Assista o video que mostra a política da Funai: que é jogar índios contra índios, como aconteceu em janeiro desse ano. Logo após esse confronto é que os parentes sentiram a necessidade de acampar na Esplanada contra o Decreto 7.056/09 e a saída de Márcio Meira da presidência da Funai.
Representantes indígenas de várias etnias brasileiras aguardam,acampados na Esplanada dos Ministérios, defronte ao Ministério da Justiça, uma posição do Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, sobre o pedido de audiência e sobre o pedido de revogação do decreto
presidencial 7.056, que “privatiza” a Funai, extinguindo Postos e
Administrações do órgão e retirando direitos adquiridos de indígenas e
servidores.
O decreto, que extingue os Postos Indígenas e fecha as Administrações Regionais do Brasil, foi redigido longe do conhecimento de qualquer liderança indígena. O decreto, criado de forma autoritária, é calculado com objetivos capitalistas e nocivos ao meio ambiente. Nós somos um grupo multiétnico, acampados na Esplanada dos Ministérios, defronte ao Ministério da Justiça, e apoiados e solidarizados por representantes indígenas do Paraguai, Equador, México, Panamá, Argentina, Uruguai, Peru e Suriname – e apoiados pelo representante do Estado Indígena da Bolívia – declaramos que nossas reivindicações são legítimas e estão em consonância com as legislações nativas e internacionais, como a Resolução 169 da OIT e Declaração Universal dos Povos Indígenas. Nós, indígenas acampados na Esplanada dos Ministérios, lutamos pela revogação do decreto 7.056/09 (Reestruturação da FUNAI), de 28 de dezembro de 2009, que afronta todos os princípios jurídicos consagrados pelas normas internacionais mencionadas. Nós, indígenas acampados na Esplanada dos Ministérios, viemos para Brasília para unificar as forças e temos a consciência que representamos a população indígena nacional. Aqui, no acampamento instalado defronte o Congresso Nacional e o Ministério da Justiça, nos tornamos uma etnia única para proteger os nossos direitos como seres humanos. Nós, indígenas instalados na Esplanada dos Ministérios, assim como,representantes indígenas da América Latina, repudiamos todo projeto de hidrelétrica que atingir Terras Indígenas e a invasão diuturna de nossas áreas. Reiteramos ainda todo apoio ao representante indicado para a presidência da FUNAI pelo acampamento.
Curso de Línguas e Culturas de Tronco Tupi
Hoje existem aproximadamente 240 povos indígenas distribuídos por todo o Brasil, a maioria na Região Norte, sendo cerca de 180 línguas indígenas brasileiras divididas em dois grandes troncos, Jê e Tupi, com ainda 19 famílias lingüísticas não pertencentes – sem contabilizar aqui os Grupos Isolados. A proposta do curso é ensinar de forma simples e objetiva o Ze’egete (“Guajajara” ou Proto-Tupi), cultura e a língua do tronco Tupi-Guarani, a diversidade cultural e a estrutura da língua Tupi.
A proposta do curso é conhecer onde o Tupi, língua indígena com maior número de falantes do país, está presente na língua portuguesa e em outras famílias lingüísticas espalhadas pela geografia do Brasil. As aulas ocorrem aos sábados, das 14 às 17 horas, no Instituto Tamoio dos Povos Originários (Antigo Museu do Índio, rua Mata Machado, 126 – em frente ao Portão 13 do Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro), ministradas por Urutau Guajajara (com Graduação em Educação e Mestrado em Lingüística – UERJ/MN), Tchahy Guajajara (liderança indígena) e Zahy Guajajara (estudante indígena). Maiores informações: guajajarama@hotmail.com ou 021-95047517 (Urutau).
Apoio: Centro de Etno-conhecimento Sócio-ambiental e Cultural Cauieré (CESAC), Instituto Tamoios dos Povos Originários, Projeto Índios em Movimento, Acampamento Indígena Revolucionário (AIR) e Movimento Indígena Revolucionário.
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