quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Apoio de ZICO, "O GALINHO DE QUINTINO", AO MOVIMENTO TAMOIO DOS POVOS ORIGINÁRIOS


Futebol Brasileiro sempre foi alimentado pela força telúrica dos Povos Indígenas; o apoio de Zico é a ratificação de que Cultura do Futebol e Culturas Indígenas convivem lúdica e harmoniosamente, hoje uma alimentando - e enriquecendo - a outra de forma criativa e potencializadora(foto Bruno Costa)

- Apoio de ZICO, "O GALINHO DE QUINTINO", AO MOVIMENTO TAMOIO DOS POVOS ORIGINÁRIOS
e à Ocupação Indígena do Antigo Museu do Índio (RJ), Patrimônio Indígena, como pólo de difusão cultural ameríndia, destinado à criação da Primeira Universidade Autenticamente Indígena, com gestão dos Povos Originários -

O projeto de destinação pedagógica e cultural indígena para o imóvel, localizado na rua Mata Machado, 126, no Maracanã, Rio de Janeiro (hoje cercado por um tapume metálico e forças de Estado a serviço empreiteiras Delta, Odebretch e Andrade Gutierrez, que, a serviço do PAC da COPA, promovem limpeza étnica no RJ, eliminando da paisagem urbana indígenas e população de rua, assim como os setores populares do Estádio do Mário Filho, conhecido como “Maracanã”), tem APOIO dos deputados Alessandro Molon e Marcelo Freixo, do vereador Reimont e de ARTHUR ANTUNES COIMBRA, o ZICO, Galinho de Quintino, considerado um dos maiores artilheiros de todos os tempos - ponderando, com suas palavras, que, estando defronte ao estádio onde o Gênio da Bola, MANÉ GUARRINCHA, de etnia Fulni-ô, deu as mais intensas Alegrias ao Povo Brasileiro e onde o Marechal Rondon fundou o Serviço de Proteção ao Índio (atual Funai), o espaço cultural administrado pelo Instituto Tamoio dos Povos Originários só pode ser considerado PATRIMÔNIO INDÍGENA e deve ser preservado como tal.

A declaração de um dos maiores ídolos do futebol brasileiro é uma ratificação de que a Cultura do Futebol e as Culturas dos Povos Originários Brasileiros podem, não somente conviver harmoniosamente em um mesmo perímetro, bem como, enriquecer-se mutuamente – e lembrando, sempre, que o Povo Brasileiro, Construtor, Financiador e Fiador do Estádio Mario Filho (“Maracanã”), não está sendo contemplado hoje pelas "obras de Reforma e Adequação do 'Maraca'" e que Povos Indígenas, população carioca, torcedores e nem mesmo jogadores foram consultados pelas reformas em curso.

Não somente ARTHUR ANTUNES COIMBRA, O ZICO, APOIA a Ocupação Indígena do Antigo Museu do Índio do RJ, mas um dos maiores intelectuais brasileiros, Mércio Gomes, fez uma bela defesa da permanência indígena no imóvel do Antigo Museu do Índio do RJ ("O reconhecimento do valor do 'Museu do Índio' para os Índios que vivem no Rio de Janeiro"), lembrando das longas conversas que lideranças indígenas brasileiras travaram ali com o Marechal Rondon nos anos 20 do século passado, palestras que devem estar na memória daqueles que hoje ocupam o prédio e o terreno, ouvidas pelas bocas de seus pais e avós, afirmando que os ditos "índios urbanos" - no redemoinho da cultura brasileira - se reinventaram como "gente urbana", porém, permanecendo incontestavelmente indígenas - e dando o seu apoio, como antropólogo e ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), à "reivindicação dos índios urbanos do Rio de Janeiro pelo lugar especial, tradicional e sagrado, do Museu do Índio, como seu espaço novo de vivência urbana transcendental".

No sábado, dia 20 de novembro, haverá, como ato de Resistência Indígena, uma aula de língua e cultura Tupi ministrada pelo acadêmico Urutau Guajajara (mestrando em antropologia linguística pela UFRJ/Museu Nacional), às 14 horas; em seguida, evento de Contação de Histórias, com narração de mitos e história das etnias Kaingang, Guajajara, Pataxó, Pankararu, Puri, Potiguara, Apurinã e Kayapó, entre outras, às 16 horas - além da inauguração do CINE INDÍGENA, com a apresentação às 18 horas do filme "Takwara", co-produzido pela Aldeia Kamayurá de Ipawu e Centro de Etnoconhecimento Socioambiental e Cultural Cauieré (CESAC) sem recursos públicos nem apoio de entidades privadas (ONG$) ou de embaixadas estrangeiras.

Considerado pelo professor Auakwamu Kamayurá, do Memorial dos Povos Indígenas, como "o melhor filme já produzido sobre o meu Povo", o filme revela a preparação e realização da festa da Takwara ("Festa da Alegria"), característica dessa cultura vitalista e solar, bem como, denuncia o "Cinturão da Morte" (“Omanomaé Kwahap”), formado majoritariamente pela soja e o gado e asfixiando criminosamente o Parque Indígena do Xingu (PIX).

Não será cobrado ingresso para exibição, mas sugere-se que tragam um quilo de alimento não-perecível para os ocupantes do Antigo Museu do Índio (RJ), Defensores de Direitos Étnicos-Culturais e Direitos Humanos, Guardiões do Patrimônio Indígena.

Os produtores do filme, apoiados pelo Movimento Indígena Revolucionário, e lembrando a situação de abandono das etnias do interior do Parque Indígena do Xingu, sugerem ainda, como opção, depósito voluntário de QUALQUER QUANTIA (agência 1385/Operação 013/conta poupança 49793-1/Caixa Econômica: Rosimar Paulina da Silva) para pagamento da Central de Rádio de Nova Floresta (MT), no valor de R$ 480,00, que vence terça-feira, dia 23/11, fundamental para EMERGÊNCIAS DE SAÚDE e comunicação com o dito "mundo exterior", sendo único meio de contato da Aldeia Kamayurá de Ipawu, no centro-sul do Parque Indígena do Xingu com a CASAI-Canarana e a FUNAI-Canarana, entre outras representações do Estado Brasileiro - e tendo a Fundação Nacional do Índio, FUNAI, que, na última semana, desembolsou 17 mil reais em diárias de hotel em Fortaleza (CE) para convidados especiais e durante o ano de 2010, que ainda não terminou, 17 milhões em Seminários Publicitários (que, além carregarem a ironia de serem denominados "seminários de consulta" para divulgar as benesses - bene$$es? - de um decreto draconiano publicado há quase um ano sem índio algum ser consultado, podem se configurar perfeitamente na categoria de Crimes Eleitorais), se NEGADO a pagar pelo serviço essencial, hoje custeado exclusivamente por indígenas, em mais uma flagrante violação à lei 6001, à Constituição Brasileira e aos Direitos Humanos pela atual gestão da Fundação Nacional do Índio.

Os realizadores lembram que nenhuma contribuição é obrigatória, estando a cargo da consciência do espectador.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que bloguezinho de merda! Faz tempo que não têm nenhuma notícia nova!


Abração!


Marcelo

5 de dezembro de 2010 às 09:54
Anônimo disse...

O Acampamento Indígena Revolucionário já era, não tem mais ninguem na Esplanada dos Ministérios! O Acampamento Indígena Revolucionário é um fracasso total!


Abração!


Marcelo

5 de dezembro de 2010 às 09:56

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