segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Acampamento Indígena Revolucionário (AIR): a Guerra dos Tamoios Contemporânea, Parte IV - A Resistência


A "Batalha do Congresso", no dia 19 de maio de 2010, foi o divisor de águas para o AIR...............
Por Marília Lima


Podemos caracterizar a luta dos indígenas acampados com um forte componente de espontaneidade, demonstrando essa ligação histórica entre a Confederação dos Tamoios e a luta do AIR, pois é através dos rituais indígenas que se realizava o enfrentamento. Um exemplo memorável da espontaneidade da luta indígena foi o confronto ocorrido dentro da Câmara dos Deputados, no dia 19 de maio de 2010. Os indígenas acampados foram avisados que iria ser votada a aprovação do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), conselho este presidido pelo Presidente da FUNAI, Márcio Meira, alvo da indignação dos acampados - pois uma das principais reivindicações dos indígenas era a saída imediata do Presidente da FUNAI. Ao serem informados da votação do CNPI, cerca de duzentos e cinqüenta indígenas entraram na Câmara dos Deputados e realizaram um impressionante toré. Ao tentarem entrar no Salão Verde da Câmara dos Deputados, local onde seria a votação do CNPI, foram barrados pela Polícia Legislativa que ali se encontrava. Houve empurra-empurra e a polícia começou a desferir golpes de cassetete e choques elétricos indiscriminadamente. Os indígenas revidaram como puderam. Por conta desse embate, houve muita repercussão na mídia e, a partir desse confronto, a manifestação dos indígenas se tornaria conhecida no país inteiro. Para os acampados, esse dia ficou conhecido como “A Batalha do Congresso”.
Ademais da sua repercussão na imprensa, “A Batalha do Congresso” levou os indígenas a serem imediatamente atendidos pelo Presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Marco Maia. Uma comissão de lideranças indígenas exigiu que o CNPI não fosse aprovado. Houve várias discussões com os deputados ali presentes e, por fim, o objetivo de não aprovar o CNPI, naquele dia, foi alcançado. Fato esse que fez com que os manifestantes se unissem ainda mais e aumentasse a moral coletiva dos indígenas.
Outra questão fundamental a ser estudada é o da multiplicidade das lideranças indígenas. Afinal, quem era o líder máximo do AIR? Obtemos nessa simples pergunta uma associação com a Confederação dos Tamoios, já que houve vários líderes da Confederação e nenhum disponha de privilégios. O mesmo acontecia no AIR, onde havia várias lideranças de diversas etnias e todos tinham poder de voz e de ação. Talvez fosse um raro exemplo de “democracia direta”, que existe há milênios nas sociedades indígenas. As decisões de ações conjuntas, por exemplo, muitas vezes eram decididas à noite e em volta das fogueiras, com a possibilidade de participação de todos que ali se encontravam presentes. Inclusive a nomeação do Dr. Arão da Providência foi uma escolha dos próprios indígenas.
Tudo caminhava para o atendimento das reivindicações do Acampamento Indígena Revolucionário, pois, a cada dia, os acampados contavam com mais apoio e cada vez mais a luta dos indígenas era noticiada pelo Brasil inteiro. Porém, a FUNAI não estava disposta a atender nenhuma reivindicação e jogou como fez na primeira ocupação da FUNAI, em janeiro de 2010: negociando com cada etnia em separado e oferecendo “recompensas” em dinheiro. Quase um mês depois da “Batalha do Congresso”, que, apesar de ter deixado vários manifestantes feridos foi uma “luta” vencida pelo AIR, a FUNAI, em conluio com o Ministério da Justiça e, inclusive, com um representante da Presidência da República, ofereceram acordos individuais para algumas lideranças do AIR. Assim, o Acampamento Indígena Revolucionário foi dividido, porém, até então, estava unido em uma luta em comum. Havia um convívio relativamente bem entre as diversas etnias (mesmo não havendo uma unicidade, havia uma busca por alianças para o fortalecimento das suas reivindicações em comum – como ocorreu na histórica Confederação dos Tamoios). Assim, armaram outra armadilha para uma parte das lideranças indígenas e fizeram o que o Ministério da Justiça, a FUNAI e, por fim, a Presidência da República almejavam. Parte dos acampados, então, aceitou um acordo com o Ministério da Justiça e foi dormir em hotéis de Brasília. Carlos Pankararu (líder e fundador do Acampamento Indígena Revolucionário) declarou em carta aberta no blog do AIR, no mesmo dia da traição, 12 de junho de 2010, que o acordo seria uma cilada, pois não é da alçada do Ministro da Justiça revogar um decreto presidencial.
Nessa mesma manhã de sábado o próprio representante da FUNAI foi o principal articulador e corruptor para dividir o Acampamento Indígena Revolucionário e fazer com que parte dos indígenas aceitasse essa armadilha, saísse do acampamento e fosse para hotéis em Brasília. Junto com o Diretor de Proteção ao Desenvolvimento Sustentável da FUNAI, estava o representante da Presidência da República, além de assessores do Ministério da Justiça.
Mesmo com a saída de parte do AIR para hotéis, o acampamento continuou resistindo. Por ser um local público e espaço ideal para a manifestação, a FUNAI não podia retirar à força os indígenas da Esplanada dos Ministérios. Os manifestantes indígenas, ao escolherem acampar na frente dos prédios ministeriais de Brasília, tornaram-se um “problema” para a FUNAI, pois o órgão, ao invés de atender as reivindicações dos acampados, procurava uma maneira jurídica de expulsá-los do local. Assim, houve várias tentativas de retirar os indígenas, culminando naquela que seria a mais violenta: a mega-operação policial de 10 de julho de 2010. Como não há lei que proíba cidadãos protestarem em espaço público, uma liminar obtida pelo Governo do Distrito Federal, na sexta Vara Federal da Seção judiciária do Distrito Federal, com a conivência tanto do Ministério da Justiça como da FUNAI, afirmava que os indígenas estavam utilizando o local como moradia, já que o acampamento estava completando seis meses de vida. Portanto, na manhã do dia 10 de julho, foram retirados os pertences de cerca de cinqüenta indígenas, em uma grande operação policial, que, fechou o Eixo Monumental, e terminou com a prisão arbitrária de quatro pessoas, sendo dois indígenas.
Porém, com a retirada forçada dos seus pertences e das barracas, essenciais para a proteção contra o frio (as madrugadas de Brasília em julho chegam a ser gélidas) os indígenas decidiram continuar acampando, mesmo ao relento. Para resistir ao frio de Brasília, foram disponibilizados sacos de dormir para os indígenas e a resistência continuou por ainda um mês. Os indígenas eram vigiados por duas viaturas da polícia militar durante vinte e quatro horas, em uma clara tentativa de intimidação.
Depois de retiradas as barracas de lonas e, inclusive, os banheiros químicos, a situação higiênica do acampamento ficou precária. O acampamento se tornou alvo de escárnio de humorista e matérias de jornal, por conta da dificuldade que era realizar suas necessidades fisiológicas. A intimidação policial era para que, em hipótese alguma, os indígenas retornassem a colocar barracas de lona.
Uma semana depois da mega-operação policial foi noticiado que os indígenas cobraram R$ 563.000,00 (quinhentos e sessenta e três mil reais) da Presidência da República, do Ministério da Justiça e da própria FUNAI, por “gastos com protestos”, indicando uma clara traição ao movimento indígena e afirmando que as assinaturas dos indígenas eram de “líderes”. Ainda na matéria citada, havia uma justificativa para a mega-operação policial de 10 de julho contra os indígenas, já que as tentativas de “saída espontânea” dos acampados haviam fracassado. Como Aparelho Ideológico de Estado, a mídia fazia o seu papel de encobrir, mentir e mascarar a realidade, já que desviava a atenção do quão absurdo era a retirada violenta de barracas de lona e de pertences dos indígenas e, além do mais, ignorava que os indígenas tinham o direito de protestar e se manifestar contra o Decreto 7.056/09. Que saída espontânea poderia haver, se nenhuma reivindicação havia sido atendida durante seis meses de luta e indignação?
Noticiado no próprio blog do Acampamento Indígena Revolucionário havia, sim, uma tentativa de corromper as lideranças do AIR. Em uma carta escrita e assinada pela assessoria de imprensa do acampamento, o AIR acusava como corruptores: um representante direto da Presidência da República, o Diretor de Proteção ao Desenvolvimento Sustentável da FUNAI, e membros do Ministério da Justiça. Estavam, então, envolvidos nas negociações com os indígenas os órgãos vitais para a defesa dos direitos indígenas. Assim, a própria Presidência da República, junto ao Ministério da Justiça e da FUNAI eram os principais “inimigos” dos direitos dos indígenas. Depois de um mês de resistência, sem ter tido nenhuma reivindicação atendida e com o Congresso Nacional em recesso parlamentar, os últimos indígenas se retiraram da Esplanada dos Ministérios.

