segunda-feira, 9 de maio de 2011

Governo Brasileiro manipula as ONG's no Acampamento Terra Livre


AIR protesta na frente da Casa Civil contra o "traíra" Márcio Meira..........

Governo Brasileiro manipula as ONG’s no Acampamento Terra Livre................

Montado no seu circo por 4 dias (2 à 5 de maio), o Acampamento Terra Livre não conseguiu atingir os seus objetivos e o Presidente da FUNAI, Márcio Meira, segue praticando a sua política anti-indígena sem maiores problemas. Neste circo montado para enganar os indígenas, até o Documento Final do Acampamento Terra Livre já havia sido redigido dias antes, na chácara do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em Luziânia (GO), surpreendendo todos os indígenas de base com a palhaçada que se tornou o Acampamento. Possivelmente, o CIMI manipulou a cabeça dessas lideranças para não tirarem o presidente da FUNAI, Márcio Meira. O Vaticano há 511 anos influencia os indígenas para um movimento que mais parece uma paralisia total, não consegue nem sequer retirar um presidente que cometeu crimes administrativos e crimes de lesa-humanidade (assinar a Belo Monte e assassinar o Rio Xingu, por exemplo).
Os indígenas de base que estavam no ATL serviram apenas para fingir que há uma real movimentação, mas, no final, tudo já estava acertado com o governo: no último dia do ATL, 05 de maio, entraram apenas as lideranças indígenas cooptadas e de ONG’s na Casa Civil para “dialogar” com autoridades como o presidente da FUNAI, Márcio Meira; o secretário geral da Presidência da República, Gilberto de Carvalho; os ministros das Minas e Energia, Saúde e Meio Ambiente; além de um representante do Ministério da Justiça; e o secretário Antonio Alves, responsável pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI).
O circo montado pelo Acampamento Terra Livre, felizmente, não enganou a todos. Narubiá Karajá, no último dia do ATL, questionou: “Porque alguns parentes são tratados com benevolência e outros não? Eu tenho que ser tratada com respeito. Esse ATL está desorganizado. Poucas pessoas foram articular no Congresso Nacional. Isso não é democracia. Isso aqui é um circo!” - protestou.


Narubiá Karajá protesta contra o "circo" Acampamento Terra Livre

Para “dialogar” com as autoridades foi designada uma “Comissão de lideranças”. Porém, essa Comissão de lideranças não representava todos os indígenas do ATL e apenas os indígenas das ONG’s puderam entrar na Casa Civil. Por que na “Comissão de lideranças” não havia um índio sequer do Acampamento Indígena Revolucionário? Por que o ancião Celestino Xavante foi barrado na porta da Casa Civil? Por que os índios independentes de ONG’s foram barrados também? Que articulação e manipulação foram essas?


O ancião Celestino Xavante é barrado na porta da Casa Civil e espera no chão para entrar

Ao final da reunião entre autoridades do Governo Brasileiro e da “Comissão de lideranças”, o secretário geral da Presidência da República, Gilberto de Carvalho, entregou o jogo e disse que Márcio Meira não sai da FUNAI por ser de inteira confiança da Dilma Roussef . E que de nada adiantou o Acampamento Terra Livre, já que a Hidrelétrica Belo Monte segue sendo o carro-chefe da Presidenta Dilma (ela se recusou a atender a “Comissão de Lideranças”, mas fez questão de receber em sua casa o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão , no intuito de apressar a construção da Usina).

A Falácia do Documento Final do Acampamento Terra Livre

No Documento Final do Acampamento Terra Livre, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) reivindica que o Decreto 7.056/09 seja revogado e que o atual Presidente da FUNAI seja substituído: “Com a reestruturação da FUNAI, a violação dos direitos se agravou. Os processos ficaram paralisados e as terras desprotegidas, sem a presença dos chefes de posto. (...) e que seja substituído o atual presidente como tem reivindicado as regiões afetadas por este processo.” No mesmo documento, a APIB defende a aprovação do Conselho Nacional de Política Indigenista em substituição da atual Comissão Nacional de Política Indigenista.
Nós, do Acampamento Indígena Revolucionário (AIR), lutamos por nove meses (de janeiro a setembro de 2010), acampados na frente do Ministério da (in) Justiça para a revogação do Decreto 7.056/09. Nenhuma ONG quis juntar-se a nós ou ajudar de alguma maneira na luta pela revogação desse Decreto. Sem a união de todos os Movimentos Indígenas do Brasil, dificilmente o Decreto 7.056/09 será revogado. Portanto, ao ignorar o que acontecia na Esplanada dos Ministérios no ano passado, as ONG’s deram carta branca ao atual Presidente da FUNAI de fazer o que quiser (como manter o maldito Decreto).
A aprovação do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) faz com que o atual presidente deste Conselho, o Presidente da FUNAI, Márcio Meira, tenha mais respaldo para seguir a sua política anti-indigenista. Por isso, o AIR luta pela aprovação do Conselho Nacional de Direitos Indígenas (CNDI), contrário ao CNPI, que apenas serve para fortalecer a política genocida do Governo Brasileiro.
Nós, do Acampamento Indígena Revolucionário, lutamos para a criação do Conselho Nacional de Direitos Indígenas (CNDI) por ter sido criado, formulado e com a exclusiva participação de índios, sem a interferência de não-indígenas. O CNDI, 100% índio, é de extrema importância para o Movimento Indígena Brasileiro, nesta luta de 511 anos, onde sabemos o papel que geralmente é designado para os indígenas.

