quinta-feira, 23 de junho de 2011

Palavras de Carlos Pankararu - Líder do Movimento Indígena Revolucionário


Carlos Pankararu, em foto tirada em maio desse ano no Acampamento Terra Livre (ATL)

Palavras de Carlos PanKararu - Líder do Movimento Indígena Revolucionário.

Caros irmãos indígenas de todo Brasil,

Desde o início deste decreto, todos nós que temos conhecimento da política indígena, sabiamos que este decreto nada mais é que uma porta aberta para o PAC dentro dos territórios indígenas, por isso que tem poder de fechar os postos indígenas nas aldeias e as administrações indígenas nos estados. Desta forma distânciando o governo das populações indígenas, terceirizando de uma certa forma a obrigação do gorverno federal com os índios e entregando o poder para as organizações não governamentais, dando-se o nome CNPI.
Não sou contra as organizações indígenas trabalharem e defenderem nossa população, mas, porém, a CNPI não é composta apenas por organizações indígenas. Será que o ISA, o CTI, CIMI, o IBAMA, o MPU, o Ministério da Justiça e outros ministérios, são organizações indígenas para decidir a vida dos índios? É mais que claro que essas organizões de branco não vão deixar de ser pelo governo para ser pelos índios, jamais irão deixar de construir os planos do governo que são várias hidrelétricas no pulmão do mundo(que é a região Amazônica), rodovias e minerações nas terras indígenas e até bases militares nas terras indígenas para que com as forças armadas dentro das aldeias o PAC seja desenvolvido na marra, assim como o decreto 7056 que tirou a estabilidade da FUNAI e como a Hidrelétrica Belo Monte, e muitos outros planos secretos do governo sem consultar os povos indígenas, o que representa um desrespeito aos nosso povos. Mas quero deixar claro para a sociedade, que em breve haverá revogação do Decreto 7.056/09. Após a revogação iremos discutir novamente a reestruturação da FUNAI, que será a favor dos índios e não a favor do governo. Eu acredito que a APOINME, ARPINSUL, COIAB, e todas as organizações indígenas, jamais querem mal para seus irmãos índios. Por isso, peço que reconheçam que o AIR tem razão em suas lutas, pois não tivemos apoio nenhum do governo, mas acampamos durante 9 meses em frente do congresso Nacional. Até hoje estamos acampados em Brasília, brigando pela saída do carrasco Marciomeira (atual presidente da FUNAI) e para a revogação deste decreto que desrespeitou todos os índios do Brasil. Lembrem-se do ATL: quem trouxeram as 700 lideranças foram vocês e todos que vocês trouxeram, pediram o mesmo que nós vinhamos pedindo há mais de um ano. Apenas quem não pediu a reestruração da FUNAI e a revogação do decreto foram algumas lideranças das próprias organizações. Quero parabenizar o diretor da ARPINSUL, Kretã Kaingang, e Rildo pois tiveram a coragem de gritar em plenária que seus objetivos são os mesmos de nós povos indígenas do Brasil que é a exoneração do atual traíra presidente da FUNAI e a revogação do decreto. Somos todos uma só irmandade independente de lideranças e organizações. Eu e meus irmãos do AIR afirmamos que está luta não vai parar enquanto não houver revogação do decreto e exoneração do carrasco do governo que ocupa a FUNAI. Se querem ajudar os índios do Brasil juntem-se a nós, para que a força torne-se mais forte e o tempo da vitória torne-se mais próximo.
Sem mais.
De: Carlos Pankararu
Para: Todos os índios do Brasil
Parabéns a todos os irmãos da CNPI por terem acordado enquanto é tempo de solucionarmos o problema.

15 comentários:

Anônimo disse...

No próximo dia 30 de junho, em Belém, Sheila Juruna, pertencente ao grande povo Juruna, uma das mais importantes representantes dos grupos que lutam contra a construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, estará sendo homenageada com a medalha de honra ao mérito pela Assembléia Legislativa do Pará.


A honra ao mérito é um reconhecimento à sua luta e perseverança contra um projeto que vai destruir 100 km de biodiversidade da área conhecida como Volta Grande do Rio Xingu; repassar para as empreiteiras e amigos do Governo mais de 30 bilhões de reais; expulsar de seus lares mais
de 40 mil pessoas; não vai produzir nenhum quilowatt de energia para
as populações da Amazônia, beneficiando tão somente grandes indústrias
e mineradoras, e aprofundando o modelo de exploração dos recursos
naturais que historicamente tem sido imposto à região.

