábado, dia 24 de julho,
contra uma possível Ação de Terrorismo de Estado, patrocinada pela
Funai, Ministério de Justiça, Polícia Federal, e Secretaria de
Segurança do DF, a serviço do Gabinete Pessoal da Presidência da
República, contra o Acampamento Indígena Revolucionário, manifestação
pacífica instalada na Esplanada dos Ministérios, defronte ao chamado
Palácio da Justiça, lutando para derrubar o decreto 7056/09, que
“privatiza” a Funai, exigindo a exoneração de Márcio Meira, presidente
do órgão e do CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), e o
fim do mesmo conselho – cuja função primordial hoje é encenar uma
farsa institucional, fazendo crer que os Povos Indígenas são
representados no Brasil
- junto ao Governo Federal - e consultados sobre as obras de interesse
governamental.

Apesar do Ministério Público Federal dar parecer favorável ao
Acampamento Indígena Revolucionário (AIR), declarando a ilegalidade de
qualquer ação policial – federal ou distrital – contra o Acampamento,
instalado na Esplanada dos Ministérios, o ânimo dos representantes do
Gabinete do Ministro da Justiça, da Funai e do GDF parece ser o de
aniquilar o AIR a qualquer custo, custe o que custar.

Indígenas que testemunharam o líder Carlos Pankararu, brandindo –
inutilmente - para o BOPE a liminar da Juíza da 6ª Vara, que garantia
a permanência do Acampamento Indígena Revolucionário na Esplanada dos
Ministérios, na Operação Terrorista do dia 10 de julho de 2010, se
sentem desamparados pela lei.

Os representantes do Ministério da Justiça e da Funai fazem crer que a
força da intimidação violenta, da brutalidade, da chantagem e da
coação são mais legítimas do que os princípios constitucionais,
condicionando – diante do Ministério Público, na reunião do dia 21 de
julho de 2010 - a entrega dos pertences furtados dos indígenas pela
polícia do GDF, durante a operação policial do dia 10 de julho de
2010, ao retorno dos manifestantes do AIR às suas aldeias, a aceitarem
ir para o hotel (“o golpe do hotel’, especialidade da Funai para
neutralizar protestos) ou a simples retirada do ar da Carta Aberta da
AIR Sobre Suposto Pedido de Propina – documento considerado pelo
Gabinete do Ministro da Justiça “muito agressivo” e “violento demais”
(como se coagir famílias indígenas com um cerco formado por mais de mil
policiais para fazê-los desistir de um protesto pacífico não fosse um
ato violento,
como se arrastar uma mãe de família indígena pelas pernas, sob
insultos e chutes, não fosse ato agressivo e violento; como se jogar
desnecessariamente spray de pimenta em uma criança indígena de 12 anos
não fosse um ato covarde, gratuito, agressivo e violento; como se
fazer – com a intimidação brutal e o spray de pimenta - uma mulher
indígena abortar não fosse algo estúpido, covarde, cruel e violento;
como se algemar e prender pessoas sem acusação alguma não fosse ato
agressivo, covarde, cruel e violento, como se mandar para o hospital
crianças indígenas de 2 e 4 anos por intoxicação provocada pelo mesmo
spray de pimenta não apenas fosse uma agressão estúpida, gratuita,
cruel, violenta e covarde, mas também uma violação a TODOS os limites
de Humanidade, de Legalidade, de Direito – em toda e qualquer
legislação do Mundo, não se resumindo a uma ação etnocida e covarde).

Os pertences foram furtados dos indígenas – cobertores, remédios,
dinheiros, documentos, material de trabalho e etc., retirados à força,
sem o devido auto de apreensão circunstanciado – na operação policial
do dia 10 de julho; após muita chantagem por parte do Ministério da
Justiça e Funai, condicionando a devolução (sem sucesso), foram
devolvidos mais de uma semana depois, sem a presença de representante
do Governo do DF ou da União para organizar a devolução e garantir a
conferência dos pertences, faltando inúmeros itens – entre os quais,
certidões de nascimento, cordões de ouro, celulares, artesanato,
dinheiro e até mesmo a cópia máster de um documentário de
longa-metragem inédito.

O Governo do Distrito Federal, instruído pelo Ministério da Justiça,
Funai e Polícia Federal, há mais de uma semana fecha o cerco contra o
Acampamento Indígena Revolucionário, intimidando os indígenas com
viaturas da PM e rondas do Choque Montado (Cavalaria), dificultando a
entrada de comida e cobertores, impedindo a construção de barracas e a
entrada de banheiros químicos – além de sonegar por vários dias a
devolução de medicamentos, documentos, dinheiro e roupas.

A Máquina do Estado, aparelhada até a medula pelo governo Lula com a
escória do CIMI, do ISA, do CTI e demais organizações, está
sendo regida por gente mesquinha, cruel e covarde – sem compromisso
algum com os Direitos Humanos ou com a Verdade. A histeria gerada na
presidência da
Funai e nos Gabinetes do Ministro da Justiça e no Gabinete da
Presidência da República pela “Carta Aberta AIR Sobre Suposto Pedido
de Propina” – e a concordância da Secretaria de Segurança do Governo
Distrital em fazer da repressão policial violenta a política
indigenista oficial - faz crer que uma represália contra o Acampamento
Indígena Revolucionário pode estar sendo engendrada pelo Palácio da
Justiça e o Buriti.

Diante desse quadro, serão utilizados outros dois blogs – cujo links
serão repassados posteriormente – para que apoiadores, militantes e
líderes do Acampamento Indígena Revolucionário possam publicar textos
mais incisivos, passando a ser assinados pelos autores, evitando assim
represálias contra crianças, mulheres, gestantes, idosos e guerreiros
probos do AIR – que não podem pagar pela alergia aguda e a histeria
homicida que acometem nossas autoridades federais quando confrontadas
com a verdade nua, com a crueza dos fatos.

A percepção de lideranças indígenas e não indígenas é que, no caso em
quadro, o Ministério da Justiça – quando acuado – ladra, passando para
o Governo do Distrito Federal a função de morder – deixando, assim, as
mãos da atual gestão federal, que quer se perpetuar com a possível
eleição de Dilma Roussef, limpas do sangue de
indígenas (ledo engano).

O Governador Rogério Rosso, que na terça-feira, dia 20 de julho,
mandou as orças de Segurança fazer a “retirada pacífica” de uma
ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em Brazlândia,
disse que não irá tolerar “invasões de áreas públicas”.

Hoje, dia 23 de julho, em nota que parece plantada no Jornal de Brasília, um
jornalista “amigo do poder” (que, ameaçado de ação judicial por violar
o Estatuto do Índio, zombando de crenças e tradições indígenas, além
de dar FALSO TESTEMUNHO, calou-se), parece ter retomado sua “coragem”,
demonstrando uma crença inabalável na impunidade (dando falso
testemunho sobre o AIR e escarnecendo de homens e mulheres indígenas
que enfrentam o frio, a fome e a intimidação policial para lutar pelos
seus Direitos Primordiais), chamando o Acampamento Indígena
Revolucionário (AIR) de “farra indígena”.

O mote para a nota que exala preconceito étnico e religioso, além do
falso testemunho, no Jornal de Brasília é a informação de que Rogério
Rosso, Governador, considera o Acampamento Indígena Revolucionário “a
pior invasão
dentre todas”. O Governo do DF demonstra, quando sabe perfeitamente
que o Acampamento Indígena Revolucionário é uma MANIFESTAÇÃO PACÍFICA
E NÃO UMA INVASÃO, a sua mais pura e voluntariosa MÁ-FÉ.

A articulação Federal e Distrital, policial e para-policial, institucional e
para-institucional e o cerco midiático para aniquilar o Acampamento
Indígena Revolucionário faz crer que os algozes dos Direitos Indígenas
vão atropelar qualquer procedimento legal – como já fizeram
anteriormente – para fazer cumprir com seus objetivos.