31 comentários:

Anônimo disse...

o senhor Paulo Maldos Com Mãos Sujas de Sangue ligou para as lideranças durante a semana em que foi oferecido o suborno para que os indígenas abandonassem a Esplanada, jogando um contra o outro, família contra família, comunidade contra comunidade, etnia contra entia; conseguindo a discórdia, ligava para o hotel para indispor os indígenas de lá com os da esplanada. Mais ou menos o que faz hoje o senhor craveiros - "indio" - virtualmente.

Paulo Maldos, Guapindia, Ana Patrícia, o chefe de segurança do MJ estavam no dia seguinte à dissidência de mangas arregaçadas servindo bandecos a indígenas famintos e irritados no estacionamento do hotel às 17:58 provando que nem mesmo a promessa de "alimentação digna, com hora marcada" poderiam cumprir.

Mas foi bonito ver a "alta ralé" suando de mangas arregaçadas em dia de gala para o PT, servindo aos índios (estariam, não fosse o "problema indígena", todos no Centro de Convenções, entre os seus pares, naquele horário).

O valor publicado pela imprensa foi esse, seria o valor da propina que supostamente pagariam aos 8 dissidentes, pois o Acampamento inteiro não se retirou no sábado (porém, um dos conspiradores mencionou valor acima de 1 milhão, caso todos indígenas se retirassem). O perdão a alguns índios do Hotel - permitindo voltar à Esplanada mas sem direito a veto e a voz - fez com que um desses se sentisse seguro para dar entrevista, então a imprensa burguesa se aproveitou para atacar famílias indígenas novamente.