Concomitante ao reconhecimento que Sheila Juruna estará recebendo, será
realizado um GRANDE ATO DE PROTESTO CONTRA A CONSTRUÇÃO DE BELO
MONTE. Então, todos alerta, XINGU VIVO VAI ÀS RUAS NOVAMENTE, contamos com apoio do AIR e de todos!


ATO CONTRA A CONSTRUÇÃO DE BELO MONTE, E EM HOMENAGEM A TODAS AS
DEFENSORAS E DEFENSORES DO XINGU E DA AMAZÔNIA

DATA: 30 de Junho de 2011

LOCAL: PRAÇA DO RELÓGIO (Centro Comercial de BELÉM/BRASIL)
INÍCIO DO ATO: 8:30h (em seguida marcharemos com Sheila Juruna até a ALEPA, Assembléia Legislativa do Pará)

24 de junho de 2011 às 10:06
Anônimo disse...

Carlos, embora temporariamente isolado pela súcia cínica de traíras, ladrões, aproveitadores, neutralizadores e mediocres de toda a sorte que agora se passam por lideranças e militantes do Acampamento Indígena Revolucionário, continua sendo hoje a mais importante voz originária na luta contra o decreto presidencial 7056/09 e o Terrorismo de Estado, a liderança do AIR autêntica, tendo enfrentado altivamente seis operações policiais contra as famílias indígenas do AIR enquanto seus detratores, alguns antigos divulgadores do CIMI, posavam de combativos diante da tela (um desses mostrando a vocação para "defensor" pegando o primeiro avião para longe assim que soube que as mesmas famílias estavam efetivamente ameaçadas).

Fundador do AIR e liderança legítima, junto com Lúcia Munduruku e Korubo, Pankararu, homem de grandeza e riqueza pessoal e nenhum recurso financeiro, recusou oferta da Presidência da República de meio milhão de reais para desistir da luta, enquanto quem o supostamente o Isola, diante da chance de "abocanhar", ofereceu a assessor oportunidade de "terminar filme" e, com proposta recusada, temendo exposição, voltou atrás, retornando à Esplanada como "herói".

Hoje o "Herói" tem apoio de importantes lideranças, mas a verdade é algo que não pode ser tapado com perjúrio, traição e sordidez, um exército de mediocres dispostos a toda sorte de calúnias e covardias (alguns com etnicidade rejeitada pelas lideranças dos Povos que alegam pertencer, outros tendo relações sexuais com indígenas para alcançar "legimitimidade" por meio do tálamo), comendo até merda para conseguir uma vaga no escroto esquerdo do saco do doutor (tudo, supostamente, em prol de estrutura midiática para forjar uma mitologia de heroísmo para si e comparsas, um suposto cargo público, apoio nisso ou naquilo ou algum favor que o dinheiro ou a influência possam comprar).

A História é dura com aqueles que destroem a vida e o trabalho de militantes, usando-se de pessoas próximas para minar credibilidade, se utilizando de traição, perjúrio e grana para OCULTAR OS FATOS (a verdade, quando não é blindada pelo poder econômico e pelas leis, é protegida por assessor venal, destruindo relações pessoais para alcançar objetivos); a História é dura com os que entram em repartições públicas espalhando mentiras em timbre oficial, dizendo ter estado onde não esteve e feito o que não fez (o banditismo "revolucionário" sendo infinitamente mais letal para as vítimas - Povos Indígenas - do que o banditismo de Estado); a história é dura com aqueles que cometeram CRIMES para calar aqueles que gritavam com justeza e paixão (Sorge, assassinado por saber da omissão e indiferença do Guia Genial diante da exposição das famílias pátrias às tropas de Hitler, acabou sendo reabilitado, enquanto Stálin só garantiu o seu prestígo enquanto vivo, caindo em desgraça eterna - NÃO SENDO NECESSÀRIO TANTO TEMPO para tal, o flanco está exposto e tudo é uma questão de deixar que, de forma apropriada, a oportunidade se dê).