Por isso e por outros motivos, integrantes do AIR crêem que haverá uma
nova operação policial, provavelmente na madrugada de hoje ou pela
manhã de sábado (amanhã).

A disposição dos representantes da Funai, CNPI, Ministério da Justiça,
Gabinete da Presidência da República e do Governo do Distrito Federal
em atropelar a legislação vigente faz com que os indígenas temam que a
Articulação Estatal Terrorista desconsidere as palavras dos
Procuradores e Procuradoras Federais e tentem dar um golpe de
misericórdia na resistência indígena que – tendo suas barracas
destruídas e os pertences pessoais subtraídos pelas Forças do Estado
no dia 10 de julho de 2010, quando foram inclusive confiscados fogões,
panelas, comida e banheiros químicos - hoje dorme sob o relento na
Esplanada dos Ministérios.


Segundo lideranças indígenas que estiveram na reunião do dia 21,
quando AIR, Ministério da Justiça, Funai, Secretaria de Segurança do
DF e Ministério Público discutiram sobre a devolução dos pertences dos
indígenas – furtados por conta da operação policial SEM MANDADO
JUDICIAL do dia 10 de julho de 2010, articulada pela Polícia Federal
que contava, além dos atiradores de elite do alto dos prédios, com
forças do BOPE, PM do DF,
ROTAM, Polícia Civil (5ª DP), Batalhão de Choque e Choque Montado
(Cavalaria), que DESTRUIU câmeras e fitas (PROVAS JUDICIAIS) e montou
barreira no Eixo Monumental de Brasília, impedindo o cidadão do DF de
exercer o direito a ir e vir, para que não houvessem testemunhas da
BARBÁRIE - a disposição dos representantes do Gabinete do Ministro da
Justiça, Luiz Paulo Barreto (homem que no dia 08 de abril de 2010
assinou portaria dando à Força Nacional autorização para “uso de força
letal” contra indígenas) é a de aniquilar o Acampamento Indígena Revolucionário.

Lideranças indígenas informam que, durante a reunião do dia 21 de
julho, cuja página da Funai não informou estar presente o Major
Medeiros, representando o GDF (para o Buriti, assim como para o
Planalto, questão indígena é “caso de polícia”), a Chefe de Gabinete
do Ministro da Justiça, Gláucia Elaine de Paula (mandante de três
ações policiais irregulares contra o AIR – já deu falso testemunho em
ofício para criminalizar o Movimento Indígena Revolucionário), ameaçou
colocar as forças policiais novamente contra os indígenas que hoje
dormem ao relento na Esplanada dos Ministérios, resistindo às
privações e ao cerco policial para derrubar o Decreto Criminoso
7056/09 e o covarde Márcio Meira, dizendo textualmente: “haverá nova
operação e vocês vão sair!”.

A senhora Ana Patrícia, do gabinete pessoal do Ministro da Justiça,
dizendo desafiadoramente para os indígenas “vamos ver quem vai
ganhar!” (diante da Procuradora Federal), escarneceu ainda mais do
sofrimento dos indígenas quando afirmou aos Guajajara que o “único
representante legítimo dos Guajajara, o único que o Ministério (da
Justiça) reconhece é o sr. José Arão Marizê Lopes” – o que pode ser
considerado um ato de zombaria cruel e de cinismo institucional.

Os Guajajara, representados no AIR com lideranças e caciques de mais
de 27 aldeias lutando contra a ditadura imposta por esse membro da
criminosa CNPI, já protocolaram o pedido de destituição de José Arão
Marizê na Funai, com centenas de assinaturas, em 23 de abril de 2010;
a Polícia Federal tem em mãos, protocolada, a denúncia levada pelo AIR
do desvio de cerca de 15 milhões de reais da verba da Saúde Indígena,
feito por José Arão Marizê por meio da Associação de Saúde das
Sociedades Indígenas do Grajaú – recurso com o qual supostamente
Marizê se elegeu vereador desse Município no Maranhão.

Os Guajajara há meses estão instalados em Brasília pedindo a
destituição imediata de Arão Marizê, o fim do CNPI, a anulação do
Decreto 7056/09 e a exoneração de Márcio Meira.

O cinismo do Gabinete do Ministro da Justiça, quando afirma que “Arão
Marizê é o único representante legítimo dos Guajajara”, torna-se mais
monstruoso, atingindo níveis de crueldade inimagináveis, quando se
sabe – e o Ministério da Justiça é bem assessorado pelos Serviços de
Informação e Inteligência – que estão acampados na AIR, defronte ao
Ministério da Justiça, o filho e a viúva do Cacique Damiãozinho
Guajajara, assassinado a 15 de julho de 2005, na Aldeia Kamihaw, em
Grajaú (MA), lutando a Injustiça e a Covardia - morto supostamente a
mando de Arão Marizê.

A Polícia Federal cumpriria sua função constitucional se estivesse
investigando os crimes supostamente protagonizados por integrantes do
CNPI, organização criminosa presidida por Márcio Meira, ao invés de
coordenar ações brutais contra os homens e mulheres indígenas que os
denunciam.

O Ministério da Justiça abraça o banditismo e o Terrorismo de Estado,
fazendo sua opção preferencial pela ilegalidade; o Acampamento
Indígena Revolucionário – formado por homens probos que trouxeram suas
famílias para lutar em Brasília contra a extinção dos Direitos
Indígenas a golpe de caneta e o Etnocídio de Estado - só exige que se
cumpra a Constituição Federal no tocante à questão indígena.

Hoje, às 20 horas, um policial veio perguntar se “o pessoal não vai
sair também” (um grupo saiu ontem e outro hoje, para repor baterias),
aumentou o número de viaturas no estacionamento do Ministério da
Justiça e, segundo observadores, aumentou o número de cavalos do
Choque Montado (Cavalaria da PM) na Esplanada. Há um clima de
apreensão.

Pelos motivos expostos, peço a todos apoiadores, simpatizantes,
militantes e membros do Acampamento Indígena Revolucionário que se
mantenham em vigília contra a Articulação Estatal e Para-Estatal que
quer aniquilar com o AIR.

Contamos com o apoio e a resistência de todos, indígenas ou não.

Muito Obrigado,
Iperawa Pajé
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PSOL declara seu apoio ao AIR

PSOL apoia luta e reivindicações indígenas
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No comecinho da manhã do último sábado, dia 10, por volta das 5h, quando não havia quase ninguém na Esplanada dos Ministérios, os cerca de 100 indígenas que estavam acampados há mais de seis meses no local foram retirados à força, sob gritos de "acorda, bando de vagabundo".

O acampamento, que teve início em janeiro deste ano, é uma manifestação para pedir revogação do Decreto Presidencial 7.056/09, que extingue 40 administrações regionais e 337 polos indígenas, além de substituir antigos servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai). Ao todo, 15 administrações serão fechadas ou restruturadas em diversos estados do país. Os índios pedem ainda a destituição do cargo do presidente da Funai, Márcio Meira.

A operação de retirada contou com a participação de cerca de mil policiais militares e soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope). De acordo com relatos de índios, eles chegaram ao local jogando spray de pimenta em qualquer pessoa que contrariasse a ordem de sair do gramado, e não pouparam nem mesmo as crianças que estavam dormindo. A ação foi arbitrária, sem ordem de despejo e com resultados desastroso: seis pessoas, entre elas duas crianças, precisaram ser hospitalizadas. Uma jovem de 18 anos teve uma crise nervosa e foi encaminhada ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAM), junto a uma mulher de 27 anos, grávida de cinco meses, com dores na barriga. De acordo com o relato de um militante indígena, a gestante teria perdido o bebê por conta da pressão da ofensiva.