Posteriormente, ao que se parece, Guapindaia levou uma sova de dissidente por não ter cumprido NENHUM acordo.

Quem pediu a retirada foi a AGU, o número de indígenas com pertences apreendidos foi maior - mas a ação para reavê-los neutralizada. A mídia todo o tempo atuou como aparelho ideológico do Estado, omitindo tudo o que era relevante.

As famílias indígenas do AIR, os seus guerreiros, lutaram a boa luta até o fim, acreditando, não apenas por suas famílias e comunidades, mas por TODAS as etnias do Brasil.

27 de setembro de 2011 às 00:08
Anônimo disse...

Correção: as madrugadas de brasília em julho não "costumam ser gélidas", SÂO GÉLIDAS, principalmente para quem está sem calçados, casaco ou cobertor, tendo no máximo um papelão catado dos lixos dos ministérios para cobrir a grama úmida. Os resistentes indígenas do AIR SÃO HERÓIS!

O COMANDO É DO KORUBO, o COMANDO É DO POVO!

27 de setembro de 2011 às 00:11
Anônimo disse...

Estimados Leitores,


Não me chamo "Craveiros" como estão afirmando em postagens anteriores. Sou apenas um indígena que discordo totalmente dos planos, amarrações, conluios e sabotagens orquestradas por esse tal de AIR/MIR.

O Decreto 7.056 foi o melhor decreto já feito pelo governo federal pois após a edição do mesmo muita coisa melhorou. Em nossa aldeia observamos uma grande melhora na eficiência da fundação nacional do índio.

Lamento muito que os parentes envolvidos no AIR/MIR não tenham entendido até hoje o decreto. Creio piamente que o AIR/MIR já deu o que tinha que dar pois estão brigando entre si, fazendo intrigas e fofocas o que resulta naturalmente em incontestável desarticulação do AIR/MIR.

E para finalizar, um movimento social que pretende ter um presidente da funai como o Arão é o fim da picada. Arão é um baita enrolão (até rimou) e o Korubo nem brasileiro é. É apenas um mendigo peruano que sobrevive em Brasília de alguns favores de pessoas de bom coração que tem pena dele.

Assinado: Índio

27 de setembro de 2011 às 04:52
Anônimo disse...

Em primeiro lugar, Korubo é indígena. E se inventaram fronteiras, não foram os índios. Penso em Korubo como uma espécie de Che Guevara indígena. Che, por acaso, era cubano quando foi lutar na Sierra Maestra? Não, não era. O que nos une é um laço muito mais forte e fundamental, que, talvez, vc nunca tenha vivido. Korubo deveria ser presidente da FUNAI, por sua visão e prática política. Vc sabe que ele é um dos responsáveis pela demarcação do Santuário dos Pajés em Brasília? E isso não é pouco, já que uma terra sendo demarcada em contexto urbano é sempre mais complicada do que outras. Além de ser um guerreiro incontestável do AIR. E segue sendo.

27 de setembro de 2011 às 05:13
Anônimo disse...

Se fomos, SOMOS, se somos, Seremos. VIVA O AIR! VIVA KORUBO!

27 de setembro de 2011 às 05:32
Anônimo disse...

KORUBO É MAIS BRASILEIRO QUE VOCÊ, CRAVEIROS!

27 de setembro de 2011 às 05:33
Anônimo disse...

A IDEOLOGIA DO ESTADO SE REVELA, CRAVEIROS É UM AGENTE DO ESTADO (X-9), COM RACIOCÍNIO EXCLUDENTE, RACISTA, PROFUNDAMENTE HIPÓCRITA ("não me chamo craveiros, sou índio") E RETRÓGADO, como Paulo Maldos, se compraz em jogar um índio contra outro e promover a intriga e a desagregação. Um filho da puta profissional. Korubo - independente de onde tenha nascido - veio de comunidade indígena, lutou a boa luta e NUNCA ACEITOU DINHEIRO PARA IR AO HOTEL, enquanto o raciocínio tristemente burgues e binário de Craveiros, revela de onde veio. Homem triste do Plano Piloto, que se compraz com sofrimento de famílias indígenas e revela o seu asco para com índios, sem teto e "estrangeiros". Uma espécie de nazista, tal qual madame hess, com a diferença que se esquece que nasceu no Brasil.

Não é índio? Mostre a sua cara!

27 de setembro de 2011 às 05:53
Anônimo disse...

Aguia Branca diz...
44ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em exibição hoje, o longa-metragem As Hiper Mulheres, dirigido por Carlos Fausto - mostra um ritual indigena feminino do alto Xingu. Mostra competitiva. No cine Brasília às 20h30.

27 de setembro de 2011 às 07:11
Anônimo disse...