A História é dura, mas se lembrará da força e do heroísmo de gente como Carlos e Lúcia, enfrentando máquina estatal e poder econômico para defender Direitos e Interesses Indígenas, enquanto outros, escorados venalmente pelos Aparelhos do Estado e farto poder econômico - por mais grana que disponham, por mais inverdades que veiculem e por mais crimes que venham cometer - cairão no anedotário ou no esquecimento.

E a HISTÓRIA SE FAZ HOJE - o tempo não pára, sendo preciso se mobilizar e ir para as ruas - e, pedimos a todos, indígenas e não indígenas que atentem para as palavras de Carlos, convocando a bancada indígena do CNPI, assim como a todos Irmãos Indígenas, para que se juntem ao combate sem tréguas ao Genocídio de Estado em curso no país.

A Sorte Está Lançada. Pedimos às lideranças indígenas insubimissas e indignadas do país que se somem à convocação para lutar, dando corpo ao protesto (carlospankararu@hotmail.com ou acampamentoindigena@gmail.com). A vitória nos espera.

25 de junho de 2011 às 01:33
Anônimo disse...

A audiência pública na TV Camara foi retirada do site. Vacês gravaram em arquivo próprio? Coloquem no Youtube por favor. Gostaria de assistir.

25 de junho de 2011 às 05:14
Anônimo disse...

Já estamos quase em Julho de 2011 e quem estava esperando algum tipo de mudança na questão indigena e sua relação com os poderes constituidos, já era...
...
Ou seja, a nossa luta continua...

Julho é o mês que Deputados e Senadores vão entrar de férias...

E olha que Deus, segundo a Bíblia só descansou um dia...

Por isso fiquei pensando enquanto comia um milho assado. O que nós poderíamos fazer para inovar a nossa caminhada indigena por dignidade e respeito?

Voltei a pensar de novo no nosso protagonismo.

No tipo de representação que devemos e temos o direito de ter como parte de 230 sociedades indigenas que são mães do nosso Brasil varonil.

Li outro dia aqui os reclamos do Vereador Jeremias Xavante e afirmando, aliás o único, que é um Parlamentar Indigena e que vai lutar prá ser Prefeito em seu Municipio no Mato Grosso. Li também na folha de SP hoje, um artigo inquietante do jurista Walter Cenevita sobre terras e a constituição...

Quantos votos os Povos Indígenas representam em nosso Brasil?

Se somos 500 mil vivendo em aldeias e mais 500 em vários bairros urbanos, isso significa que para conseguirmos nossa representação temos que continuar lutando no caso de SP contra Paulo Maluf, etc: no Rio contra Bolsonaro, etc: em Mato Grosso contra Jaime Campos, etc; etc, etc.... Isso sem falar nos juristas que trabalham a favor dos latifundiários ou governo de Estados...

Mas temos que ter nossa representação pois é nosso direito.

Por que então não pensarmos no Congresso Indígena Brasileiro para acolher parlamentares indigenas que seriam eleitos pelo voto direto do Índio, independente da aldeia ou da cidade onde vota.

E por outro lado, temos que pensar numa verdadeira União das Nações Indígenas com representações de todos os Povos.

Vamos usar as férias de Julho na beira do Rio Araguaia, Rio Xingu, Praia de Ipanema ou Porto Seguro prá pensar, pensar, pensar e agir.

Dia 09 de Agosto é o Dia Internacional dos Povos Indigenas estabelecido pela ONU...

Grande abraço e bom final se semana.

Marcos Terena
Coordinador Indígena - RIO+20

25 de junho de 2011 às 07:05
Anônimo disse...

"VERGONHA NACIONAL" - FALA DE SHEYLA JURUNA SOBRE IMPASSE E CONFLITO GERADOS PELA DESINTRUSÃO DOS NÃO-INDÍGENAS DA TERRA INDÍGENA CACHOEIRA SECA (A SER IMPACTADA PELA POSSÌVEL CONSTRUÇÃO DE MEGA-HIDRELÉTRICA NO RIO XINGU), LEVANDO MINISTRA E COMANDANTE DA FORÇA NACIONAL A MUNICÍPIO DE URUARÁ (PA):

"É bem verdade que há décadas os parentes Arara do Cachoeira Seca e de todas as nossas áreas que estamos lutando para termos o direito a demarcação, homologação e desintrusão, e somente agora por força decorrente de Belo Monte o governo quer fazer as coisas de grosso modo.