Outros quatro foram presos e alegam terem sido agredidos pelas forças policiais, entre eles dois índios, um assessor dos indígenas e um francês. O assessor informou que teve sua câmera, juntamente com a fita e uma bolsa com cadernos contendo telefones e mais de três meses de trabalho, retida durante a operação. Segundo ele, as imagens da fita mostravam os cachorros do Bope e da Polícia Federal monitorando o acampamento durante a madrugada, do teto do Palácio da Justiça, antes do amanhecer. Segundo informações da assessoria do Ministério da Justiça, o pedido de retirada teria partido do Governo do Distrito Federal (GDF).

O PSOL se solidariza com a luta e apoia integralmente a ação dos indígenas. Apresenta ainda as seguintes diretrizes gerais e tarefas, que serão assumidas por todas as candidaturas majoritárias e proporcionais lançadas pelo partido:

- Apoio à demarcação, homologação, titulação e garantia de inviolabilidade dos territórios indígenas, quilombolas e os territórios de matriz africana; combate ao racismo ambiental.
- Apoio aos povos indígenas, ribeirinhos e das populações tradicionais, contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte.
- Defesa da soberania nacional, fim da privatização das florestas, revogação da MP 458, que legaliza a grilagem no campo; desmatamento zero.
- Pela revitalização e contra a transposição das águas do Rio São Francisco; contra obras que inviabilizam a permanência das comunidades tradicionais da região; defesa da revitalização e implantação de projetos para combater os efeitos da seca.
- Fim da criminalização dos movimentos sociais e da pobreza; anistia a todos os militantes e dirigentes dos movimentos perseguidos com mandatos de prisão, condenações e processo judiciais.
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A FUNAI acusa a própria FUNAI e o Ministério da Justiça!!!



A FUNAI acusa os Índios do Acampamento de se deixar corromper pela própria FUNAI e pelo Ministério da JUSTIÇA durante negociações no Ministério da JUSTIÇA.VEJA O VIDEO AQUI -----**************
***** "A Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou, na tarde de ontem, um documento assinado por indígenas que pedem R$ 440 mil para saírem do acampamento montado na Esplanada dos Ministérios. O papel, escrito à mão, detalha os gastos com viagens de Pernambuco e do Maranhão para Brasília, alimentação e diárias de hotel. Os manifestantes do Acampamento Indígena Revolucionário (AIR)(1), no entanto, alegam que o documento foi elaborado por índios que deixaram a Esplanada em 12 de junho após negociação com a Funai..." Correio Braziliense- Luiz Calcagno
Publicação: 16/07/2010 08:38 "----
Denúncia de crime de corrupção contra o presidente da FUNAI...
Tentativa de Corrupção de movimento social por administradores públicos usando as estruturas e dinheiro públicos, bem como tentativa de calúnia contra os representantes do movimento A.I.R. Carlos Pankararu, disse que o documento não passa de uma tentativa do governo federal de desarticular o movimento. Se o documento existe foi a pedido da FUNAI ou do Ministério da Justiça.*******
FUNAI e governo não sabem o que fazer para esconder e justificar a intervenção militar, sem mandato judicial, contra o acampamento de refugiados da política de extermínio do governo LULA e Dilma Rousseff. *********

O A.I.R foi que primeiro denunciou esta tentativa de manipulação.... com vídeo do jogo Sujo e o texto do 15 de Junho 2010---

Acampamento Indigena Revolucionario denuncia o jogo sujo do governo para dividir o movimento Indígena, resistindo contra o decreto do presidente LULA golpeando a FUNAI (fundação de proteção nacional dos indigenas do Brasil).
Várias lideranças Indígenas de diversas etnias estão acampados na frente do congresso nacional desde janeiro2010 para revogar o decreto 7.056/09, denunciado como anticonstitucional pelos Indios, e este video evidencia a manobra do governo que tenta manipular o movimento numa negociação que envolve ameaças, demagogia e tentativa de aliciamento.
blog do A.I.R.


http://www.youtube.com/watch?v=gvDsofe2H6w
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Carta Aberta do AIR




Carta Aberta do AIR
CARTA ABERTA DO AIR SOBRE O SUPOSTO PEDIDO DE PROPINA FEITO AO GOVERNO
FEDERAL PELO ACAMPAMENTO INDÍGENA REVOLUCIONÁRIO:


Sexta-feira, 16 de julho de 2010, endossando o massacre promovido pela União
e GDF contra o Acampamento Indígena Revolucionário (AIR), instalado na
Esplanada dos Ministérios, o Jornal Alô Brasília publicou em sua capa
manchete – com foto ocupando mais de 50% da página – com a seguinte
frase: “Índios Reivindicam Meio Milhão do Governo Federal”, com a
legenda da foto afirmando que os indígenas acampados pleitearam mais
de meio milhão de reais para encerrar o protesto.

A notícia foi totalmente copiada do Portal G1, do reacionário Grupo
Globo, de linha anti-indígena, que não apurou a notícia devidamente,
deixando de investigar se havia nome de alguma liderança, militante ou apoiador
do Acampamento Indígena Revolucionário (AIR) entre as pessoas que
assinaram o documento que pleiteia mais de meio milhão ao Ministério
da Justiça para encerrar o protesto. Do mesmo modo, o G1, seguido pelo
“papagaio” Alô Brasília, além de afirmar que havia mandado de
desocupação judicial para a criminosa operação do dia 10 de julho, o
que não procede, pois se tratou de ação EXTRA JUDICIAL, publica que “o
principal entrave nas negociações, no entanto, é o dinheiro que os
indígenas querem receber como compensação pelo que supostamente
gastaram com a manifestação”

A “informação” caluniosa, plantada pela FUNAI, simplesmente consiste
em mais um insulto perpetrado pelo Ministério da Justiça, um escárnio
e um difamação criminosa contra aqueles que HÁ SETE MESES RECUSAM
TODAS AS PROPOSTAS OBSCENAS VINDAS DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA – A MANDO
DO GABINETE PESSOAL DO PRESIDENTE LULA. Como disse o Cacique José Dias
Guajajara, quando a Funai veio, na pessoa do sr. “Chiquinho”, oferecer
hospedagem e alimentação (para abandonar a luta), “da Funai – dessa
Funai – a gente não aceita nem um cafezinho!”

Em nenhum dos nomes listados no documento em posse do Ministério da
Justiça que pede compensação financeira há o nome de militante,
apoiador ou liderança do Acampamento Indígena Revolucionário. Qualquer
curioso que passar pela Esplanada – a qualquer hora do dia ou da noite
– pode conferir, pela identidade dos manifestantes, se há algum dos
nomes que assinam o documento onde a verba é pleiteada militando no
Acampamento ou liderando a AIR.


DESAFIAMOS A FUNAI, POLÍCIA FEDERAL E MINISTÉRIO DA JUSTIÇA A APONTAR
EM ALGUM DOS NOMES LISTADOS UM MEMBRO DA AIR, hoje acampada na
Esplanada dos Ministérios. As lideranças e as famílias acampadas
resistem estoicamente ao frio, à fome, ao cerco policial, à ausência
de banheiros e chuveiros para higiene pessoal, à falta de roupas para
troca, sem sequer pensar – em um minuto sequer – no prejuízo causado
pelas roças perdidas por conta dos meses a fio em que esperam uma
posição do governo que não seja repressão policial nem oferta de
satisfação de interesses pessoais – sendo verdadeiros heróis que serão
lembrados na história da Resistência Indígena no Brasil.

