segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vídeo-Manifesto Contra a Privatização da Funai


Apesar da pressão dos Povos Indígenas Originários, acampados defronte ao Ministério da Justiça há nove meses,o Governo Federal não mudou em uma vírgula a sua política genocida (foto de Bruno Costa; primeiro de junho de 2010).


- Manifesto Contra a Privatização da Funai –

Em janeiro de 2010, há exatos nove meses atrás, o Movimento Indígena Revolucionário, nascido a partir dos protestos contra o decreto presidencial 7056/09 - que, na prática, privatiza a Funai, eximindo o Estado Nacional da proteção e da assistência direta aos Povos Originário, extinguindo Postos, Administrações Regionais e Direitos Adquiridos – e exigindo a exoneração do presidente do órgão, Márcio Meira, após um mandato de reintegração do prédio-sede da Funai, em Brasília, ocupado por 800 indígenas descontentes vindos de todas as partes do Brasil, se instalou na Esplanada dos Ministérios diante do Ministério da Justiça – desafiando altiva e bravamente o Governo Federal.

No mesmo período, a Administração Regional do Paraná era ocupada por manifestantes indígenas e a direção do órgão jogava criminosamente uma etnia contra outra; um parecer relatando os danos do Decreto 7056/09 aos Povos Indígenas Brasileiros era encaminhado à Procuradoria Geral da República pelo advogado Arão da Providência Guajajara ao mesmo tempo em que o Centro de Etnoconhecimento Socioambiental e Cultural Cauieré, organização fundada e dirigida por militantes da mesma etnia, realizava um vídeo-manifesto a partir de registros das reações ao decreto dos militantes da Ocupação do Antigo Museu do Índio, no Maracanã (RJ), organizado no Instituto Tamoio dos Povos Originários, assim como, o depoimento do próprio Arão da Providência.

Passado nove meses, o tempo de uma gestação humana, com o Acampamento Indígena Revolucionário pressionando o Estado Nacional defronte ao Ministério da Justiça, nenhuma das 15 Reivindicações do AIR foi atendida, nenhuma das denúncias apresentadas à Polícia Federal e à imprensa apurada e o senhor Márcio Meira parece firme no seu cargo de Presidente Isolado da Fundação Nacional do Índio, tendo apoio apenas de seus cúmplices, comparsas, representantes cooptados e da Máquina Etnocida do Governo Federal, que sufoca o apelo à sobrevivência física e cultural do Povo Kaiowá para satisfazer a interesses eleitorais no Mato Grosso do Sul e conscientemente condena à morte pelo menos seis (6) Povos Indígenas Isolados, cujos indícios nas regiões dos Rios Xingu e Madeira estão documentados pela própria Funai, para atender à agenda criminosa do PAC.

Abaixo, o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=W-NlW6fWTCU

http://centrodeetnoconhecimento.blogspot.com/2010/01/manifesto-contra-privatizacao-da-funai.html

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