Porque será que o governo (FUNAI) não tomou esta providencia antes que a população invasora,de agricultores ou não, chegasse no número em que está hoje??? Porque será que o governo está entregando nas mãos da empreendedora as suas obrigações??? Até quando precisamos estar em conflito com a sociedade que só nos enxerga quando estamos preparados para a guerra?

Será que somos nós indígenas que estamos entrando em conflito com estas pessoas,que como nós também tem os seus direitos e precisam ser respeitados na sua forma ? A sociedade precisa estar conscientes que antes da colonização todos nós já estávamos aquí!

O governo precisa aprender a respeitar o povo na sua diversidade, garantir o que constitucionalmente é nosso por direito, e não trasformar a nossa vida em um cenário violento como tem feito em relação as demarcações, que poderia ter tomado providencias há muito anos atrás, e só agora instala esse clima de guerra entre indígenas e agricultores, em todos os casos onde a condicionante é a questão fundiária, o que deveria ser de direito, agora está condicionado a Belo Monte. Uma vergonha nacional!!!"

Sheyla Yakarepi Juruna
Liderança Indígena da Aldeia Boa vista
Vitória do Xingu (PA)

27 de junho de 2011 às 10:53
Anônimo disse...

XINGU VIVO PARA SEMPRE!!!

A luta contra Belo Monte é uma questão de vida e de honra para os povos do Xingu!E a eles toda a nossa dedicação e homenagem!

Ao longo deste rio está cravada toda a nossa história de luta, sofrimento e acima de tudo, da nossa resistência... O Xingu é a nossa casa, casa dos deuses, da vida, da natureza, da liberdade!

Se o Xingu morrer, morrerá parte da nossa história...morrerá com ele a Amazônia e os povos que dela sobrevivem, que a protegem, que a defendem.

Não a Belo Monte! Estamos cansados de sermos massacrados, desrespeitados, de continuar tendo perda dos nossos territórios ameaçados sem a garantia dos direitos que nos são garantidos constitucionalmente. Estamos cansados de ver o poder capitalista, o governo Federal tentar nos calar diante de tantas injustiças cometidas por ele próprio e nos fazer reféns de nossos próprios direitos!

Ao nosso saudoso Xingu agradeço pela vida do meu povo Juruna, o dono do Rio. A ele toda a honra e mérito.E a nós,muita força para continuar lutando... E a todos os que reconhecem a nossa luta e que juntos buscam por justiça social neste país, o meu agradecimento por todo o apoio nesta caminhada, nesta causa que é de todos nós!!!

XINGU VIVO PARA SEMPRE!!!...


Sheyla Yakarepi Juruna
Liderança Indígena da Aldeia Boa vista
Vitória do Xingu (PA)

27 de junho de 2011 às 12:26
Anônimo disse...

NOTA DE REPÚDIO DA CONSELHO INDÍGENA XAVANTE CONTRA A PROPOSTA OBSCENA DO GOVERNO DO MATO GROSSO SANCIONADA PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO MT.


Não senhor governador. Não iremos aceitar a injúria que nos foi colocada.

Não vamos desocupar nosso território tradicional Marãiwatsédé para dar lugar às plantações desse agronegócio sujo que se espalha como praga no Mato Grosso e por todo o país.

Não nos confunda com seus pares. Não negociamos o nosso território.
Nem por todo o dinheiro que possam tirar de suas fazendas e plantações, nem com todo ouro que possam ter, não compraram nossa Marãiwatsédé.

Não embarcaremos mais uma vez na caravana do êxodo que assassinou mais de uma centena de Xavante, na década de 60, quando a Agropecuária Suyá-Missú nos expulsou daqui.

O disparate proposto pelo Governo do Mato Grosso, de levar nossas famílias de Marãiwatsédé para o Parque do Araguaia não encontra qualquer amparo legal.

É uma afronta ao que bem entendemos como nossos direitos amparados pela Constituição Federal e por organismos internacionais de Direitos Humanos, como a convenção 169 da OIT.

Senhor Governador, o agronegócio não é mais importante que a vida do povo Xavante que há anos luta para ter o direito de viver em paz dentro de seu território.

