quinta-feira, 29 de julho de 2010

Carta de Carlos Pankararu


Carta de Carlos Pankararu - RG:409.765-9.SSP/PE.
Presidente da PFDS CNPJ:08.935.212/0001-72....... .......




Em resposta aos ataques verbais e até pessoais, como é o caso das forças policiais, contra o acampamento revolucionário, o qual eu ainda, sou líder, juntamente com outros companheiros fieis as nações indígenas do Brasil. Assim como: Arão Providência Guajajara, Korubo, Lúcia mundurucu, Cacique Zé dias Guajajara, Edinara Guajajara, Cipete Guarani, Cacica Antônia e outros guerreiros colaboradores não índios, mais que espiritualmente, são mais índios que muitos índios, que não tem responsabilidade e respeito pelo o seu próprio povo. Esses colaboradores são grandes guerreiros em defesa dos direitos humanos e guardiões da nossa mãe natureza. Por isto desde já, meus agradecimentos para Lola, Kenavu, Murilo, Dr.Ulisses, Dep. Haulli, Amauri,Dep. Mauro Nazif e tantos outros.
Sobre as agressões covardes e mesquinhas. Deixo claro, que nada destas ofensas me abala. Por que tenho a minha consciência limpa. DEUS e todos aqueles que conviveram e convivem comigo nesta luta, e até mesmo a FUNAI, Ministério da Justiça e Presidência da República, sabem muito bem QUE eu e a Lúcia, não temos os rabos presos com eles. Procurem se existe alguma irregularidade, em nome de Carlos e Lúcia. Agora vocês que nos difamam, se identifiquem, por que tenho certeza, que vocês não passam de vampiros, que sugam o sangue dos índios, através dos órgãos públicos.
A nossa luta é por JUSTIÇA. Pois este acampamento, que as forças policiais a mando do Ministro da Justiça, por intermédio das cobras jararacas Glaucia e da Ana Patrícia, e do cobaia do LULAm Marcio Meira, é uma realidade do abandono, maus tratos aos índios brasileiros.
Quem quiser saber e ter certeza, do que significa esta luta permanente, vá visitar as tribos indígenas do BRASIL, principalmente os guarani, kayohá e os próprios kaingang no sul do país, e os nossos irmãos guajajara, e os pankararu em pernanbuco. Principalmente aqueles, que vivem isolados nas serras e caatinga, que não sabem sequer, que existe uma FUNAI e organizações indígenas, que tem obrigação, de lhe dar assistência. POIS ganham muito dinheiro, para esta finalidade, e muito pouca ou nada tem feito. A FUNAI, não tem cumprido em tempos anteriores, como deveria. Mais tem feito muito, avista dos dias de hoje. E as outras organizações indígenas, que formam a CNPI, e que querem acabar com a FUNAI, o que tem feito? NADA.
E nesta gestão do Marcio Meira, piorou 100% a situação dos índios.
Porque ele presenteou a FUNAI para as organizações diversas. Fico indignado, quando a FUNAI na pessoa do meu parente Paulo Pankararu e pessoas do Ministério da justiça e outros, falam, que no acampamento, não tem liderança. DEIXO CLARO para eles, que o Decreto não feriu a dignidade de caciques, pajés ou lideranças, mais de todos os índios do Brasil. Analisem a constituição Brasileira e também, a convenção 169, elas falam, que as populações indígenas tem que ser consultadas, naquilo que se refere a elas. ESTAS CONSTITUIÇÕES não falam que consultem apenas as lideranças, e nos achamos corretas. POR QUE o que tem de lideranças picaretas, não está no gibi.
SE VOCÊS tivessem respeito pelas lideranças indígenas, a CNPI seria composta por caciques, e não por organizações, como, APOIME,COIABI,CIMI,CTI,ISA e outras. SEM contar com representantes brancos ligados ao Governo Federal. O próprio presidente da CNPI é um branco, pelo nome Márcio Meira. Que é também presidente da FUNAI.
SEM contar que todos vocês estão decidindo os nossos presente e futuros, sem nos consultar. Esses brancos e essas ONGS, não são caciques e nem lideranças. Então porque estão preocupados, em dizer que nós do acampamento, não somos lideranças.