Aguia Branca comenta...
Ha dez anos atraz o lider corajoso conhecido como Korubo, fazia protesto sozinho na esplanada dos ministérios.
O Acampamento Revolucionario Indigena, em 2010 teve apoio de um outro lider, esse porem BRANCO, o Srº Murilo. Porque? O espirito sagrado entrava dentro de si. Cuidou do acampamento como se fosse e é um filho seu. Em 10 de maio de 2010 ainda existia um clima de paz e armonia entre varias etnias que ali não paravam de chegar, com o objetivo de ajuntarem o maior numero para unir forças a luta que havia iniciado. Murilo, competencia é para quem tem, e isso causa muita inveja. Você sabe escrever e articular muito bem, quem te contratar só tem a lucrar. Seu trabalho é lindo, e quem teve a oportunidade de ver sabe disso. Portanto amigo siga em frente, não d~e ouvidos a quem quer te detonar, eles jamais irão tirar o que te pertence. Fica na Paz!

27 de setembro de 2011 às 15:04
Anônimo disse...

Mais uma vez o AIR/MIR mostra sua fraqueza e sequer reflete sobre seus grandiosos fracassos,


01) O Decreto 7.056/2009 completará dois anos em apenas 03 meses e está se consolidando a cada dia que passa. Não adiantou o AIR/MIR espernear, gritar ou chorar o governo de esquerda do PT não deu bola para os ditos INVOLUCIONÁRIOS.

02) Os que até então detinham o comando desse movimento todos estão brigando entre si e fazendo fofocas uns contra os outros. Brigando por vaidades tolas e idiotas. Um dando o golpe contra o outro. Essas atitudes internas de vocês é característico de movimentos de esquerda mesmo. Sempre brigando pra quem leva a melhor.

03) O parlamento brasileiro e outras autoridades estão se lixando para o que vocês pensam. Enrolam vocês todo o tempo, e se dizem ou prometem fazer alguma coisa é apenas para arrefecer o ânimo abobado inerente ao movimento AIR/MIR.

Esse é o quadro a qual vocês estão inseridos. Melhor que façam o seguinte, cumprindo aquele velho ditado "Enfiem a viola no saco e peçam pra sair".

Assinado: Índio com orgulho!

29 de setembro de 2011 às 04:01
Acampamento Indigena disse...

Aviso aos navegantes: estamos contentes com a decisão da Justiça em paralisar as obras da BELO MONTE. Sabemos a pressão enorme do mercado e da sua representação - que é o Estado brasileiro - para construir uma obra que há décadas o movimento indígena luta contra. Queremos avisar também que o FACEBOOK do Acampamento foi desativado por conta de perseguições políticas. As últimas postagens do FACEBOOK foram de imagens (chocantes) dos nossos parentes do Peru, da chacina que ocorreu em Bagua, no ano de 2009. A história se parece muito com o que aconteceu no Brasil, com o Decreto 7.056/09 e com o que está acontecendo na Bolívia agora. Mando aqui os links “proibidos” do genocídio em Bagua, que fizeram com que o nosso FACEBOOK desaparecesse: http://www.youtube.com/watch?v=e3tFBhc9Xv8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=8hqLU_fQ4JU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=C2jaH9Gbo74&feature=related
A luta continua! Viva a verdadeira resistência indígena da América!

29 de setembro de 2011 às 06:13
Anônimo disse...

O Terrorismo de Estado e o Terrorismo Corporativo, com apoio de mamelucos instalados na Comissão de Direitos Humanos da OAB e apoiadores nazistas e mamelucos do Conselho Indigenista Missionário e do companheiro mameluco a serviço do Genocídio Étnico e do Holocausto Ambiental, Evo Moraes da Silva, perseguem AIR desde meados de maio de 2010, quando as ditas "salas de cidadania" dos Ministérios começaram a criar dificuldades para que indígenas e apoiadores tivessem acesso ao computador e a Biblioteca Nacional de Brasília, do Governo do Distrito Federal, começou a receber cartas anônimas pedindo que indígenas e apoiadores fossem barrados da mesma. O estilo das cartas lembra o de um comentador que se assina como "índio". O Facebook, que escolhe quais revoluções apoiar, não é o primeiro atentar terrorismo, quando foi publicada a postagem "A Quem Interessa Belo Monte", denunciando o jogo feito pelo assessor de assuntos indígenas do governo NANICO dilma roussef, um ataque cibernético inutilizou o computador que enviou a matéria.

29 de setembro de 2011 às 09:59
Anônimo disse...

O Massacre contra indígenas ordenado por Morales na última semana foi já anunciado em julho de 2010, quando a Embaixada da Bolívia se recusou a defender as famílias indígenas prestes a serem atacadas pelo temido Choque Montado (Cavalaria), com apoio de helicópteros e franco-atiradores, BOPE, Força Nacional, Polícias Civil e Militar, sob comando do delegado da polícia federal Marcelo Galli. Caso os cavalos entrassem no perímetro (ideia de um apoiador, testemunhada por dezenas, que o advogado quis roubar para si), uma bandeira do Brasil seria queimada e todos manifestantes pediriam asilo ao governo supostamente indígena da Bolíva mas Evo traiu a todos, indígenas bolivanos e brasileiros que acreditaram. Sendo traidor - a serviço do BNDES - dos indígenas do AIR e dos indígenas do próprio país, Evo Morales é hoje interlocutor confiável do advogado e banqueiro Arão, amigo de José Sarney e defensor da proposta do Senador Vicentinho Alves - que defedeu com unhas e dentes a rodovia da OAS-BNDES, assim como a transcontinental, atravessando Terras Indígenas do Peru, de interesse do seu partido e para escoamento da Zona Municipal de Exportação a ser criada paras mega-corporações - nike, nissan, coca-cola, etc - em Porto Nacional (TO), base do senador, ambas responsáveis ou co-responsáveis tanto pelo Massacre de Bágua como a recente repressão - de extinguir a Fundanção Nacional do Índio, tendo foto sua estampando no blog que apoia a nomeação do previdência a uma autarquia ou secretaria. Tanto os índios da Bolívia quanto do AIR, assim como TODOS QUE LUTAM CONTRA BELO MONTE, foram TRAÍDOS!