Daqui não sairemos jamais. Marãiwatsédé é Território do povo Guerreiro Xavante.

Saudações Indígenas,

Marãiwatsédé, 01 de junho de 2011,
Cacique Guerreiro Agnelo Xavante

29 de junho de 2011 às 05:56
Anônimo disse...

BELO MONTE DE VIOLÊNCIAS (Dom João Braz de Aviz mais "pertinho do céu"): O Conselho Indigenista Missionário divulga dia 30, em espírito de coquetel na sede da CNBB no luxuoso Setor de Embaixadas Sul, Brasília, "os números do CIMI de 2010" (92 crianças menores de 05 anos mortas por falta de assistência médica, representando aumento de 513%, se comparado a 2009, último ano antes da publicação do Decreto Presidencial 7056, com apenas 15 vítimas; mais 60 indígenas foram assassinados na lista dos missionários, outros 152 ameaçados de morte - além dos 33 casos de invasões e exploração ilegal de recursos naturais em TIs).

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) possivelmente esqueceu na lista de citar a violência representada pela intimidação e coação do Estado Totalitarista do Vaticano (CNBB) aos fazer missa campal com mais de um milhão de fanáticos pela memória dos "mártires de Alto Alegre", com apoio de força policial militar desproporcional à religião oficial do Estado (laico?), diante dos descendentes das verdadeiras vítimas, Guajajara perseguidos ontem e hoje, que com suas famílias acampavam diante do Ministério da Justiça em brutal inferioridade numérica, estando em protesto contra decreto 7056/ e trazendo na memória o Holocausto Étnico das primeiras décadas do Século XX - onde alguns mais velhos perderam pais e muitos perderam avôs e bisavôs assassinados.

Apesar de não haver lido relatório do CIMI, pode-se garantir que provavelmente nenhum nome de Guajajara preso ilegalmente - violando a Lei 6001 da Constiuição Federal - pelos motivos mais injustos, arbitrários, surrealistas e diversos estará no relatório preparado pelos assessores da Igreja Católica - mesmo com a criminalização sórdida da etnia por polícia, mídia e judiciário local e a avalanche de prisões detonada pela ocupação da BR 226 - estrada vital para Vale e Votorantim, entre outras grandes - em protestos contra os desvios da verba do transporte escolar indígena e da merenda escolar indígena pelos acólitos do Clã Sarney em nov de 2010. E, possivelmente, nenhum dos nomes dos cerca de 600 presos políticos indígenas hoje cumprindo pena ilegalmente no Brasil, número estimado por fonte do Tribunal Popular, estará na lista elaborada pelo CIMI (Paulo Maldos, assessor do Conselho Indigenista Missionário, membro do PCdoB de Aldo Rebelo e "guru dos Bispos do Brasil", é um dos ideólogos da política indigenista neoliberal que, traduzindo toda demanda étnica como "caso de polícia", desmontou o jurídico da Funai e extinguiu Postos Indígenas para deixar lideranças na mão dos meganhas e da defensoria [?] local).

Apesar de não haver lido relatório, pode-se garantir que o Conselho Indigenista Missionário - CIMI - não listou, entre as violências, a mega-operação policial fechando toda a Esplanada dos Ministérios, entre a L2 e L4 (impedindo, inclusive, realização de Missa na Catedral de Brasília), na manhã do dia 10 de julho de 2011 - citado por Marcos Terena como o "DIa da Infâmia para os Povos Indígenas Brasileiros" - quando crianças viram suas mães sendo arrastadas pelas pernas, gestantes perdendo bebês, apoiadores e indígenas presos arbitrária, injusta e ilegalmente, menores de 10 anos sendo agredidos com spray de pimenta no rosto (duas crianças, de 2 e 4 anos, hospitalizadas), idosos espancados, entre outras violências, tais como a apreensão de remédios, cobertores e comida - e o cerco policial posterior, impedindo entrada de donativos.

Como pagamento ao SILÊNCIO e a OMISSÃO diante das violências cometidas pelo Estado Brasileiro contra as famílias indígenas organizadas no Acampamento Indígena Revolucionário e testemunhadas pela arquidiocese, fechada pela OPERAÇÃO DE TERRORISMO DE ESTADO REALIZADA NO DIA 10 de Julho de 2010, o cardeal de Brasília, Dom João Braz de Aviz, foi nomeado "Prefeito do Vaticano" no dia 05 de janeiro de 2011, estando agora mais "pertinho do céu" na hierarquia eclesiástica.