Em nenhum dos 11 Pontos do Acampamento Indígena Revolucionário – ver
link http://acampamentorevolucionarioindigena.blogspot.com/2010/06/as-11-reivindicacoes-do-acampamento.html
- há menção de dinheiro, em nenhuma das reivindicações do AIR são
mencionados cargos ou recursos. Os indígenas do Acampamento Indígena
Revolucionário, que pertencem ao seguimento social com o IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano) mais baixo do país, chegaram na Capital
Federal com recursos próprios, geridos pela caixa do AIR, e estão
defronte ao Ministério da Justiça pressionando o governo para que derrube o
decreto criminoso 7056/09, exonere o criminoso Márcio Meira – exigindo
que ele nunca mais ocupe cargo em qualquer órgão ou instituição onde
sejam manejados Direitos Humanos - e, principalmente, para que
respeite os princípios constitucionais no tocante aos Direitos
Indígenas.

A Funai se aproveita da irresponsabilidade e da leviandade de Oswaldo
Rosa da Silva Júnior, conhecido como Júnior Xukuru, Bacurau ou
Taponoye, que – mesmo tendo abandonado o Movimento Indígena
Revolucionário, ao aceitar as propostas e promessas do Governo Federal
e o hotel e a alimentação pagas pelo contribuinte para desmobilizar a
resistência dos Povos Originários e abandonar a Esplanada – deu entrevistas
para imprensa, junto com outros dissidentes, dizendo-se “liderança do
Movimento” e afirmando que dormia no chão, passava frio, fome e
intimidação policial - enquanto, na verdade, dormia em cama macia, sob
a proteção de um teto, bem longe da exposição à violência policial, e,
tomando banho quente, se alimentava às custas do erário público (ou da
ingenuidade de terceiros, como soube-se depois).


O indígena Júnior Xukuru – que se expôs ao dar entrevista - foi um dos que,
instruídos pelo advogado Ubiratam Maia, conhecido como Ubiratam
Wapichana, aceitaram o acordo com os tratantes Paulo Maldus, do
Gabinete Pessoal do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, Aluysio
Guapindaia, Vice Presidente da Funai, e a senhora Patrícia, do
Gabinete Pessoal de Luiz Paulo Barreto, Ministro da Justiça, que – na
ausência das lideranças Carlos Pankararu, Lúcia Munduruku, Arão da
Providência Guajajara, Korubo, Valdete Krahô, Adriano Karipuna, Kretan
Kaiagang, entre outros – vieram, acompanhados do Chefe da Segurança do
Ministério da Justiça
e seus subalternos, para propor um “acordo vantajoso” para desmontar o
acampamento.

A proposta havia sido feita no dia 11 de junho de 2010, à noite, por
Paulo Maldus, um advogado do CIMI (Conselho Indígena Missionário), uma
organização católica beneficiada pelo decreto presidencial 7056/09,
que hoje está lotado no Gabinete Pessoal da Presidência da República e
empreende uma luta pessoal contra o Acampamento Indígena
Revolucionário e as suas lideranças. Na sua luta inescrupulosa para
destruir o AIR, Paulo Maldus – que ligava para uma das lideranças
desde a noite do dia 10 - chegou a ponto de telefonar para indígenas
para colocar um contra o outro (o mesmo ardil utilizado desde o
século XVI, por ocasião da Guerra dos Tamoios), indispondo etnia
contra etnia, comunidade contra comunidade, vizinho contra vizinho,
pai contra filho, irmão contra irmão.

A estratégia da Funai, na ausência de lideranças como Carlos Pankararu
e Arão da Providência, é a de sair da questão nacional e tentar
acordos regionais, isolados, separando uma etnia da outra e atender a
interesses pessoais – como a abertura das Administrações de
Pernambuco, Maranhão e Paraná, com as promessas de cargos decorrentes
– além de OFERECER DINHEIRO, sob o eufemismo de “reposição de gastos”.

E não são os indígenas que reivindicam dinheiro, é o próprio governo
federal que OFERECE DINHEIRO como forma de neutralizar protestos. No
próprio dia da operação criminosa do Estado Brasileiro contra o AIR,
dia 10 de julho de 2010, por exemplo, “César da Funai” (um novato no
órgão de cabelos grisalhos, segundo indígenas), enquanto barracas eram
destruídas, pertences e alimentos furtados pelo GDF, dezenas de
adultos e crianças indígenas covardemente feridos pelo BOPE, pessoas
presas e algemadas sem qualquer tipo de acusação, ofereceu a Carlos
Pankararu - a troco que “abandonasse de vez a luta e esse Acampamento”
- “dinheiro suficiente para viver para sempre uma vida digna com a
família”, sendo escorraçado dali pelo fundador do AIR e por sua
mulher, Lúcia Munduruku.

Não são poucos os líderes indígenas que saíram de reuniões com o
Governo Federal com promessas de quantias vultosas e vantagens
pessoais, como tem sido registrado há meses pelo Acampamento Indígena
Revolucionário – estando as provas e testemunhos à disposição dos
interessados.

Na negociação feita na manhã do sábado, dia 12 de junho de 2010,
iniciada às 8 horas da manhã E TODA GRAVADA EM VÍDEO, a Funai, a
Presidência da República e o Ministério da Justiça oferecem propina
para todos os indígenas que abandonarem o protesto da AIR, instalado
defronte ao Palácio da Justiça, indo para os hotéis indicados pelo
governo; no vídeo, os representantes do Estado afirmam que pagariam
“despesas de viagem” para aqueles que - todos sabem, até mesmo os
postes de Esplanada - viajaram para Brasília e ali se alimentaram às
custas do caixa do Acampamento Indígena Revolucionário, tendo o senhor
Aluysio Guapindaia dito que “hoje é sábado, os bancos estão fechados,
mas vocês vão para o hotel que segunda a gente acerta”.

Nenhum dos dissidentes sequer tinha recibo dos custos de viagem para
apresentar, comprovando tais gastos, o que significa que o governo
federal estava literalmente comprando a consciência de indígenas – e
comprando fiado.


Aceitar esse tipo de oferecimento – reposição de gastos que nunca
existiram – seria trair a coragem, a boa-fé e a determinação de homens
e mulheres sem rendas nem posses que, junto com suas famílias,
resistem há sete meses a todo tipo de violência e privação para exigir
que a atual gestão federal cumpra com a legislação existente e com as
normas internacionais das quais o Brasil é signatário.

Nós nos sentimos na obrigação de lembrar que a Funai, o Ministério da
Justiça e a Presidência da República, assessorados pela ABIN, a
Inteligência da Polícia Federal, o Serviço Reservado do BOPE e a P 2
do DF (no caso em quadro, prestando assessoria à Superintendência da
PF), sabiam perfeitamente dessa covardia inominável quando a
negociação foi proposta.

Aliás, os representantes da Funai, Ministério da Justiça e da
Presidência da República, advogados que são, sabem perfeitamente que
todo ato administrativo é impessoal, não podendo reabrir as
Administrações da Funai no Maranhão, Pernambuco e no Paraná – pleito
da dissidência – sem que reabram os Postos e Administrações em todo o
Brasil: ou seja, prometeram o que não poderiam cumprir.

O próprio Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, advogado que é,
sabia que, ao assinar um declaração onde prometia reabrir as
administrações do Maranhão, Pernambuco e Paraná, além de dar aval a um
documento sem validade legal alguma, cometia – no mínimo - um ato de
improbidade administrativa.

Não nos cabe o papel de Juízes ou acusadores, apontando quais as
lideranças indígenas que cederam à “cantada” governamental: os nomes,
documentados pela Funai, Ministério da Justiça e pelo próprio Gabinete
da Presidência da República, foram amplamente divulgado pelos jornais
nos últimos dias e estão na memória de cada um dos militantes do
Acampamento Indígena Revolucionário.

A traição feita aos princípios do AIR e às lideranças ausentes custou
caro: alertado por membros do AIR, Carlos Pankararu e Lúcia Munduruku,
que estavam em Sobradinho (DF), chegaram de surpresa. Militantes da
AIR, como o bravo guerreiro José Machado Guajajara, indignados,
pularam em cima dos negociadores para rasgar o documento que os
representantes do governo traziam em mãos para a dissidência assinar.