29 de setembro de 2011 às 10:18
Anônimo disse...

"Índio com orgulho", seus comentários ao longo do tempo revelam vaidade ferida, ausência de dignidade e orgulho nenhum.

29 de setembro de 2011 às 10:20
Anônimo disse...

Interessante que o Kretã Kaingang, um dos fundadores do AIR, só obteve treze (13) votos para deputado quando intentou caminho da institucionalização (neutralização) proposto por Arão Providência (nenhum índio foi eleito em 2010, indio não vota nem em índio, o descrédito quanto a democracia burguesa é total); pero, quando se trata de tomar o destino com as próprias mãos como guerreiro, ocupando coordenações e retendo servidores, como sempre se deu a luta indígena no Brasil, tem o apoio tanto de seu povo quanto dos Guarani. Para lutar de fato há sempre gente disposta.

O que me diz que Kretã nunca devia ter abandonado esplanada para tentar "resolver o irresolvível" no legislativo. Mário Juruna é fruto de um processo histórico, de um momento onde Leonel Brizola era "quase Deus" (e quem indicava era "Santo" também), os índios de todo o Brasil não chegam a 1 milhão e somente na passeata gay de SP havia 4 milhões de homossexuais e simpatizantes, Povos Indígenas não podem - nem deveriam - competir uma corrida eleitoral com cartas marcadas para perder sempre. Feliz ou infelizmente, a luta tem que ser feita com as próprias mãos. O corpo como barricada. Isso até o energumeno do Craveiros lá em cima concorda, ao escrever que "parlamento brasileiro e outras autoridades estão se lixando para o que vocês pensam". Advogados "com mais de 20 anos de militância" sabem perfeitamente disso. Principalmente, ao se articular com Sarney, Paim, Edson Santos, Vicentinho, Tiririca e outros personagens nefastos. Propor, como vem sido feito, o caminho da "institucionalização da luta" é barrar qualquer tentativa de resistência efetiva ao avanço do capital sobre Direitos, Territórios e Interesses Indígenas, sobre Rio Xingu e demais corpos sagrados da Amazônia. Os indígenas foram TRAÍDOS mais uma vez, lideranças probas e guerreiras, militância de base - indígenas de fato - e apoiadores precisam se re-articular, organizando resistencia ao genocídio, dessa vez sem "ajuda" de quem COVARDEMENTE os neutraliza.

29 de setembro de 2011 às 10:36
Anônimo disse...

Fico emocionado com comentário de Águia Branca, porém, nunca fui líder, estive lá para assessorar, apoiar, documentar. Nunca tentei falar pelos indígenas e sempre que foi escrito algo, voltei à Esplanada para ler em público e ver se todos concordavam com o texto (ao contrário do advogado Arão que SE RECUSOU A DEFENDER RIO XINGU no Instituto de Educação - RJ, mas não se furtou de - em nome dos Povos Indígenas, com cocar na cabeça, mas morando em um dos endereços mais nobres do Rio de Janeiro e indo velejar em balneários exclusivos enquanto seus parentes de sangue eram, com seu conhecimento e omissão, barbarizados por longos meses na penitenciária do ANIL (MA) e o idoso Celestino Xavante passava meses dormindo na porta da Funai para que fossem ouvidos seus protestos - de defender, junto com PR e PCdoB, a extinção da Funai [ver: http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=152340&id_secao=8] e violações ao Direito da Consulta, como a frente criada pelo deputado Ságuas Moraes, saudada como "grande iniciativa"), corrigindo sempre de acordo com vontade do Coletivo.

Um movimento que OMITE verdade incômodas ao Coletivo e decide sem consultá-lo só serve a interesses de mamelucos carreristas e inescrupulosos como Arão da Providência, Sassá Tupinambá e a neutralizadora a serviço do CIMI, Miriam Hess, todos, voluntária ou involuntariamente, defendendo interesses do PAC e do senhor José Sarney. De todo modo, um comentário desses emociona. Seja quem for, obrigado de coração.

Murilo Marques Filho

29 de setembro de 2011 às 10:53
Anônimo disse...

Evo pelegu do PAC!

29 de setembro de 2011 às 13:04
Anônimo disse...

E quando esse craveiros vai enfiar a sua viola no saco?

29 de setembro de 2011 às 13:05
Acampamento Indigena disse...