29 de junho de 2011 às 09:34
Anônimo disse...

DEVASTAÇÃO COM AGROTÓXICO EM NOVA ARIPUANÃ (AM), TERRITÓRIO POR DIRETO
DAS ETNIAS CINTA LARGA E ARARA, ENTRE OUTROS POVOS ORIGINÁRIOS,
FLAGRADA PELO IBAMA. Foram encontradas moto-serras e identificados os
agrotóxicos 2,4 D Amina 72, U46BR, Garlon 480 e óleo mineral,
comercializados legalmente como herbicidas para plantações de arroz e
milho, com poder desfolhante e contaminando solo, lençóis freáticos,
animais e seres humanos. A apreensão se deu em região de floresta
desabitada às margens do rio Acari (afluente do Madeira), que fica nos
limites entre a RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) do Juma e
uma propriedade de um fazendeiro de Rondônia, território por direito
dos Povos Originários Tupi-Mondé e outras etnias. Ver Ambiente Brasil:
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/06/29/71727-ibama-flagra-desmatamento-com-agrotoxico-no-amazonas.html

29 de junho de 2011 às 10:22
Anônimo disse...

Nós, estudantes do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, matriculados na disciplina Cálculo Vetorial, informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba humilhando-o na frente de todos os alunos da turma. Na entrega da primeira nota o professor não anunciou a nota de nenhum outro aluno, apenas a de Nuhu, bradando em voz alta que “tirou uma péssima nota”; por mais de uma vez o professor interpelou nosso colega dizendo que deveria “voltar à África” e que deveria “clarear a sua cor”;em um outro trabalho de sala o professor não corrigiu se limitando a rasurar com a inscrição “está tudo errado” e ainda faz chacota com a pronúncia do nome do colega relacionando com o palavrão “no cu”; disse que o colega é péssimo aluno por que “somos de mundos diferentes” e que “aqui diferente da África somos civilizados” inclusive perguntando “com quantas onças já brigou na África?”. Nuhu não retruca nenhuma das agressões e está psicologicamente abalado, motivo pelo qual solicitamos que esta instituição tome as providências que a lei requer para o caso.


Favor divulgar em todas as redes pois o que está acontecendo aqui é comum em outras Instituições.

Coordenação do CEN/MA

30 de junho de 2011 às 04:06
Anônimo disse...

O Beijo na Boca do Ministério do Meio Ambiente com a Indústria da Celulose:

Gerente do Programa Nacional de Florestas, pedindo "eficiência" ao setor madeireiro, diz ser necessário aumentar em três vezes a área de "florestas plantadas" (as plantações de eucalipto hoje atingindo 6,3 milhões de hectares, três vezes o tamanho do Sergipe) para "não derrubar mais mata nativa"; o MMA seguindo diretriz para proteger florestas nativas do avanço das motosserras tem a sua lógica própria, mas essa está inserida numa lógica maior e infinitamente mais destrutiva, a serviço da Agroindústria e das Monoculturas da Morte e de um holocausto ambiental sem precedentes no planeta (o eucalpito suga toda água no solo, em uma floresta de eucalipto não se ouve um pio de passarinho, é o dito "Deserto Verde" onde nada se vive, exceto o Capital em sua forma vegetal). Os biomas nativos brasileiros não comportam mais florestas plantadas, a indústria da celulose tem trazido dor, êxodo, sofrimento e repressão aos Povos Indígenas Brasileiros e comunidades tradicionais desde que instalada no país. O beijo do Ministério do Meio Ambiente na boca da Indústria da Morte (Celulose) foi dado pelo programa "Madeira Legal" e está selado em rede nacional via "Ambiente Brasil", abaixo: http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/06/30/71756-ate-60-da-madeira-tirada

30 de junho de 2011 às 09:21
Anônimo disse...