Os representantes do Ministério da Justiça, da Funai e da Presidência
da República foram expulsos do Acampamento Indígena Revolucionário –
sob gritos e xingamentos - assim como, as supostas lideranças que
fizeram acordo com o criminosa gestão federal.

O tratante Paulo Maldus teve uma borduna brandida a meio palmo do
nariz por Sulane Ribeiro Lopes Guajajara, sendo obrigado a “sair
voando” da Esplanada – branco como cera – sob vaias e apupos dos
indígenas.

Nesse momento, 186 indígenas – de um total de cerca de 350 –
abandonaram o Acampamento Indígena Revolucionário., guiados pelas
supostas lideranças. Instigados pela Funai, os dissidentes
covardemente levaram os fogões e alimentos – deixando centenas de
pessoas, incluindo um sem-número de crianças, sem ter o que comer nem
ter como comer no dia 12 e no dia seguinte – já que um dos
responsáveis do caixa do AIR estava viajando.

Grande parte dos indígenas foram para os hotéis não por estarem
interessados nas supostas regalias e benesses ofertadas pelo Governo
Federal, mas por determinação de suas lideranças – pois, como disse
Penha Guajajara, da Aldeia Morukia, “foi o Chefe que me trouxe até
Brasília, com minha mãe, agora ele está mandando a gente ir para o
hotel e estou indo”.

Mais tarde, por volta das 15 horas, instigados no hotel pela senhora
Patrícia, do Gabinete do Ministro da Justiça, como ficou gravado na
memória de um celular, a dissidência retornou à Esplanada, com vários
guerreiros em três vans pagas pela Funai, para tentar destruir o
Acampamento Indígena Revolucionário e desalojar os manifestantes –
para cumprir com a promessa feita ao governo. O ataque foi
neutralizado pela resistência corajosa dos militantes autênticos do
AIR, tais como Genésio Guajajara, Edileide Guajajara, Jonathan
Guajajara, João Sampaio Guajajara, Cacica Antonia Guajajara, José
Machado Guajajara e Sulane Guajajara, entre outros bravos guerreiros e
guerreiras, que expulsaram os invasores.

Naquele momento, quando o presidente do CNDI (Conselho Nacional de
Direito Indígena), Arão da Providência, estava ausente, em outro
Estado, a coragem, a determinação moral e a fibra de líderes como
Chico Lino Guajajara, José Dias Guajajara, José Lopes Guajajara,
Cacica Antonia Guajajara, João Sampaio Guajajara, Carlos Pankararu,
Lúcia Munduruku, Edinária Guajajara e Korubo foi fundamental para que
o Acampamento Indígena Revolucionário (AIR) sobrevivesse.

No dia seguinte, um domingo, dia 13 de junho de 2010, às 17:50, no
estacionamento do hotel Monumental, na quadra 2 do Setor Hoteleiro
Norte, Paulo Maldus, do Gabinete Pessoal da Presidência, Francisco –
Chiquinho – da Funai, Patrícia, do Gabinete do Ministro da Justiça,
acompanhados pelo Chefe da Segurança do Ministério da Justiça, serviam
pessoalmente, com as mangas arregaçadas, os “bandecos” (marmitex) aos
famintos indígenas dissidentes. A hora em que os representantes do
governo - que haviam prometido anteriormente “alimentação digna” -
serviam o almoço já prenunciava que nenhum dos acordos feitos com o
governo seria cumprido.

Passada duas semanas nada do que os representantes do governo
acordaram com os dissidentes – “índios do hotel” - foi cumprido. Na
própria segunda-feira, dia 14 de junho, as lideranças da dissidência
foram transferidos para um hotel de “baixa renda” no SIA (Setor de
Indústrias e Abastecimento) e, logo depois, o grupo foi ilegalmente
realocado em uma pensão irregular utilizada por prostitutas para
programas em uma das zonas de prostituição do Plano Piloto – a Pensão
da Tereza, na 714 Norte - de onde foram expulsos, tempos após, por
falta de pagamento por parte da Funai.

Quando cobrado sobre o acordo, Aluysio Guapindaia, Vice Presidente da
Funai e Diretor de Assistência, colocou a Força Nacional em cima da
dissidência e afirmou: “A Funai não tem mais obrigação alguma com
vocês” - o que fere a Constituição, o Estatuto do Índio e o próprio
Estatuto da Funai (pois a Funai tem a obrigação constitucional de
atender a TODOS os índios, “rebeldes” ou não, “obedientes” ou não).

Consta-se que o próprio advogado da dissidência, Ubiratam Maia
Wapichana, foi barrado na porta da Funai – o que fere a sua
prerrogativa profissional e o Estatuto da Funai. Não apenas o “Bira”
foi impedido de entrar na Funai, “Casa do Índio”, mas inúmeros
indígenas nas últimas semanas, pois existe uma determinação recente na
portaria, cuja ordem “ninguém sabe” afirmar quem deu, para que nenhum
indígena ou neo-brasileiro ligado ao AIR entre na Funai – o que fere,
mais uma vez, a Constituição e os Estatutos do Índio e da Funai.

Apesar do ressentimento com os dissidentes, foi decidido pelas
lideranças do Acampamento Indígena Revolucionário, a partir desses
fatos, que todos – indígenas ou não - são humanos, tendo direito a
errar ao menos uma vez, e que os chamados “índios do hotel” - com
exceção àqueles que lideraram a Diáspora, os que cometeram violências
contra indígenas da AIR e o advogado Wapichana –, caso se
arrependessem e retornassem com humildade, poderiam voltar ao
Acampamento para lutar junto contra a revogação do decreto 7056 e a
pela exoneração de Márcio Meira, desde que – parágrafo único – não
falassem mais como lideranças da AIR (parágrafo único que Júnior
Xukuru descumpriu, afirmando ser “liderança do Movimento”, dando à
Funai e à imprensa marrom a oportunidade de fazer a acusação de que os
indígenas acampados na
Esplanada estão em busca de compensações financeiras).

Diante disso, repetimos: NENHUM daqueles que assinaram o documento
pleiteando recursos fazem parte do AIR e não podem se apresentar como
tal e DESAFIAMOS a Funai, Ministério da Justiça, Polícia Federal e
Mídia a provar que existe nome de liderança do Acampamento Indígena
Revolucionário em qualquer lista que seja pleiteando cargos ou
recursos.

Os próprios policiais federais, quando um dos signatários do documento
que pleiteia compensação financeira à Funai, tentou furar o bloqueio
policial na operação Terrorista patrocinada pelo Estado Brasileiro no
dia 10 de julho de 2010 para ver se um de seus familiares estava bem,
afirmaram: “você aceitou ir para o hotel, agora não tem mais o que
fazer aqui – vai embora!”.

Não satisfeita, a Funai – que sabe muito bem quem assinou o pleito e
divulga, por meio de assessoria de imprensa, que não faz diferença se
há assinatura ou não dos líderes, fundadores e apoiadores do
Acampamento Indígena Revolucionário - afirma ao Correio Brasiliense do
dia 16 de junho de 2010, por meio de “um funcionário que não quis se
identificar”, que membros da AIR recebem ajuda de uma Organização
Não-Governamental (ONG) norte-americana. A ONG, segundo a Funai,
“disponibilizou chácara no DF para que as crianças dormissem”. Segundo
o informante, a suposta organização “já foi investigada por
interferência indevida em áreas indígenas”.

O Acampamento Indígena Revolucionário EXIGE que a Funai, então, dê o
nome de tal ONG e comprove o financiamento feito ao AIR. Caso haja
“interferência indevida” da suposta ONG estrangeira em áreas indígenas
brasileiras, o AIR exige – e exigirá na Justiça – que a Funai cumpra
com suas obrigações constitucionais e faça cumprir a lei, punindo os
responsáveis, ao invés de jogar notinhas e fofocas à imprensa.