Nota de Repúdio à violência policial contra a Marcha Indígena em Defesa do TIPNIS
Por Fórum Social Pan-Amazônico 27/09/2011 às 09:05

O Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA), coletivo composto por mais de 50 organizações e movimentos sociais do Brasil, Peru, Estado Plurinacional de Equador, Estado Plurinacional de Bolívia, Colômbia, República Bolivariana da Venezuela, República Cooperativa da Guiana, Suriname e Guiana, repudia veementemente a violenta, covarde e brutal agressão que as forças policiais bolivianas cometeram contra os indígenas do Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS).

Há mais de 40 dias estes indígenas encontram-se marchando em defesa de seu território, ameaçado pelo governo boliviano e pela empreiteira brasileira OAS, que querem construir uma rodovia que passará por dentro daquele parque sem o consentimento das comunidades que o habitam. A intenção dos manifestantes é ir de Trinidad até La Paz, exigir que o presidente Evo Morales escute as populações que serão impactadas.

Não é de hoje que governos latino-americanos servem para implementar as agendas das grandes corporações, nacionais e internacionais, sem se preocupar com o que pensam ou sofrem os povos, em especial, os povos indígenas. Em nome de um desenvolvimento que já destruiu mais de um terço de todos os recursos naturais do planeta, destroem-se florestas, rios, vidas.

Reafirmamos que o direito dos povos originários de manterem suas culturas, suas identidades e seus territórios é sagrado. Povos indígenas e quilombolas devem ter suas terras demarcadas e juntamente com as comunidades tradicionais ter reconhecidos seus direitos à autonomia e ao autogoverno sem que isto signifique separatismo ou cisão do território nacional. Isto significa que nenhum projeto pode ser implantado sem o prévio consentimento das comunidades que vivem nestes territórios. Somos contra mega-projetos que alteram a geografia, destroem o meio-ambiente, desalojam populações, afogam culturas, gerando miséria e sofrimento. Somos contra o agronegócio e modelos que exploram a terra com o intuito de lucro. Defendemos o direito inalienável de todos os seres humanos de viverem em paz, com saúde, educação, moradia e todas as garantias para desenvolverem plenamente suas potencialidades.

O que aconteceu no dia 25 de setembro não pode ser de forma nenhuma aceito. Nada justifica a violência que irmãos e irmãs indígenas sofreram. Certamente todos os abusos e autoritarismos serão mundialmente denunciados.

Exigimos que todas as mulheres e homens presos sejam imediatamente libertados. Que nenhum deles seja processado por ter se defendido dos violentos ataques que sofreram. Que nenhum deles seja criminalizado por lutar pela justiça, pela igualdade, por uma forma de viver que não leve ao fim do planeta.

O FSPA está ao lado de todos aqueles que lutam por um TIPNIS livre da opressão e ganância do capital. Esta luta não pode e não deve ser interrompida.

VIVA O TIPNIS LIVRE! VIVA A PAN-AMAZÔNIA LIVRE!

Belém, 26 de setembro de 2011

COMITÊ DE ARTICULAÇÃO DO FSPA

30 de setembro de 2011 às 08:37
Acampamento Indigena disse...

Associação divulga invasão de três fazendas por índios na Paraíba

Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba denunciou a invasão.
Proprietário se diz impedido de colher produção de cana de
açúcar.



Do G1 PB



De acordo com uma nota enviada à imprensa pela Associação dos Plantadores de
Cana da Paraíba (Asplan), os donos das fazendas Sucupira, Piraqué e Miranda,
todas localizadas no município de Rio Tinto, no Litoral Norte a 52km da
capital, estão impedidos de entrar em suas propriedades e de colher a
produção de cana de açúcar por conta da invasão de índios desde o dia 25 de
agosto.

Segundo a Asplan, nem mesmo o mandato de reintegração de posse, expedido há
mais de 15 dias pelo juiz da comarca de Rio Tinto, Adeilson Nunes de Melo,
foi capaz de devolver a propriedade aos seus donos. A associação resolveu se
manifestar publicamente porque a invasão pode comprometer a produção de
cerca de 25 mil toneladas de cana que já deveriam estar sendo colhidas.

De acordo com o presidente da Asplan, Raimundo Nonato, “é preciso que as
autoridades tomem medidas urgentes para impedir que movimentos como esse se
disseminem no estado e assegurem respaldados, inclusive, no mandato de
reintegração de posse, que as propriedades invadidas voltem para seus donos
o mais rápido possível para evitar maiores prejuízos e conflitos”.

A nota da Asplan traz ainda a fala do proprietário da fazenda Sucupira,
Carlos Heim, segundo quem desde o dia 25 de agosto, data da invasão, que ele
está impedido de ter acesso às dependências de sua fazenda. “Cercaram a
fazenda com arame, não nos deixam entrar, impedem nossos trabalhadores de
exercerem suas funções e, consequentemente, não podemos colher nossa
produção num momento de plena safra canavieira”.

Os índios argumentam que as propriedades ocupam uma área que seria destinada
à reserva indígena, fato contestado por Heim, que garante não existir nenhum
decreto presidencial que balize essa argumentação.

O G1 tentou falar com representantes indígenas e também com a Fundação
Nacional do Índio (Funai) sobre o caso, mas nenhuma das ligações feitas foi
atendida até às 19h50, horário de fechamento desta notícias.
Fonte:
http://g1.globo.com/paraiba/noticia/2011/09/associacao-divulga-invasao-de-tres-fazendas-por-indios-na-paraiba.html

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Comunicação APOINME
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Gerais e Espírito Santo – APOINME
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1 de outubro de 2011 às 11:40
Anônimo disse...