4 comentários:

Anônimo disse...

A serviço dos interesses imobiliários, auxiliado pelo seu braço armado,
Sérgio Cabral (Estado do Rio de Janeiro), o governo Eduardo Paes (Rio de Janeiro) saca de métodos impensáveis em períodos ditos democráticos para acuar e desmontar a Defensoria Pública. Ou seja, aqueles que recebem dos cofres públicos para advogar pelos mais pobres estão sendo perseguidos e punidos por cumprirem seu papel institucional.

O que aconteceu no dia 29 de abril de 2011 permite dimensionar a extensão e a gravidade da questão. Naquela data, a sala onde eram feitos os atendimentos do Núcleo de Terras e Habitação foi trancada e vigiada por seguranças, que impediram o acesso dos defensores públicos e de seus estagiários ao local de trabalho. Até a guarda municipal foi chamada para retirar, à força, aqueles que ousaram questionar a arbitrariedade. Dias depois, todos os estagiários do Núcleo da Terra foram sumariamente demitidos, por telegrama.

Acuados, os defensores públicos que atuavam no Rio de Janeiro foram forçados a pedir transferência para municípios do interior. O Rio se prepara para os jogos olímpicos, deixando um rastro de destruição e desrespeito aos direitos humanos mais fundamentais. O grande crime desses profissionais tem sido atuar em favor das vítimas dessas remoções. O governo municipal Eduardo Paes, agindo dessa forma, está negando às populações empobrecidas o mais rudimentar dos direitos, que é o de buscar na justiça a defesa dos seus interesses .

Alguma semelhança com o que aconteceu no AIR?

11 de maio de 2011 às 06:41
Anônimo disse...

LIDERANÇAS INDÍGENAS AMEAÇADAS DE MORTE EM ALTAMIRA (primeiros efeitos da "licencenciamento parcial" da UHE Belo Monte, além do andensamento populacional e o elevamento da tensão e apreensão na Volta Grande):

JOSÉ CARLOS FERREIRA ARARA – TI. Terrã Wãgã ( Volta Grande do Xingu) – Na semana de 17/04/2011, José Carlos, líder dos índios Arara da Volta Grande do Xingu, foi ameaçado de morte, tendo como possíveis ameaçadores invasores da área indígena – que está sendo demarcada. Uma semana depois, na manhã do dia 25/04/2011, cerca de 200 agricultores que habitam no interior da Terra Indígena, ocuparam a sede da FUNAI em Altamira. Em 28 de abril de 2011, a Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos do Pará encaminhou ofício ao Programa de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos estadual, solicitando proteção policial.

SAPINHO PARAKANÃ – TI Apyterewa (Rio Xingu) – Na semana de 05/05/2011, Sapinho Parakanã foi procurado por um pistoleiro, na Casa do Índio, onde fica hospedado quando está em Altamira. O vigia da casa informou que naquele momento ele não estava no local. Sapinho é um jovem de 30 anos de idade que desde cedo aprendeu a defender seu território, invadido por fazendeiros e madeireiros desde os anos 1980.

11 de maio de 2011 às 16:29
Anônimo disse...

Casa de líder indígena é atacada com Coquetel Molotov

Dois conqueteis Molotov foram jogados na casa do cacique Raimundo Mura, 41, na noite desta quinta-feira (19), no conjunto Cidadão 12, rua Coletora A, Norte de Manaus, por volta das 20hs. Ele, assim como mais outros dez caciques das etnias Mura, Kokama, Miranha, Tucano, Munduruku e Baré, fazem parte da União dos Povos Indígenas de Manaus (Upim), organização que luta pelos direitos dos índios da capital e interior. De acordo com testemunhas três véiculos, uma S-10, um Siena preto e uma Hilux prata estavam rondando a rua desde a tarde. Os carros foram vistos próximos à casa do Cacique Jair Miranha, coordenador da Upim, que mora em rua paralela. "Eles foram também na casa do Jair (Miranha), mas devem ter se intimidado com a quantidade de índios que estavam lá no momento. Daí vieram aqui e jogaram esses objetos na casa do Raimundo (Mura), que não tinha ninguém na frente", explica Paulo Baniwa, integrante da Upim.