As crianças do Acampamento Indígena Revolucionário – após o ato de
Terrorismo de Estado que se resumiu a última operação policial, no dia
10 de julho de 2010, quando, às seis da manhã, pessoas foram presas
sem acusação e mantidas algemadas e em cárcere privado, gestantes e
crianças foram covardemente agredidas, barracas foram destruídas,
comidas, panelas e pertences (roupas, cobertores, documentos,
artesanato, dinheiro, remédios, a cópia de um documentário de
longa-metragem inédito) foram furtados pelo GDF a mando da Funai, do
Ministério da Justiça e do Gabinete da Presidência da República –
dormiam à noite, para se proteger do frio e da polícia, divididas na
casa de três apoiadoras e no apartamento que o responsável pelo setor
de documentação alugou, com recursos próprios, para servir como
escritório da AIR.

Mais uma vez, DESAFIAMOS a Funai a provar que há alguma criança, filha
de militante da AIR, instalada em alguma chácara de propriedade de ONG
norte-americana ou alugada pela mesma.

A Funai tenta jogar, mais uma vez, uma cortina de fumaça para encobrir
os seus crimes – como se o gás usado pelo BOPE tivesse alguma
utilidade nesse tiroteio verbal midiático e para-midiático quando a
verdade é exposta sob a claridade da luz. Sem como se defender, tirou
do ar a nota acusando o Acampamento Indígena Revolucionário de pedir
propina – mas, tarde demais, com inúmeros jornalistas reproduzindo as
calúnias e a difamação na mídia impressa.

Sábado, dia 17 de julho de 2010, o Jornal de Brasília, o “jornalista”
Eduardo Brito, subproduto do reacionarismo local, que NUNCA esteve no
Acampamento Indígena Revolucinário para apurar o que escreve e se
compraz em jogar “denúncias” e piadinhas, afirma – debaixo de uma
charge com um índio segurando cartaz pedindo dinheiro - que, estando
os indígenas do AIR cobrando do governo 560 mil reais para abandonar a
Esplanada, “não haverá desocupado na República que deixe de vir
acampar em pontos nobres da capital para aí fixar um preço pela
retirada”.

O senhor Brito age duas vezes criminosamente: primeiro, ao afirmar
aquilo que não tem correspondência alguma com a verdade (NENHUM membro
da AIR pediu 560 mil para governo ou instituição alguma), o
“jornalista” está dando falso testemunho e possivelmente – pois o Juiz
é quem irá decidir - cometendo o crime de calúnia e difamação.

Segundo, ao comparar alguns dos mais importantes Caciques, Pajés,
Servidores Indígenas e Lideranças do Brasil, que contam com o apoio
inconteste de alguns dos maiores líderes indígenas mundiais como Raoni
Metuktire, Marcos Terena e Vernon Foster Lakota (AIM, American Indian
Movement), com “desocupados”, o senhor Brito não está ofendendo
publicamente apenas esses nobres senhores, senhoras e anciãos que –
enfrentando as privações e a intimidação policial – lutam pela
garantia dos Direitos dos Povos Indígenas do Brasil, está desacatando
publicamente algumas das mais nobres referências do Movimento Indígena
Internacional – e, por conseguinte, os índios do Brasil e do Mundo
Inteiro.

Mais ainda, ao afirmar que os indígenas - “já que ninguém é de ferro”
- não dormem na Esplanada dos Ministérios, só permanecendo lá durante
o dia e indo para algum outro lugar se abrigar à noite, Eduardo
Brito, o engraçadinho do Jornal de Brasília, além de escarnecer da
resistência desses senhores e senhoras indígenas que com bravura
enfrentam, além da intimidação policial, o frio de julho e os ventos
do Planalto Central, dormindo ao relento, dá FALSO TESTEMUNHO.

Bastava que o referido “profissional”, já que não gosta de ir ao local
dos fatos para apurar o que ocorre, ligasse para o Batalhão da PM – de
quem parece tanto gostar – para saber o que fazem os indígenas da AIR
à noite, já que as viaturas da Polícia Militar cercam o Acampamento
Indígena Revolucionário 24 horas por dia há mais de uma semana, para –
sob pretexto de “dar segurança
aos indígenas” - evitar que os manifestantes levantem suas barracas
novamente e monitorando as barreiras erguidas para evitar doações de
roupas e alimentos.

Durante o dia, os agentes do Choque Montado (Cavalaria da PM), rondam
intimidatóriamente o Acampamento Indígena Revolucionário (sempre de
três em três e deixando reforço descansando detrás dos Ministérios)
como forma de Terrorismo Psicológico patrocinado pelo GDF contra os
indígenas, deixando há mais de uma semana as calçadas da Esplanada
emporcalhadas com o cocô de seus
cavalos.

Eduardo Brito, que só é engraçadinho quando se trata de índios,
tratando as autoridades – por mais venais que sejam – respeitosamente,
viola – na página 2, do Caderno Eleições e Política, da edição de 17
de julho de 2010 – o Art. 58 do Capítulo II do Estatuto do Índio,
cometendo crime previsto com pena de detenção de um a três meses, ao
escarnecer da tradição cultural indígena, ao chamar os cocares,
bordunas e artesanatos de “badulaques”, demonstrando o quão criminosa
e irresponsável é essa articulação governamental e para-governamental
que quer destruir o Acampamento Indígena Revolucionário.

Brito já havia cometido Crime previsto no Capítulo II do Estatuto do
Índio recentemente ao zombar da tradição da “Tocaia” (reclusão das
meninas durante o período da menarca) e cometido possivelmente calúnia
e difamação ao dar a entender, em suas notinhas, que o AIR se
utilizava de menores para permanecer na Esplanada dos Ministérios.

O Acampamento Indígena Revolucionário lembra que – passado mais de uma semana
da criminosa invasão militar – os pertences roubados pela
administração do Distrito Federal não foram devolvidos, apesar do
prazo judicial ter se esgotado semana passada; que chuveiros e
banheiros químicos foram retirados, que há uma barreira policial
impedindo entrada de doações; que gestantes e crianças foram agredidas
pelo BOPE, com spray de pimenta e pancadas; que, ao menos, um indígena
foi torturado nas dependências da 5ª Delegacia de Polícia do Distrito
Federal com ciência – e possível anuência - da Funai.

Hoje a Ouvidoria da Funai está servindo como Assessoria de Polícia. Ao
invés de ouvir os indígenas, funcionários do órgão estiveram na 5ª
Delegacia de Polícia Federal para assessorar os policiais a
criminalizar os manifestantes presos da AIR. Paulo Pankararu, Ouvidor,
e Ildert, subalterno, estiveram na delegacia para afirmar que
“borduna” - arma e adorno tradiconal - é “porrete” diante do escrivã e
do delegado, caracterizando, assim,“arma branca”. Ambos os servidores
públicos entraram nas dependências onde um cidadão da etnia Tupinambá
– que, tendo seus documentos levados pela polícia, não podendo,
portanto, provar sua condição de indígena – que era torturado.

Ao invés de tentar salvá-lo, Ildert e Paulo Pankararu negaram-lhe a
condição de indígena. Mais tarde, estavam no IMLpara garantir que o
exame de corpo fosse uma farsa onde os hematomas não fossem
registrados. Depois, voaram para a Ouvidoria de Segurança Pública do
DF para neutralizar qualquer denúncia vinda do AIR – pois um mesmo
fato não pode ser denunciado duas vezes.

O delegado da 5ª DP, que atuou no caso até cerca de 8 da manhã,
recusando atendimento médico ao responsável pelo setor de documentação
do AIR e se negando igualmente a se identificar, do alto do seu saber
etnológico, assessorado pela própria Funai, que não há indígenas no
Acampamento Indígena Revolucionário, sendo todos picaretas.