Aguia Branca: Espote para o povo indigena!

De 8 a 15 de outubro, na Ilha de Porto Real, em Porto Nacional(TO), será a 11ª edição dos jogos dos povos indigenas. Estarão reunidos cerca de 1,3 mil indios de diversas etnias. Esportes: Arco e flexa, arremesso de lança, cabo de força, canoagem, corrida de tora, futebol e natação.
Haverá espaço para feira de artesanato, pinturas corporais, apresentações culturais, exposição fotográfica, mostra de vídeos, projeção de filmes e atividade de educação ambiental. O objetivo é fortalecer a identidade cultural e a promoção da cidadania indigena. Participe!

3 de outubro de 2011 às 11:14
Anônimo disse...

Aguia Branca cita CHE

Os poderosos podem matar uma, duas ou tres rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira. Retroceder sim, render-se jamais.
Avante guerreiros!

3 de outubro de 2011 às 13:01
Anônimo disse...

A rendição do AIR já está consolidada "Águia Branca". Só você não percebeu ainda.



ASSINADO: ÍNDIO

4 de outubro de 2011 às 08:49
Acampamento Indigena disse...

Impasse na demarcação de terras leva índios a manter cúpula da Funai refém em Viamão
Presidente e vice da fundação estão retidos, segundo Conselho Estadual de Povos Indígenas
Atualizada em 04/10/2011 às 00h39min
Índios da Reserva Estiva, em Viamão, na Região Metropolitana, mantêm desde o final da tarde desta segunda-feira 14 representantes da Fundação Nacional do índio (Funai) como reféns, entre eles o presidente nacional do órgão, Márcio Augusto Freitas de Meira.

A assessoria de imprensa do órgão confirma também a permanência no local do diretor de promoção ao etnodesenvolvimento e presidente substituto, Aloysio Guapindaia, e o cooordenador regional do Litoral Sul, João Ferrareze, além de assessores e servidores da Funai.

De acordo com o Conselho Estadual de Povos Indígenas, os servidores da fundação são mantidos reféns por causa de impasses na demarcação de terras indígenas no Rio Grande do Sul. A cúpula da Funai chegou ao local no final da tarde para o lançamento de um programa do governo federal para a construção de casas na reserva.

Por volta das 22h20min desta segunda, os índios exigiam a presença de um representante do Ministério Público Federal na aldeia, localizada às margens da RS-040, no km 39.

Conforme o cacique Eloir de Oliveira, o protesto é pacífico.

— O presidente está bem, inclusive jantou. Isso aqui é pacífico, sem violência.

Às 22h30min, o delegado da Polícia Federal chegou ao local acompanhado de dois policiais. Ele afirmou que a PF não irá interferir na negociação entre índios e a Funasa.

— Ficaremos aqui até o final da discussão. Viemos dar tranquilidade aos índios e aos servidores federais.

5 de outubro de 2011 às 16:35
Anônimo disse...

Até o Santuário dos Pajés parece que está indo por água abaixo. A polícia finalmente está agindo como deveria agir:Contendo vândalos e desocupados que moram num suposto "santuário". Força Polícia de Brasília!


ASSINADO: ÍNDIO

5 de outubro de 2011 às 20:37
Anônimo disse...

Índio, você nunca foi Índio, você com licença da palavra feia para os indios, você é um ASCO. Que nojo, tenha vergonha e vá ler alguma coisa que melhore o seu espírito, se é que isso é possivel. Homem mau, mau carater, maledicente, feio de alma, não tem luz, beligerante, você não é capaz de construir nada, se vê isso pela sua energia ruim de destruição.
Cuidado! Com a força das palavras que plantas colherás! O amor ao próximo agrega valores inestimáveis. Tú estás fazendo o contrário.

6 de outubro de 2011 às 12:22
Acampamento Indigena disse...

Censura: Militares impedem cinegrafistas
de fazer imagens no Complexo do Alemão



Por Patrick Granja / Jornal A Nova Democracia




RIO - No último domingo, dia 2 de outubro, o jornal A Nova Democracia divulgou imagens exclusivas que mostravam um morador do Complexo do Alemão sendo espancado por soldados do exército. No dia seguinte, as equipes do AND e da Agência de Notícias das Favelas foram ao local entrevistar o homem que sofreu as agressões. Desde novembro do ano passado, as tropas do exército ocupam as treze favelas do Complexo do Alemão. Segundo moradores, militares estariam levando a cabo um regime de exceção nas favelas ocupadas. No dia em que estivemos no local, uma clara evidência desse regime foi registrada por nossas câmeras. Quando faziamos uma filmagem na Estrada do Itararé, um grupo de militares sem identificação nos abordou e tentou nos proibir de filmar. Segundo o oficial a frente do grupo, a proibição foi uma ordem de seus comandantes. Segundo ele, filmagens e fotos estariam proibidas no Complexo do Alemão sem autorização prévia do exército.