No momento do ataque estavam na casa o Cacique, sua esposa, Zilda Moura, da etnia Mura, 35, e os cinco filhos. "Eu só ouvi minha filha gritando que tava pegando fogo na casa. Saímos correndo para tentar apagar. Ainda bem que só pegou na parte de fora", explica Zilda. O caso foi registrado na 15ª Companhia Interativa Comunitária (15ª Cicom), no bairro Nova Cidade e até as 11h da manhã desta sexta-feira (20) ainda aguardava pela perícia para coletar os objetos do atentado. "Nós ligamos ontem à noite para a perícia, mas disseram que não tinha expediente naquela hora e que deveríamos ligar somente de manhã", conta Raimundo Mura.

Para Paulo Baniwa o ataque não é "inesperado". Ele disse que agora irão manter pelo menos dez 'guerreiros' na casa de cada um dos líderes para evitar outros atentados como o de ontem à. "Nós estamos brigando com muita gente pelos nossos direitos. Não quero dar nomes agora, mas garanto que depois da conversa de ontem com o vice-governador, teve muita gente irritada", comenta. A 'briga' a qual ele se refere é pelo Direito à Moradia para pelo menos 500 indígenas e moram em áreas de risco ou de favores em casas de parentes em Manaus. Na tarde de ontem, a Upim conseguiu uma conversa com o vice-governador, José Melo, que se prontificou a fornecer passagens aéreas para que os indígenas pudessem ir à Brasilía na terça-feira (24) tratar com o Ministro das Cidades, Mário Negromonte, e negociar uma solução para moradia. Estarão reunidos, com outras demandas, indígenas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará.

23 de maio de 2011 às 17:39
Anônimo disse...

TERRORISMO EM MIRANDA (MS): Ônibus Escolar Indígena Atacado com Pedras e Coquetéis Molotov próximo à Aldeia Babaçu (TI Cachoeirinha):

Na noite de sexta-feira (3), por volta das 23h00, um ônibus da frota do Transporte Escolar de Miranda, que faz o trajeto entre a área urbana e a Aldeia Cachoeirinha, foi vítima de Ação Terrorista. Milicianos a serviço da agroindústria atiraram um Coquetel Molotov na para-brisa dianteiro do lado direito do motorista. O atentado aconteceu na primeira entrada que leva à Aldeia Babaçu (parte do complexo TI Cachoeirinha). Com o impacto o para-brisa quebrou e a gasolina se espalhou pela parte dianteira do ônibus. Ao mesmo tempo diversas pedras foram atiradas nas janelas do lado direito, quebrando diversos vidros, inclusive os da porta.

O motorista, Laércio Xavier Correia, assim como outros cinco indígenas que estavam nos bancos da frente foram atingidas pela gasolina em chamas, todas sofrendo queimaduras graves. Foram atingidas pelas chamas as seguintes pessoas: Nayara Francisco Vitor (18), Rosana de Oliveira Martins (29), Lurdivane Pires (28), E. F. L. (16) e E. S. (15). Os feridos foram socorridos e encaminhados para o Hospital Municipal de Miranda, transportadas por ambulâncias da Prefeitura. Diante da gravidade dos ferimentos, quatro deles foram encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande. São eles: Laércio Xavier Correia, E. F. L., Rosana de Oliveira Martins e Lurdivane Pires, sendo que o estado dos três últimos é considerado grave. O incidente só não tomou maiores proporções porque os estudantes indígenas abriram a saída de emergência localizada na janela dos fundos e pularam para fora do ônibus.


A secretária Municipal de Educação, professora Mara Batista Almeida manteve plantão no hospital e o prefeito Neder Vedovato determinou empenho em atender todas as vítimas. A região é palco de conflitos violentos entre indígenas e latifundiários, por conta das Retomadas nascidas da omissão do Governo Federal em demarcar e homologar o território constatado como Terra Indígena nos laudos dos órgãos competentes e na memória dos anciões. Não é raro, no Município, cabeças de gado pastando sobre cemitérios Terena. No dia 19 de abril, conhecido fazendeiro comemorou efeméride anunciando nos bares estar com dezenas de pistoleiros para desalojar comunidade indígena.

Na manhã de sábado (4) o coordenador municipal da Funai, Evair Borges, acompanhado pelo Cacique Adilson (Aldeia Cachoeirinha) e pelo líder indígena Ramãozinho, estiveram na garagem da empresa, onde mantiveram contatos com o proprietário, senhor Gerson Lopes, assim como com a secretária de Educação. O fato foi comunicado à Funai e à Polícia Federal - a quem competem, como de costume, assessorar o Terrorismo de Cunho Político e Racista com a neutralização e o cancelamento das investigações. Lideranças da TI Cachoeirinha afirmaram realizar investigação própria e todos os indícios apontam para o mesmo conhecido mandante.

4 de junho de 2011 às 18:02

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