Na manhã de 10 de julho de 2010, policiais e servidores da Funai
violaram o parecer 30 da Procuradoria Federal Especializada (AGU/PFE
da Funai), assinado pelo ex-procurador do órgão, Wellington Mesquita,
determinando que – após o caso dos dois irmãos Wassu Cocar que tiveram
a sua condição de indígena negada e foram torturados por uma equipe da
Polícia Federal que contava com dr. Marcelo Mozart da Rocha Galli,
presente na operação do sábado, 10 de julho – ninguém pode declarar
que um cidadão é ou não é indígena sem o devido laudo antropológico.

Nessa semana, mais exatamente no dia 13 de julho, três dias após a
articulação policial formada pelo BOPE, Polícia Civil, ROTAM, Força
Nacional, Batalhão de Choque da PM, Cavalaria da PM, comandada pela
Polícia Federal – na pessoa do dr. Galli - e contando com mais de mil
agentes e com atiradores de elite no alto dos prédios da Esplanada dos
Ministérios, invadir o Acampamento Indígena Revolucionário durante a
madrugada, em ação de Terrorismo de Estado, SEM MANDADO
JUDICIAL,destruindo as barracas e cometendo inúmeros Crimes Contra a
Humanidade – entre eles, a agressão covarde e gratuita de gestantes e
crianças -, o CRIMINOSO Márcio Meira, ao notar que o Acampamento
Indígena Revolucionário não é feito de madeira e lona, mas sim de
pessoas de fibra tomadas pela mais Justa e Sagrada Indignação, foi ao
SINDSEP-DF, Sindicato dos Servidores Públicos Federais, dirigido por
petistas, para pedir que a entidade pare da apoiar o Acampamento
Indígena Revolucionário .

Com a justificativa de “esclarecer alguns pontos do decreto”, o
COVARDE Márcio Meira pediu aos dirigentes, entre eles Oton Neves,
secretário-geral, que parasse de fornecer o pão e o café pela manhã,
negando assim a alimentação das crianças e idosos indígenas que lá
ficaram, já fragilizadas pelo cerco policial que impede a entrada de
doações de roupas e alimentos.

Com a extinção do apoio do SINDSEP, onde estão sindicalizados os
servidores da Funai, o Acampamento Revolucionário Indígena perde ainda
o seu advogado, além da única chance de entrar com uma ação na
Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra o decreto e demais
Crimes Perpetrados Pelo Estado Brasileiro contra os Povos Indígenas do
Brasil e, em particular, os Crimes Perpetrados Pelo Estado Brasileiro
Contra o AIR.

A partir de hoje, segunda-feira, os indígenas acordarão sem pão e sem
café, sem representação legal do sindicato e sem carro de som para
possível manifestação. O blog da Funai, criado às pressas para
combater o blog da AIR, sem sucesso, ao cobrir a reunião, afirma que a
única unidade da Funai “realmente extinta” foi a Administração
Regional de Goiânia, MENTINDO DESCARADA E CRIMINOSAMENTE com dinheiro
público - mostrando o quanto é venal a atual gestão do órgão.

Não apenas os indígenas do Acampamento Indígena Revolucionário foram
abandonados na Esplanada pelo SINDSEP: indigenistas exemplares, como
Wagner Traam – que, como os outros cinco servidores da Coordenação de
Meio Ambiente, técnicos especializados em licenciamento ambiental
altamente preparados, foi afastado no início da gestão Márcio Meira,
assediado e perseguido, sendo todos substituídos por cargos
comissionados indicados pela Casa Civil, com nomes sugeridos pelas
ONGs que aparelharam a Funai e o Gabinete da Presidência da República.

Por conta de suas denúncias contra o PAC I e o PAC II, Wagner Tramm
foi abandonado à própria sorte pelo SINDSEP (CUT) e pelo CONDSEP
(CUT), tendo os seus três processos apreendidos pela Funai e a
assistência jurídica retirada.

A máquina governamental e para-governamental que criminaliza indígenas
e impulsiona as obras do PAC dentro da Funai é tão poderosa e venal
que um importante licenciamento ambiental, como o de Belo Monte, foi
assinado pelo próprio Márcio Meira – sem ouvir qualquer um dos
técnicos competentes.

Há uma articulação em Brasília para impedir que os indígenas do AIR se
alimentem, se protejam do frio, façam suas necessidades fisiológicas e
se defendam: o responsável pela informação do Acampamento Indígena
Revolucionário tem a sua entrada e a sua atuação profissional
constantemente dificultada na Sala da Cidadania, onde acesso à
internet é gratuito – tendo o seu trabalho muitas vezes inviabilizado
(a atuação pessoal dos servidores públicos é explicita).

Na sexta-feira, dia 16 de julho, por volta das 16:50, um servidor da
Biblioteca Nacional de Brasília – onde, no Espaço Clic, a internet é
igualmente gratuita - mostrou ao militante, dizendo se tratar de
assunto delicado, cartas anônimas que acusam o mesmo de possuir “um
odor insuportável que impede aos usuários do espaço Clic de se
concentrar, obrigando as pessoas a deixar o local” - sendo que o
referido representante da AIR, apesar do cerco policial que retirou os
chuveiros, tem conseguido tomar banho, fazer sua higiene pessoal e
trocar de roupa diariamente.

Sábado, dia 17 de junho, às 15:45 horas, uma servidora da mesma
Biblioteca tentou interpelar novamente o militante de forma pessoal –
quando ele pediu para sair e atender um telefonema -, mas o mesmo
pedido feito de outra freqüentadora neutralizou o a tentativa de
constrangimento.

A articulação criminosa em Brasília contra a AIR, com proporção talvez
só vista na Alemanha Nazista contra os judeus, não se limita apenas a
membros do Acampamento Indígena Revolucionário. Profissionais
liberais, apoiadores e simpatizantes do Movimento Indígena
Revolucionário, tem sido boicotados; servidores públicos federais,
apoiadores do Movimento Indígena Revolucionário, estão sendo
perseguidos – alguns com os salários congelados.

Um apartamento já foi alugado para servir de escritório para AIR em
local não revelado, porém, faltam mesas, cadeiras, computadores,
estantes, pastas, grampeadores, papel, etc. Contamos com a
solidariedade dos amigos, simpatizantes e apoiadores para que o espaço
se transforme em um escritório de fato – e possamos nos defender com
maior agilidade e presteza.

Precisamos de câmera digital também, para autodefesa das famílias
indígenas instaladas na Esplanada dos Ministérios, já que uma foi
danificada pelo BOPE e a outra entrará em breve para a revisão.

O cerco contra o Acampamento Indígena Revolucionário é intenso, a
articulação – midiática, policial, para-policial, institucional e
para-institucional - é maior do que se poderia imaginar, porém,
homens e mulheres do AIR resistem e só sairão de Brasília com a
revogação do Decreto Presidencial etnocida 7056/09 e com a exoneração
do Traficante de Direitos Indígenas Márcio Meira e de toda a sua
quadrilha de criminosos.

Aproveitamos para manifestar o nosso apreço pela excelente cobertura
que o Correio Braziliense nos tem dado nos últimos meses, com
profissionais abnegados, competentes, e total isenção na abordagem.

Aproveitamos para agradecer a todos os apoiadores que, apesar do cerco
policial, para-policial, institucional, para-institucional e
midiático, nos tem trazido doações, calor humano, carinho e
solidariedade.