Para nossa surpresa, quando conversávamos com o oficial, um soldado surgiu com uma câmera nos fimando. Ele chegou a tentar fotografar nossas credenciais. Na base do exérito no Complexo do Alemão, o Chefe do Estado Maior das tropas que ocupam o Complexo disse que os soldados que nos abordaram não entenderam a ordem do comando. Ele disse ainda que a imprensa pode filmar e circular livremente pelo Complexo. No entanto, segundo moradores, no dia seguinte, a equipe do SBT também teria sido proibida de filmar na localidade conhecida como Largo da Vivi, no Morro da Alvorada.

Link para o video: http://www.youtube.com/watch?v=iZ-nzMzS_A4

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7 de outubro de 2011 às 06:07
Acampamento Indigena disse...

Presidente da Funai fica retido por índios durante 8 horas

0 comentário(s)
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Augusto Freitas de Meira, e mais nove servidores do órgão ficaram retidos durante oito horas pelos guaranis da aldeia da Estiva, em Viamão (RS), entre a noite de segunda-feira e a madrugada de terça-feira.

A equipe foi à reserva entregar 30 casas aos 164 índios que vivem na área de sete hectares, a 45 quilômetros da sede do município da região metropolitana de Porto Alegre. Ao final da cerimônia, o grupo foi impedido de deixar o local, sob a alegação de que os índios queriam apresentar suas reivindicações ao governo federal.


O período em que os funcionários da Funai ficaram no galpão da comunidade indígena foi tratado mais como uma reunião de trabalho do que como um sequestro pelos dois lados. Durante a retenção, o cacique Eloir de Oliveira disse que era necessário aproveitar a oportunidade única da visita de Meira para conversar com o presidente da Funai sobre as necessidades dos guaranis. O líder da tribo admitiu que o visitante não estava liberado, mas, ao mesmo tempo, fez a ressalva de que ele também não estava preso. Ao sair, por volta das 2h30min, Meira definiu a conversa com os índios como uma "reunião tranquila", na qual não se sentiu pressionado, e adequada para dar as explicações que os guaranis mereciam receber do Estado brasileiro.


Enquanto estavam com os funcionários da Funai, os guaranis divulgaram uma carta à nação brasileira, publicada pelo site do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), na qual manifestaram "repúdio, indignação e inconformismo com o descaso do Estado brasileiro com os povos indígenas".


Pelo acordo firmado na madrugada de terça-feira, uma comissão com representantes de dez aldeias guaranis do Sul viajará a Brasília nos próximos dias para apresentar suas demandas à presidência da Funai e a um procurador da República

7 de outubro de 2011 às 06:10
Acampamento Indigena disse...

CARTA ABERTA À NAÇÃO BRASILEIRA
Nós, Lideranças Indígenas Guarani, reunidos na Aldeia Estiva, Município de Viamão, RS vimos por este ATO manifestar o nosso repúdio, indignação e inconformismo com o descaso do Estado Brasileiro para com os nossos Povos.
Habitamos este país desde os primórdios, e estamos presentes nos estados do RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG e MS, onde a absoluta ausência de políticas públicas tem sido a tônica dos governos que se sucedem.
A falta de respeito é notória, levando o Povo Guarani a uma situação de absoluta miséria, vivendo em acampamentos e ignorados pelo Estado Brasileiro, que permite situações como a do MS, onde há mais de trinta anos os governos estaduais se colocam contrários às demarcações de nossas terras.
É inadmissível que este país, que em poucos anos será a quinta potência mundial, trate seus povos nativos com tamanho descaso e abandono.
Somente no litoral sul e sudeste do Brasil são centenas de famílias sem terras demarcadas, sem teto para viver e sem a mínima assistência do estado.
Nossas crianças passam fome, e não têm perspectivas de futuro; nossas comunidades estão na mais plena invisibilidade, sem perspectivas de acesso ao mercado de trabalho e sem as mínimas condições de alcançar uma condição de vida minimamente digna.
Temos direito a uma política justa de demarcação de terras, habitação, saúde diferenciada, agricultura familiar, educação e todos os direitos conferidos pelo estado a todos os brasileiros.
Somos nós, Povos Indígenas, os mais brasileiros dos brasileiros, e reivindicamos assim todos os direitos conferidos aos que habitam este país.
Este não é um ato de violência. É um ato de repúdio com o qual pretendemos dar visibilidade à gravíssima condição social que vivemos no Brasil.

QUEREMOS JÁ A DEMARCAÇÃO DE TERRAS E TODOS OS DEMAIS DIREITOS QUE NOS CONFERE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL!

7 de outubro de 2011 às 06:13
Anônimo disse...

Aguia Branca, divulga: 3ª Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres, dias 21,22 e 23 de outubro de 2011, Museu Nacional - Brasília - DF.
Etapa III da conferência regional em Brasília-DF - Preparatória
Dia: 15 de outubro de 2011
Local:ICC Norte da UNB, Anfiteatro 11, campos universitário Darcy Ribeiro.
Horário: à partir das 08h

OBS: A participação das mulheres indigenas que vivem no DF é muito importante! Participem! Levem suas propostas.

11 de outubro de 2011 às 07:16
Anônimo disse...

O talzinho que se diz índio, deve ser petista pago para dizer asneira!

5 de novembro de 2011 às 22:00

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