VOCÊS cambadas de corruptos, podem decidir por todas as lideranças do Brasil. E nós indígenas não podemos decidir por nós mesmos? Vocês não estão mal informados. Vocês estão mal intencionados. Porque vocês sabem, que neste movimento, tem muitos caciques, pajés e lideranças. Este acampamento aqui na Esplanada,em frente o ministério da justiça, nada mais é do que uma base de um movimento indígena revolucionário a nível de Brasil. Deixo claro para o governo LULA, Ministro da Justiça e presidente da FUNAI, que vocês podem ser mais do que nós no dinheiro, mais na coragem e dignidade, vocês não chegam nem perto de nós. Este acampamento, com barracas durou 06 meses, e só com lençóis, para amenizar o frio da noite, já estamos caminhando para 1 mês. Nunca houve manifestação ao governo desta forma, em frente ao Congresso Nacional, desde 1500 até agora. ESPERO QUE as populações indígenas tenham como lição esta luta, e não deixem que seus direitos individuais e coletivos sejam violados. Como tem sido desde 1500 até hoje.
Vocês governos anti- índios tenham respeito, pelo Acampamento Indígena Revolucionário. Este movimento existe, pelos os bens gerais de todas as populações indígenas.
Nas últimas semanas, têm acontecido coisas que tem me deixado chateado, e que eu e a Lúcia até pensamos em desistir desta luta. Não é medo da FUNAI, Ministério da Justiça, e não é medo de organização nenhuma. Porque tudo, que vier destas organizações, pra mim não é surpresa. ELES FORAM criados para, nós defender mais a ambição modificaram os seus deveres e compromissos. O que está me deixando totalmente desanimado nesta luta é as traições de alguns parentes. Analisem os acordos que fizeram com a FUNAI, após irem para hotéis. Analisem a situação do JOCÉLIO XUCURU, o qual esteve em minha casa por vários dias em Pankararu. NESTA mesma época, ele fez a sua primeira viagem a Brasília, por que eu paguei a sua passagem. E hoje, esta pessoa, falou mal de mim, para o Paulo Malta da Presidência da REPÚBLICA, Ministério da JUSTIÇA e para a FUNAI. Apenas porque, eu não aceitei acabar com o acampamento indígena, conforme acordo deles. EM IREM PARA OS HOTEIS. Não fui e não vou, e não aceito propina.
Para o parente que chamou eu e Lúcia de filha da puta e que nós morávamos em uma invasão no contagem. Quero lhe pedir uma visita. VENHA conhecer onde eu moro. Não desmerecendo de quem mora em invasão. Pois cada um mora onde quiser. A riqueza de um homem, não estar em uma casa, e sim na sua honestidade. Afirmo nesta carta, que quando publicaram, A CARTA ABERTA DO ACAMPAMENTO REVOLUCIONÁRIO, eu não estava em BRASILIA. Porém se eu estivesse ela seria mais forte, porque tudo que esta escrita é verdade. TAMBÉM QUERO FALAR, para o advogado BIRA, que por eu não estar aqui, eu não falei sobre o nome dele. E que também eu não expulsei ele e nem ninguém do acampamento. Como também não pedi pra ficar. Ao contrario tenho grande respeito por você e pela comadre AZELENE. Você juntamente com os outros, podem até nos ter traído, mas nos verdadeiros lideres, que permanecemos no acampamento, não traímos ninguém. Ao contrário, temos cobrado justiça. Analise as primeiras denúncias que eu fiz. Na justiça e até falado em audiências públicas. DENUNCIAMOS as injustiças com os índios, por parte do presidente da FUNAI. E uma destas pessoas que foi difamada e injustiçada, por este carrasco da FUNAI, foi a Azelene, a qual eu e minha família temos muito respeito e consideração. Por isto a defendemos. E sobre este outro parente que falou, que eu e Lúcia só estamos causando confusões, eu gostaria, que ele citasse uma das confusões que nós criamos.
Porque no acampamento tínhamos Arcos e flechas, mas nunca mirei uma flecha pra ninguém,tinha facas e facões, porém nunca peguei um facão para ameaçar ninguém e lanças e bordunas e nunca quis ferir ninguém. E você será que tem feito como eu?
Não preciso brigar com armas brancas e de fogo, pois as minhas armas estão na bíblia e constituições federais.
O que tenho feito eu e juntamente com o líder ARÃO, é aconselhado os membros do acampamento e corrido atrás de soluções para os problemas gerais. BUSCANDO alimentação para manter o movimento eu e o Arão, com muito ou pouco, temos mantido este acampamento com alimentos. Com apoios de vários amigos não índios. Se outros índios estão falando, que tem mantido o acampamento, com ônibus e alimentações é mentira.
Por estas trairagens, eu e a Lúcia estivemos pensando. Será se vale a pena continuar? A gente ser apunhalado pelo governo dói. MAS ser apunhalado pelos os próprios parentes a dor é 100% maior. Mas em nome da verdade e por causas destas injustiças a luta prosseguirá com Carlos e Lúcia. QUE DEUS ABENÇOE TODOS OS ÍNDIOS DO BRASIL. ABRAÇO A TODOS.
FIM