ATENCIOSAMENTE,
Assessoria de Imprensa e Lideranças do Acampamento Indígena
Revolucionário (AIR), no dia 17 de julho de 2010, uma semana após ao
Dia da Infâmia, que será lembrado como o Dia Internacional da
Resistência Indígena Contra o Terrorismo de Estado.
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Posicionamento do Tribunal Popular sobre o Acampamento Revolucionário Indígena

Posicionamento do Tribunal Popular sobre o Acampamento Revolucionário Indígena
http://www.tribunalpopular.org/

Estivemos em distintas datas em visita ao Acampamento Revolucionário Indígena e constatamos o que se segue: existe total legitimidade das lideranças presentes no ARI para a defesa da pauta apresentada, a qual reproduzimos abaixo. Não foram encontradas vinculações político-partidárias, sendo totalmente improcedente a afirmação que o ARI tivesse qualquer ligação com DEM, PSDB ou qualquer outro partido de situação e/ou oposição. Além das legitimas reivindicações indígenas, trazemos uma matéria que descreve como SEM ORDEM JUDICIAL o Estado Genocida Brasileiro usou de toda sua costumeira covardia contra mulheres, crianças, idosos indígenas e não indígenas. Para finalizar a nossa posição ratificamos e reiteramos o doloroso depoimento do líder indígena Marcos Terena.

O Tribunal Popular:o Estado Brasileiro no Banco dos Réus reitera sua irrestrita solidariedade ao Acampamento Revolucionário Indígena que segue existindo apesar da barbárie EXTRA JUDICIAL que nesta madrugada de sábado destruiu/apreendeu todas as barracas e pertences das pessoas acampadas, além de torturar física e psicológicamente e efetuar 4 prisões políticas de 2 indígenas e dois aliados.
AS 11 REIVINDICAÇÕES DO ACAMPAMENTO REVOLUCIONÁRIO INDÍGENA (AIR)

1 – Revogação do Decreto 7056/09. e exoneração imediata do Presidente da Funai, Márcio Meira, e de toda a sua cúpula. A revogação deste Decreto se dá em função da ausência de ampla publicidade que deveria antecedê-lo e ofensa a inúmeros interesses indígenas identificados após sua edição contrariando a imposição constitucional exposta nos artigos 231 e 232 e na Resolução 169 da OIT – Organização Internacional do Trabalho, da qual o Brasil é signatário – e que determinam ser atribuição do Governo a proteção de tais interesses.

2 – Exoneração imediata do Presidente da Funai e do CNPI, Márcio Meira, e de toda a sua cúpula. A exoneração do senhor Márcio Meira – e de seus assessores diretos –
da Fundação Nacional do Índio (Funai) se dá em função às repetidas violações à Constituição Brasileira, às convenções internacionais das quais o Brasil é signatário e aos Direitos Humanos, documentadas exaustivamente pela AIR e à disposição dos interessados, não havendo condições para que o senhor Meira e sua equipe trabalhem com Povos Indígenas ou em qualquer órgão onde sejam manejados Direitos Humanos.

3 – Autonomia indígena na gestão do patrimônio, direitos e interesses, criando o CNDI – Conselho Nacional de Direitos Indígenas, objeto da Sug, n 02/2010 de iniciativa da CDH do Senado Federal e CDH da Câmara dos Deputados – escolhendo um dos indígenas indicados por este Conselho para presidir a FUNAI e demais órgãos de gestão dos direitos relacionados à saúde, educação, sustentabilidade, cultura e meio ambiente;

4 – Realizar concurso público respeitando o bilingüismo, a diferenciação cultural e étnica para regularizar a situação funcional dos Agentes de Saúde e Professores Indígenas.

5 – Criar mecanismos de centralização, unificação e controle da verba federal destinada ao segmento social indígena de modo a interferir no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano);

6 - Reconhecer aos indígenas a condição de consultores ambientais e defensores de direitos sociais, culturais e religiosos para efeito de gestão sustentável dos parques e áreas de proteção ambiental e prioridade na participação nos projetos destinados a esta finalidade;

7 – Implementação das Resoluções das Conferências de Saúde, Educação, Meio Ambiente e Direitos Humanos relacionadas ao segmento social indígena;

8 – As políticas públicas indígenas respeitarão aos princípios jurídicos relacionados à diferenciação cultural, bilingüismo, indisponibilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade dos direitos indígenas;

9 - Respeito às Terras Indígenas – Tis - impedindo a interferência dos organismos de Estado, em especial às forças policiais e militares;

10 – Criação do Fundo Social Indígena sob a administração da CNDI (Conselho Nacional de Direitos Indígenas);

11 – Regularização da mineração em Terras Indígenas sob o controle e domínio dos Povos Originários Brasileiros.



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Indígenas acampados na Esplanada dos Ministérios são retirados à força por policiais

Ana Elisa Santana
Naira Trindade

Publicação: 10/07/2010 09:14 Atualização: 10/07/2010 10:44

Aos gritos de "acorda, bando de vagabundo", os cerca de 100 índios que estavam acampados na Esplanada dos Ministérios há mais de seis meses foram retirados à força na manhã deste sábado (10/7).

A operação de retirada começou por volta das 5h, com a participação de cerca de mil policiais militares e soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope). De acordo com os índios, eles chegaram ao local jogando spray de pimenta em qualquer pessoa que contrariasse a ordem de sair do gramado, e não pouparam nem mesmo crianças. Todas as barracas foram destruídas.

Os policiais não apresentaram aos índios uma ordem de despejo. De acordo com a assessoria do Minsitério da Justiça, o pedido de retirada teria saído do Governo do Distrito Federal (GDF).

Quatro pessoas precisaram ser hospitalizadas. Duas crianças, uma de 2 e outra de 6 anos, foram levadas ao Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Uma jovem de 18 anos teve uma crise nervosa e foi encaminhada ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAM), junto a uma mulher de 27 anos, grávida de cinco meses, com dores na barriga. Há suspeita de que a gestante tenha perdido o bebê.

Outros quatro foram presos, entre eles dois índios, um homem que seria assessor dos indígenas, e um estrangeiro, que foi encaminhado à Polícia Federal.

Por volta das 9h10, os indígenas faziam uma "dança do luto" em frente ao Congresso Nacional.

Reivindicação

O acampamento, que começou em janeiro, é uma manifestação para pedir revogação do Decreto Presidencial 7.056/09, que extingue 40 administrações regionais e 337 polos indígenas, além de substituir antigos servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai). Ao todo, 15 administrações serão fechadas ou reestruturadas em diversos estados do país. Os índios pedem ainda a destituição do cargo do presidente da Funai, Márcio Meira.


Data:
Sat, 10 Jul 2010 12:30:14 -0300
De:
"M. Marcos Terena"
Para:
Literatura Indígena , Povos da Floresta , Coracao Indígena , Culturas Populares
Assunto:
Literatura Indígena Tropa de Elite Expulsa Indigenas no DF
Remetente:


Amanhecemos com a notícia de que os poucos indígenas que estavam acampados na Esplanada dos Ministérios foram violentamente retirados do local pela Tropa de Elite da PM-DF.

Prá que serve uma Tropa de Elite?

Prá que serve uma Secretaria do Governo dos Direitos Humanos?

Nós Indígenas e aqueles que lutam pelos direitos humanos devem acordar para o cerco policial com justificativas legais, sobre o movimento indigena e seus direitos individual ou coletivo.

Noutros tempos a ABI (Barbosa Lima Sobrinho), CNBB (Dom Luciano) e OAB (Sepúlveda Pertence) já estariam em ação e se manifestando contra esse tipo de violação que usa como se fosse algo normal, pimenta, gás, balas de borracha contra homens, mulheres e crianças. FUNAI? Onde estava a FUNAI nessas horas?

POVOS INDÍGENAS:"Caminhamos em direção ao futuro nos rastros de nossos antepassados".

É hora de rompermos esse amedrontador silêncio e m nome da democracia. Nós Povos Indígenas nunca fizemos parte disso a não ser como vítimas, mas agora nesse ano eleitoral VAMOS PRATICAR ESSA MENSAGEM NASCIDA NA DEFESA DAS NOSSAS TERRAS E DO MEIO AMBIENTE DURANTE A RIO 92, COM CORAGEM,CONSCIÊNCIA E NOSSO VOTO.

M. MARCOS TERENA
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