Camargo Corrêa volta a contratar para Jirau; Valor Econômico é Cúmplice na criminalização dos trabalhadores:

Polícia Hipócrita do Governo de Rondônia associa protestos contra o
regime de escravidão a serviço da Máquina Estatal de Brutalização,
Genocídio e Holocausto Ambiental a Serviço do Grande Capital, instalada nos canteiros de Jirau a "tráfico de drogas e bebibas alcóolicas, proibidas no local", além de "casos de pessoas procuradas pela polícia"; a construtora Camargo Corrêa - que junto com Ford, GM e Ultragáz, financiaram a tortura e o extermínio sistematizados de seres humanos pela Operação Bandeirante (OBAN) durante o regime militar brasileiro, tendo faturado seu primeiro milhão de cruzeiros e quebrado os recordes mundiais de terraplanagem entre 1975 e 84 com o Holocausto Étnico, Ambiental e Humano deflagrado pela construção da Hidrelétrica Gigante e Genocida de Tucuruí (o maior do mundo vertedouro do mundo, com vazão de projeto calculada para a enchente decamilenar de 110.000 m3/s, só é igualado pelo vertedouro da Usina de Três Gargantas na China), inaugurada pelo General Figueiredo sobre o outrora pujante Tocantins (hoje "Rio Afogado", com 12 hidrelétricas e outras tantas projetadas ou em construção), usa do prejuízo alegado de 250 milhões de reais causado pelo protestos dos trabalhadores explorados em regime de semi-escravidão nos canteiros Jirau em março e de um suposto "vandalismo" para não discutir em Audiências Públicas a exploração criminosa de seres humanos e as condicionantes socio-ambientais criminosamente não-cumpridas.

A Camargo Corrêa, sócia do Milagre Brasileiro durante do Regime Ditatorial e Genocida e hoje sócia-fundadora, junto com os repetidos gabinetes venais da presidência da república do PT e demais corporações privadas de acumulação de capital, do Partido da Aceleração do Capitalismo (PAC), construindo gigantescos desastres étnicos e ambientais e grandes fortunas, agora que "o caso está solucionado" pelas autoridades de Rondônia, com total apoio midiático do Valor Econômico (vide notícia abaixo), repetindo para o mundo os "indícios" apontados pela Polícia Hipócrita do PMDB (Confuncio Moura) no inquérito sobre a Revolta de Março, como se as conclusões da polícia local sentenças judiciais fossem: os protestos em Jirau, como "todos sabem", principalmentes os leitores do Valor Econômico, foram motivados por uma combustão de "bebida, tráfico de drogas e maus elementos" (podendo ser comprovado, o que nem necessitou publicar aqui, pelas declarações de um de seus diretores à imprensa). É o que se dá a entender. Ver a criminalização dos trabalhadores atentada pelo Valor Econômico a serrviço dos interesses das empreiteiras aqui:
http://www.amaz/ onia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=387938

30 de junho de 2011 às 09:44
Anônimo disse...

Eu tenho acompanhado a luta do Carlos, a luta dele é por uma boa causa e vale apena ver índio assim. Vejo tbm que muitas lideranças indígenas chegam a tentar discriminar o Carlos porquer ele mora no DF. Porem ele continua na luta como um bom guerreiro e não se abala. No DF, temos mais de 5mil índios, mais poucos são como o Carlos. Parabens pankararu por sua luta. estamos juntos..
Falta um índio no poder

30 de junho de 2011 às 12:03
Acampamento Indigena disse...

lá Grande Irmão!

Nós da FIST-Frente Internacilnal dos Sem-teto, estamos solidários à vossa luta, enviaremos este e-mail para todos os nossos contatos no Brasil e em outros paises.
Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para tirar esse TIRANO MARCIO MEIRA, não descansaremos enquanto ele permanecer no poder, usaremos de nossa fala em assembléia e plenárias, onde quer que seja para solidarizar a luta dos Nossos Irmão Indíginas.
Coragem compaheiros vocês não estão sózinhos,

Seu Amigo e Irmão,

Jaya Kesava.

30 de junho de 2011 às 12:03
Anônimo disse...

Irmãos do Acampamento.
Amanhã mesmo levarei cópias dessas cartaz às duas aldeias indígenas aqui do Jaraguá - São Paulo: Tekoa Pyau e Tekoa Ytu.
Ñandejara esteja sempre convosco!
César Crash

30 de junho de 2011 às 12:04

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