6 comentários:

Anônimo disse...

Os indios isolados, não contactados, frente ao Palacio Itamaraty, a diplomacia os assignatarios dos Tratados do Brasil, eles são testemunha do Acampamento, que estão passando fome, sede, torturas psicologicas e pedimos a Cruz Vermelha, SOS socorro, que intervenham no Acampamento, assim também, humanitariamente que nos solidarizem à nossa luta indígena de todos os povos indígenas do Brasil,
obrigado Korubo (lider AIR)

29 de julho de 2010 às 10:36
Anônimo disse...

Gostaria de agradecer, de todo o meu coração, ao Carlos e a Lúcia Mundurucu. Para mim, vcs são dois mestres, que demonstram sempre muita dignidade e honra. Obrigada por terem me aceitado no AIR e por tudo o que vivemos juntos. Me lembro da Batalha do Congresso, da ocupação da Funai, de todos os abraços e lágrimas que compartilhamos. Dos cafés no acampamento, das conversas em volta da fogueira, dos sonhos que queremos e que vamos realizar. Saibam que vcs têm uma grande aliada nesta luta e nas lutas do porvir.
Força sempre,
Lola

29 de julho de 2010 às 19:08
Anônimo disse...

Aos Companheiros e parentes do AIR, sinto-me muito feliz de te-los como meus parenteses e representar tão bem as questões indigenas,aproveito esta oportunidade para manifestar o meu repudio como foi criadas as Coordenações Técnicas Locais de que só existem no papel, onde servidores são transferidos ex-oficio a revelia sem controle e não existe o lugar para apresentar,gastos com o dinheiro publico sem controle, como são o caso das portaria que foram editadas em 01/07/2010 e publicadas no diário oficial em 02.07.2010, assim sendo gostaria de conclamar o povo indigena p/verificar a existência dessas coordenações e denunciar ao TRE de cada estado ou municipio as barbaridade improbidades assinadas pelo ditador Marcio Meira e seus covardes e comparças, enquanto nosso povo passa inúmeras humilhações privações por conta da desordem instituida por este ditador ref Decreto 7.056, peço inclusive atenção especial do Dr. Arão da Providencia p/verificar a legalidade dos fatos . Por enquanto posso postar como anomino um abraço a todos irmãos indigenas e parentes

30 de julho de 2010 às 07:08
Anônimo disse...

E o que o AIR têm a dizer da atitude dos indígenas Edinaira Guajajara e outros que aceitaram voltar para suas aldeias com ajuda de custo de 100, 00 reais????? Será que isso não é traição? Esse mesmo pessoal que foi embora, é o mesmo que se diz não se vender por nada, mero engano, se venderam por R$ 100, 00. Mentira têm perna curta AIR!

Marcelo

30 de julho de 2010 às 09:56
Acampamento Indigena disse...

Olá Marcelo como você falou 100,00 é uma AJUDA DE CUSTO (já leu no dicionário o conceito de AJUDAR?) e ela não foi embora...foi apenas para um encontro de MULHERES INDÍGENAS na aldeia para buscar soluções que a FUNAI não é capaz de fazer...os debates desse encontro começaram no AIR e as mulheres foram disseminar suas idéias...Você é capaz de entender isso? Elas retornarão em breve..antes mesmo de você querer buscar mais uma suposta "MENTIRA" do AIR.

30 de julho de 2010 às 12:42
Anônimo disse...

E quanto o senhor ganha para difamar diuturnamente, Craveiros?

27 de maio de 2011 às 06:58

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